quinta-feira, 1 de março de 2012

Mães não sofram, mudar de opinião faz parte!

Postado por Renata Palombo
Escrito por Juliana Palombo
Fonte: Google Imagens
Mais um texto escrito por Juliana Palombo, uma reflexão que eu acho valer muito a pena. Leiam e compartilhem conosco suas opiniões.

Com este título poderia começar o texto dando vários exemplos da minha própria vida, de quantas vezes já sofri, pois quem me conhece sabe muito bem que detesto não ter razão. Sempre fiz de tudo para ter certeza das coisas que falo.
 
Diga-se de passagem, meu marido já ganhou muitas apostas por conta dessa minha teimosia (rsrsrsrrs). Logo muitas vezes tenho que detestar, porque nem sempre tenho razão.
 
No entanto, estou aprendendo a não sofrer, porque agora que me tornei mãe, o problema só aumentou. Mesmo com poucas semanas nesta função já percebi que isto será bem constante. A começar pelas teorias que se fazem diferentes na prática. Embora o início nos envolve em uma rotina super repetitiva, ao mesmo tempo, cada dia é diferente do outro. A gente até pode ter convicções sobre como criar uma criança. Só que aí chega a nossa, e a gente percebe que ela é uma "pessoinha" cheia de vontades e personalidade, que nem sempre se encaixam nas nossas "certezas".
 
Sorte a minha, que ainda estou na fase em que as escolhas do meu filho não me dão dor de cabeça, exceto pelas noites super mal dormidas, já que seu estômago grita por mim de três em três horas. Isso quando não de meia em meia hora, tudo por conta da existência da tal fase oral, em que a criança precisa sugar.
 
Engraçado, porque a mãe neste mesmo período do bebê, também não tem uma tal fase em que precisava ser sugada. Nossa, ia ser tão mais fácil (rsrsrsrsrs)! Brincadeiras a parte, apesar do cansaço e do estresse, isso é ser mãe. Sentir-se útil todo momento em várias situações. E quem não quer ser útil, hein? Além do que a oralidade é um prazer fundamental da vida humana. É por isso que é difícil fazer regime e é por isso também que nós temos que estar com a boca ligada em alguma coisa sempre: no chiclete, na unha, mordendo lápis ou pondo o dedo na boca... Então, a oralidade e a oralização são prazeres que duram toda a vida do ser humano. E se mãe é útil, melhor ainda se dando prazer, certo?
 
São por essas e outras que o estresse fica guardado na gaveta, mas não sofra se tiver que mudar de opinião e assumir que nem sempre ele fica na gaveta. Ao contrário né? Fica bem é exposto. Fazer o que, somos humanas.
 
Tenho aprendido que na função mãe, mudar de opinião faz parte. Hoje mesmo, acordei com metas pautadas no comportamento dele de ontem, não preciso nem dizer que mudei de opinião e de estratégia, ele foi outro hoje. Muita coisa igual, mas muitas coisas ele conduziu do jeito dele, e eu só me adaptando.
 
O lado bom disso é aceitar que mudamos juntos e crescemos com isto. 
 
Enfim, não sofra por ter que mudar de opinião. Faz parte! A torna mais humana, até porque a mãe perfeita seria aquela que amasse cada momento com os filhos, mesmo depois de a criança ter jogado o prato inteiro de comida no chão de propósito, pela terceira vez na mesma refeição.  O pai perfeito estaria sempre sorridente, mesmo depois de ter levado um chute na canela porque o filhinho não queria tomar banho. Só que, nós mortais, não somos perfeitos. Então conte até dez, se afaste se for preciso, deixe o nervoso passar e siga em frente, sabendo que todo mundo sente vontade de fugir de vez em quando.
 
E como fazer para não sofrer?
 
Ah, fica de lição de casa, cada um vai ter um jeito. Ou melhor, deixe um comentário sobre a sua estratégia e quem sabe não reunimos todas as respostas para um novo post. Enquanto isso, continue fazendo a sua parte, sabendo sempre que mudar de opinião faz parte.
 
Boa Sorte!

10 comentários:

Karina disse...

Ju, vc tem razao, mudar de opinião faz parte principalmente na vida de uma Mae, a única coisa é que penso que nao podemos é confundir opinião com princípios. Nossos princípios devem ficar muito claro para nossos filhos de forma que tenham a certeza de que estes são imutáveis e eles precisam desta segurança. Agora nao só podemos mudar de opinião como admitir e se necessário nos desculpar com os filhos qdo percebemos que falhamos. Nao foi uma vez só que falei: desculpe filho eu estava errada sobre isto. E na minha opinião a mae que sorri com paciência depois de uma birra mal educada está longe de ser uma Mae perfeita. Então nao sofra por perder a paciência. Temos sim o dever de mostrar que estamos contrariados com aquele comportamento, de afirmar com firmeza que nao admitimos esta ou aquela atitude lembrando que tudo o que eles fazem tem a intenção testar e conhecer os limites, e a nós cabe definirmos estes limites desde cedo. Bjocas

Alyne Afonso disse...

Não é impressionante como uma criaturinha pode nos virar do avesso?
Comigo foi assim também. Me lembro de cuidar de minhas priminhas mais novas, pasmar com seus "defeitos" e, na minha pobre cabeça de adolescente, ficar visualizando a educação (tipo "perfeita") que daria a meus filhos, e hoje, só depois de tomar um bom gole de "mundo real" é que me dei conta de que se sou imperfeita, por que teria filhos perfeitos?
A inevitavel e (perfeita) imperfeição, e a flexibilidade, o despeendimento são coisaas tão maravilhosas que nosso filhos-professores nos ensinam com muita propriedade.

Genilda Silva disse...

Não vou dizer que meus primeiros dias quando voltei da maternidade com meu bebê foi um mar de rosas. Ele ficou internado por duas vezes, foi um parto cesariana às pressas porque ele corria risco de morte. 21 dias de internação ao todo.
Eu chorava copiosamente todos os dias, enlouquecida querendo fazer tudo ao mesmo tempo e ainda acompanhando o ritmo frenético das mamadas de 3 em 3 horas que me desgastaram muuuuuuuuito, emagreci quase tudo que ganhei na gravidez em um único mês!
No segundo mês, ainda desgastada e tentando me adaptar, busquei aconselhamento e foi o melhor que fiz. Quem me aconselhou, me abriu os olhos mostrando que eu estava em uma nova fase e etapa da vida, e que não era necessário neste momento que tudo fosse perfeito. O certo é viver um dia de cada vez, ao invés de imaginar o cansaço, o trabalho e o estresse do dia seguinte.
Agora, com meu bebê quase com 6 meses, curto muito mais seu desenvolvimento, me alegro com ele e a dureza da adaptação de ter uma vida dependendo de mim integralmente parece um sonho que passou.
Acebei descobrindo a força que tenho e a alegria de ser mãe!

Juliana disse...

Concordo em genero, numero e grau com a opiniao de vcs... obrigada pelas contribuições. Nos ver identificadas fortalece mto.

Patricia Galis disse...

Fico feliz que a maternidade lhe tenha feito rever conceitos, com certeza nem sempre temos razão, mas muitos não aceitam quando ouvem que estão errados, felizes o que mudam e evoluem.

Ma Petite Lima disse...

Hummm, adorei o texto... Alias, amei o blog! Me espera que volto sempre.. Bjinhus e uma otima semana pra vc!
Joanna

http://mapetitelima01.blogspot.com/

Renata Palombo disse...

Bem vinda Joana! Volte sempre sim!!

Juliana disse...

Pessoal, agradeco as contribuicoes ao post...,estou preparando novos textos e espero continuar com as visitas e opinioes

Bia Urb disse...

Estou adorando este blog. Tem me ajudado muito, principalmente por falar francamente de tudo! Sem idealizações sobre a maternidade/maternalmente... Valido e amar o filho e seguir tentando, sempre agradecendo os momentos juntos e a oportunidade de aprender com ele. Obrigada!

Renata Palombo disse...

Bia, q bom q está gostando do nosso blog... venha nos visitar sempre...

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