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terça-feira, 2 de abril de 2013

Sou Doula

Escrito e Postado por Renata Palombo


 
Fonte: www.maternidadeativa.com.br

Quinta-feira passada foi o último dia do curso de Doulas que eu estava fazendo e como eu publiquei aqui minha impressão do primeiro dia, resolvi publicar também como foi (para mim) concluir o curso.

Apesar de ser um curso de pequena duração, foi (para mim) um curso muito intenso. O conteúdo foi intenso, a carga horaria foi intensa e o contato com as pessoas foi intenso. 

Eu não sei se foi o curso em si, ou o meu momento de vida, mas (para mim) foi transformador. Um divisor de águas... Acho que consigo olhar uma Renata antes do curso e outra depois... Uma maternagem antes do curso e outra depois.

Pude repensar meus conceitos de feminino, sexo, desejo, crença, tempo, existência, maternidade, maternagem, dedicação, decisão, companheirismo, casamento, direito de escolhas, sonhos, respeito, vivência, passado, presente, futuro...

No post anterior escrevi que nascer é um processo, mas na verdade viver é um processo... e quem somos nós para controlar este processo? Quem somos nós para altera-lo? Quem somos nós para reclamá-lo? A vida é muito mais do que podemos enxergar, há muitas coisas escritas nas entrelinhas e muitas vezes assistir a vida com paciência e sem grandes intervenções é a decisão mais sabia que podemos tomar... Estar atento para identificar a hora certa de grandes intervenções, respeitando o tempo e as diferenças. Sim! A natureza é sábia e o Deus que a criou é ainda mais... 

Que Deus me dê sabedoria para identificar a hora certa de intervir e serenidade para contemplar com alegria e que pode seguir seu curso natural.

Nestes dias descobri ainda que já vinha doulando há tempos anteriores ao curso. Desde que me tornei mãe por adoção e mais ainda depois que iniciei este blog, sou procurada frequentemente por mulheres e casais que estão interessados em adotar, que estão no período de adaptação com seus filhos ou que já adotaram, para buscar apoio emocional e esclarecer dúvidas...  As dores das "gestações" e "partos" da adoção acontecem somente na alma, o tempo de "gravidez" pode durar anos e o tempo do "parto" meses...  Recebo quase que diariamente comentários e e-mails nesse sentido e já tive o prazer de ver algumas famílias nascendo, de acompanhar alguns "partos" adotivos, já tive o privilégio de "segurar nas mãos" de algumas mães que ansiavam pela chegada de seus filhos e dizer "força, que eles já estão chegando". 

Taí... acabei o curso, recebei o certificado e estou pronta (pelo menos no que diz respeito a teoria) para doular gestantes, parturientes e puérperas... 


Estou me lançando no universo para ser DOULA. 
Quero doular mulheres que estão gestando na carne, quero doular mulheres que estão gestando na alma e quero doular mulheres que estão gestando na alma e na carne!


Que venham as oportunidades...

*Minha formação foi pelo Grupo de Apoio a Maternidade Ativa (GAMA) em São Paulo. Quem tiver interesse na formação, eu indico. Entre no site do GAMA e se informe sobre próximas turmas.

domingo, 29 de janeiro de 2012

O melhor tipo de Parto

Postado e Escrito por Renata Palombo
Fonte: Google Imagens

Cenário: Salão de Cabelereiro

Personagens:  Eu, esperando a minha vez de cortar o cabelo
                           Cabelereira, cortando os cabelos de outra cliente
                          Outra Cliente, tendo seus cabelos cortados
Cena:
Cabelereira: Como está sua irmã? Ela já decidiu que tipo de parto quer?
Eu: Tá bem. Ela diz que quer parto normal.
Outra cliente: Parto normal é o melhor!
Cabelereira: Parto normal é melhor pra quem?
Outra Cliente: Pra mãe, pro bebê... pra todo mundo!
Cabelereira: Pois pra mim não foi. Meu primeiro parto foi normal e só Deus sabe o quanto eu sofri... foi horrível pra mim e pro bebê.
(Adendo: esse primeiro parto citado foi um parto bastante problemático e o bebê faleceu com poucos dias de vida, mas a outra cliente não sabia disso).
Outra Cliente: Meus dois partos foram normal e foram maravilhosos. Em pouco tempo você já está andando, não sente dor, a recuperação é muito rápida e o bebê nasce mais fortalecido.
Cabelereira: Pois meu segundo parto foi cesárea e foi maravilhoso. Eu não senti absolutamente nada. E dizem que a recuperação é dificil, pois a minha não foi... senti pouca dor e logo já tinha retomado todas as minhas atividades. Pronto!!! Veja se ficou bom o corte (colocando um espelho atrás da cabeça da outra cliente)
Outra Cliente: Ficou muito bom. Obrigada. (Levantando-se da cadeira e batendo com as mãos na roupa para eliminar os pedaços de cabelo).
  
Eu participei desta conversa ativamente apenas no comecinho, mas enquanto as ouvia "disputando" qual das duas tinha tido o melhor parto, eu fiquei pensando nos meus "partos". Eu, assim como elas, também tive 2 "partos", mas os meus não foram nem cesárea e nem normal, porque não foram biológicos. E foram bem diferentes um do outro apesar dos dois terem sido pela mesma via. 

Meu primeiro filho foi planejado, desejado e o trabalho de parto durou meses, meses a fio... Eu sentia fortes dores emocionais porque quando eu achava que estava "dilatada" o suficiente para que ele "nascesse" eu descobria que ainda não era a hora e era sempre muito frustrante. Eu tinha medo que ele não "nascesse" e quanto mais os dias passavam mais difícil se tornava a espera. É muito difícil perder um filho que já tem nome, formato, presença... Graças a Deus ele "nasceu" e o processo de recuperação no pós-parto também foi bem doloroso, porque não se sabe muito o que fazer com um filho quando ele nasce.

Já  no meu segundo "parto" eu não senti quase que dor nenhuma. Pra falar a verdade eu nem tinha certeza que estava "grávida", quando eu me dei conta, a minha segunda filha já estava lá... "nascida" me chamando de mãe. Estranho! Estranhíssimo! Mas sem dores, sem "trabalho de parto", sem sofrimento no pós-parto, sem grandes expectativas... 

Em se tratando de partos biológicos, eu sou super a favor, defensora, do parto normal, natural, humanizado... Mas depois dessa conversa toda, fiquei pensando que talvez o normal, natural, humanizado seja respeitar-se, ficar bem, livrar-se da culpa...

O melhor tipo de parto, é sem dúvida, aquele que faz a mãe sentir-se melhor, mais segura... É aquele que tem que ser... Não importa se biológico ou não, se cesárea ou normal, se planejado ou no susto...

Depois que os filhos estão com a gente, depois que são da gente, depois que o amor cresce em nossos corações a cada dia... a forma como eles chegaram na nossa vida é o que menos importa. 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Um dia antes e vários depois...

Postado por Renata Palombo
Escrito por Juliana Palombo
Fonte: Google Imagens

Vocês lembram da Juliana? Ela escreveu pra gente ainda enquanto estava grávida. Voltou para nos contar seus primeiros dias com o filhote fora da barriga. Apreciem!! (Leia outros textos de Juliana - Clique aqui)

Dia 08/12 fui a minha última consulta médica. Sai de lá com a informação que estava com 3 dedos de dilatação e fui convidada pela Dra. a ser induzida ao parto normal na manhã seguinte. Não era uma certeza, mas tinham probabilidades, dependeria se a dilatação estivesse aumentada. Cheguei em casa, arrumamos as coisas e acordamos bem cedo para o tão esperado dia. Sou muito ansiosa, mas descobri que a ansiedade tem um limite que beira o desespero. Era assim que eu estava.

Chegamos no Hospital e eu estava com 4 dedos de dilatação. Fui então, encaminhada direto para o centro cirúrgico. Pensei: "Beleza! Duas horinhas de força e meu bebê está nos braços". Claro que o pensar e o realizar são coisas distintas... E a minha tentativa de parto normal, durou 9 horas. Sim, 9 horas de força, de ansiedade, de paciência e de angústia também. Parei nos seis dedos de dilatação e nada que fazíamos era suficiente. O prazo para parto normal estava esgotando e novamente outro convite: - Juliana, vamos para cesárea?
Quanta decepção, era tudo que eu não queria. Mas ali já comecei a entender que o amor de mãe é colocar não a minha vontade apenas, mas conciliar com o melhor para o filho. E lá fomos nós. Entrei na sala, me anestesiaram, perdi os movimentos da barriga para baixo, o coração mais que acelerado e meu marido do meu lado segurando bem forte a minha mão. Vinte minutos depois, o que escuto? O choro do Roberto misturado com o choro do pai e sem pensar, senti duas lágrimas escorrendo em minha face. Muito emocionante!

Não deu o parto normal, mas tudo ocorreu normal e bem. E era isso o mais importante. Desse momento até hoje, depois de 30 dias após o nascimento do Roberto, estou conseguindo contato com a minha rede social. Hoje já consigo ter noção que é hoje e que horas são agora e de como está o tempo lá fora. Já consegui tirar a camisola, escovar os dentes logo pela manhã, pentear o cabelo, entender mais da rotina e dos choros do bebê e supri-lo com o leite materno sem que eu chore a cada sugada. Já consigo fazer as coisas com autonomia, receber visitas, falar ao telefone e até mesmo atualizar meu face, linkedin e e-mails....

O que fiz antes dessas semanas? Só aprendi.

Aprendi que um recém nascido dorme 20 horas, mas que seus pais ficam acordados 20 horas.
Aprendi que se conseguirmos dormir 1h30 por noite estamos no lucro.
Aprendi que um PUM pode significar 4 trocas de fraldas. 8 trocas de macacão, RS.... e duas toalhas de banho.
Aprendi que banho é muito mais que higiene pessoal e sim tática de relaxamento.
Aprendi que a TPM não é nada depois das oscilações hormonais do pós parto.
Aprendi a rir e chorar em questão de segundos.
Aprendi que não é pecado assumir que as energias estão acabando, mas que DEUS as recarrega para darmos conta do recado.
Aprendi que tentar economizar as energias do marido na madrugada e fazer sozinha, pode ser pior e ser trabalho dobrado para o marido, avós, bisavó.
Aprendi que um mais um são três, quatro, cinco, seis.
Aprendi que posso aprender todos os dias e que errar nesse caso são tentativas de acertar. Aprendi e estamos aprendendo: papai, bebê e eu.
Aprendi que família é ESSENCIAL."

domingo, 18 de dezembro de 2011

18 de Dezembro - Dia da Doula

Postado por Renata Palombo

Fonte: Google Imagens

Validado hoje pelas evidencias científicas a doula (e o acompanhante familiar) resgatam o acolhimento, a continência, o apoio físico e afetivo, que as mulheres se dão desde tempos milenares na hora do nascimento dos seus filhos.

Tem-se demonstrado que o parto evolui com maior tranqüilidade e rapidez, com menos dor, complicações, necessidade de intervenções médicas, e depressão pós-parto, propiciando uma experiência bem mais gratificante, o fortalecimento da “futura” mãe, do vínculo mãe-bebê/pai-bebê, e do aleitamento materno.

 As vantagens também ocorrem para o Sistema de Saúde, que além de oferecer maior qualidade, tem uma expressiva redução nos custos, dada a diminuição das intervenções médicas, do uso de medicamentos e do tempo de internação de mães e bebês.

No mundo inteiro, cada dia mais doulas contribuem para a humanização da assistência ao parto, integrando-se em equipes de saúde da rede privada e pública (como voluntárias), apoiando mulheres na hora abençoada de dar à luz os seus bebês.


Evidências científicas comprovam!
Ministério da Saúde reconhece!
Organização Mundial de Saúde OMS/OPAS recomendam!
Mães pais e familiares apreciam e agradecem!
A procura cresce!


O dia da Doula passou a integrar o Calendário Oficial de Eventos do município de Campinas e do Estado de São Paulo e será comemorado no dia 18 de dezembro  pela primeira vez em 2011




quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O dia em que minha vida mudou de vez....

Postado Por: Renata Palombo
Escrito Por: Daniele Suzuki
Retirado de: http://bloglog.globo.com/danielesuzuki/


Este texto é da atriz Daniele Suzuki eu retirei do blog dela ( http://bloglog.globo.com/danielesuzuki/). Eu gostei muito da forma como ela escreveu, pois nos mostra que os filhos nos ensina desde sempre!!!


"O dia do parto... Ai ai por mais que eu evitasse aquela expectativa por esse momento, esse dia nunca deixou de ser o dia mais aguardado e preparado.

Eu quis tudo organizado, o parto natural com música, iluminação,um ambiente aconchegante,seguro e adequadopara chegada do meu bebê em paz. Não via a hora de ver o rostinho dele e de abraçar  muito aquele ser tão pequeno que soluçava na minha barriga.

...Mas como a vida é sempre surpreendente lá estava eu novamente aprendendo que não posso controlar as leis do universo e kauai manifestou sua chegada bem antes do esperado.

Sem minha mala maternidade pronta, comecei a sentir as contrações que suavemente foram se fortalecendo até se tornarem insuportáveis. Esperei um dia e meio e quando já não dava mais fui pro hospital.

Comecei o ritual como programei, fiz as respirações, relaxei na bola, meditei e pedi muito a Deus que me ajudasse a ser forte. Fábio ficou comigo o tempo todo às vezes aflito às vezes dormindo rs...um misto de emoções. A querida Stephanie, nossa orientadora do curso sobre os cuidados com o bebê, também estava lá todo tempo ao meu lado.

Aquele momento ali das contrações no quarto não consigo descrever, tamanha a dor que me deixou em transe, principalmente depois que a Dra Elizabeth me pediu para forçar a saída do bebê a cada contração que eu tivesse. Depois de 8hs nesse trabalho eu ainda estava estagnada com 1 cm de dilatação foi aí que decidiram pela cesária. Putz ! Não acreditei...foi um misto de frustração e confusão mental dentro de mim, mas o que importava mesmo era a saúde do bebê.

E tudo a partir dali tudo aconteceu muito rápido. Lembro de flashes, eu deitada na maca no elevador indo para sala de cirurgia, de sentir muiiito frio, de perder a sensibilidade total das pernas e do pano azul que cobria a minha visão da barriga e eu só aguardando algum barulhinho do bebê.

Quando kauai nasceu eu e Fábio chorávamos de soluçar, ficamos abraçados os três e agradeci aos prantos com toda minha alma à Deus, ao Universo o tão precioso presente.

Fábio cortou o cordão e levou o bebê com ele. Fiquei lá pra terminar a cirurgia. Quando cheguei no quarto Fábio deu o primeiro banho e eu o primeiro mama.Eu tava totalmente zonza e logo adormeci.

Até agora não consigo parar de olhar pra ele e agradecer a Deus meu bolinho lindo que ama ficar pendurado no meu peito e agarradinho comigo igual a um broche.

Minha recuperação da cesária foi bem lenta e bem chatinha então no próximo vou tentar novamente o parto normal.

Como decidimos não filmar nem fotografar o registro do parto fica somente no corpo e na mente".
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