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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

"Descobrindo a Paternagem"

Escrito e Postado por Renata Palombo

Fonte: Google Imagens
 
 
No próximo domingo (11/08/2013) será comemorado o "dia dos pais"...
 
Meu blog fala sobre maternagem. Fala sobre minhas descobertas enquanto mãe e sobre as experiências de outras mulheres também no mundo da maternagem... Mas no mês de agosto, em homenagem a todos os pais que também participam ativamente na vida de seus(as) filhos (as), eu decidi publicar alguns textos sobre as "Descobertas da Paternagem"...
 
Convidei alguns familiares e amigos para escrever sobre o tema para que eu possa publicar aqui... vamos ver se consigo retorno destes papais, pois vejo que (geralmente) os homens acabam tendo mais dificuldade em se expressarem falando de suas experiências com os filhos... Claro que não estou generalizando, mas por natureza mulheres falam mais mesmo, né?
 
Se você é pai, está lendo este texto e sentiu o desejo de escrever sobre suas descobertas enquanto pai, ficaremos muito honradas em publicar também o seu relato. Entre em contato e envie seu texto com o tema "Descobrindo a Paternagem"!
 
Vou ficar aguardando ansiosa o texto dos meus convidados...
 
 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Meu primeiro dia das Mães no Bebe.com

Escrito e Postado pro Renata Palombo

Esta semana a Bruna Stuppiello do site Bebê.com da editora Abril me convidou para escrever pra eles contando como foi o meu primeiro dia das mães como mãe e não somente como filha. 

Adorei o convite e aceitei participar. 

Hoje a matéria foi publicada no site e me deixou muito feliz ver a sensibilidade da matéria que abordou as várias formas de maternagem e os caminhos que cada MÃE constrói junto com seus filhos. Existem inúmeros caminhos para se tornar e ser MÃE e eu adorei ler cada uma das histórias publicadas lá. 

Abaixo segue o meu relato publicado, mas eu sugiro que você acesse o link da matéria : "O meu primeiro dia das Mães" e se emocione também com os relatos de outras Mães.

No próximo domingo não será o meu primeiro dia das mães como mãe, mas foi uma delicia relembrar... Obrigada Bruna!!!

DIA DA MÃE POR ADOÇÃO TARDIA

O meu primeiro Dia das Mães foi muito especial. Sair da condição de filha para se tornar mãe é um processo um tanto difícil, mas de muito crescimento. Uma coisa que me marcou muito foi poder participar da festa de Dia das Mães da escola onde  meu filho estudava. Parece estranho dizer isto porque bebês não participam ativamente de eventos sociais. Mas o meu "bebê" que "nasceu" na minha vida já com 6 anos de idade me deu o privilégio de vivenciar um momento especial como este logo no meu primeiro Dia das Mães. Sim! Sou mãe por adoção! Adoção tardia.

Confesso que na época, ao aproximar-se a data do Dia das Mães, fiquei bastante apreensiva. É um momento onde se explora muito imagens de mulheres grávidas e bebês e nas homenagens escolares não é diferente: usam-se muitas fotos e vídeos de barrigas e recém-nascidos. 

Como aquele seria o nosso primeiro Dia das Mães juntos eu não sabia muito como lidar com estes apelos e não sabia também como meu filho lidaria. Temi que a escola começasse a pedir fotos das mães grávidas e dos alunos bebês, temi que tudo isso pudesse constranger ou confundir meu filho, que ainda estava e fase de adaptação. Eu não sei ao certo como ele acomodou estas circunstâncias em sua cabecinha, mas sei que a professora dele na época foi de um sensibilidade ímpar para lidar com a situação e para tratar as diferenças em sala de forma tão sábia.

A homenagem que ela preparou com os alunos foi a construção de uma linda caixa de presente com uma foto atual de mãe e filho, e no dia da apresentação os alunos da classe do meu filho cantaram a música "Foi Deus" do Edson e Hudson. Ainda hoje, anos depois, me emociono ao lembrar o trecho da música que dizia "foi Deus que me entregou de presente você, eu que sonhava viver um grande amor assim. Valeu ter esperado o tempo passar para de uma vez meu amor entregar e não sentir solidão nunca mais".

Foi muito gratificante ver a escola tratar meu filho com igualdade levando em consideração suas diferenças. A letra da música retratava uma dupla homenagem porque meu filho tinha compreensão que ele era um presente para mim, assim como eu era para ele. Meu filho tinha compreensão que assim como valeu para mim esperar por ele, também tinha valido para ele esperar por mim.

A homenagem não precisou de barrigas e bebês para expressar de forma tão singela e doce o que toda mãe (biológica ou não) certamente pensa sobre seu filho: um presente de Deus. E o que todo filho (biológico ou não) pensa sobre sua mãe: Um presente de Deus.

Fonte: Arquivo Pessoal

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A minha família é tão diferente da sua?

Postado por Renata Palombo
Escrito por Marina Menk


Como não é novidade pra ninguém, meu blog fala sobre maternagem. Por isso, tudo o que é publicado aqui vem do olhar, da perspectiva da MÃE. No entanto eu sempre tive um desejo muito grande no meu coração de que algum filho escrevesse pra gente falando sobre a perspectiva de ser filho. Cheguei a convidar algumas pessoas, e hoje estou tendo o prazer de publicar o primeiro texto com a perspectiva do FILHO, ou melhor da FILHA, uma FILHA POR ADOÇÃO. Podia ser melhor??? Leia o post da nossa querida Marina Menk e depois me responda: "A família dela é tão diferente da sua?"

"Oi Pessoal, meu nome é Marina Menk, tenho 19 anos e curso Publicidade e Propaganda. Fui convidada pelo Blog Descobrindo a Maternagem, para escrever sobre ADOÇÃO.

Creio que fui escolhida, pois sou filha por adoção e não tenho problema algum em falar sobre o assunto. Até porque, para mim, é um assunto normal. Mas sei que existem pessoas que ainda não acham normal e espero que minha contribuição ajude essas a quebrarem suas barreiras.

Primeiro quero partilhar o que penso sobre Adoção. Para mim é uma outra forma de gerar, dando oportunidade a quem quer ser filho ou filha, dando a oportunidade de um lar, uma família para amar, educar e que dê suporte no decorrer da vida.

Para adotar é preciso gerar dentro de si a mesma vontade de uma fecundação e a gestação de um novo ser. A decisão da família e a adaptação são essenciais para que a criança nasça para todos de forma tranquila e seja bem-vinda.

Adoção impede que crianças e adolescentes permaneçam em abrigos por tantos anos, sem ter a chanca de ter uma família e o convívio dos parentes. Sem dúvida, o papel de mãe, pai e irmãos são muito importantes na vida de qualquer pessoa.

Muitos já antecipam que filho adotado vai dar trabalho, honestamente isso pra mim é uma grande piada. Tornaria-se sério, se o pensamento alheio fosse: filho vai dar trabalho. Aí sim, concordo... Não precisa separar filho e filho adotado. Filho é filho. Até porque a dica que tenho pra amenizar o problema com os filhos serve sem fazer distinção. É com amor e a não diferença, pois justamente esses dois sentimentos, que dão a certeza de que aquela criança precisa de você.

Meus pais sempre deixaram claro o significado de "ADOÇÃO", nunca esconderam, sempre soube que fui adotada. Não me lembro exatamente o dia em que me contaram. Foi um processo natural. Acompanharam o meu cresciemento, sempre explicando quando eu perguntava e tentando da melhor forma fazer com que eu entendesse sobre isso e olhasse por um único lado, o amor. E isso dá muito certo, eles foram muito verdadeiros comigo. Contaram-me a verdade simplesmente para eu não perder nenhum detalhe da minha história, para termos os nossos registros, e não para me separar da história dos meus irmãos.

Quanto a discriminação da sociedade, paciência. Todos tem suas limitações. No meu caso que sou negra e fui adotada por uma família com descendência italiana e alemã foi bem complicado, porque as pessoas dizem na maior cara de pau "mas vocês são tão diferentes!!!". Minha família sempre tratou com tanta naturalidade que inclusive rimos quando lembramos dessas situações. Porque o que é ser diferente?

Ser adotado não é uma coisa de outro mundo, não te faz uma pessoa melhor e nem pior. Com toda certeza uma família que adota também vive sabores e dissabores. Troca-se muito amor, confiança e amizade. E isso dá força para os dias difícieis.

Sou uma pessoa de sorte por ter a família que tenho. Os amigos e todaas a pessoas maravilhosas que estão ao meu redor. Não sei o que seria de mim sem a minha família, eles são as melhores pessoas que Deus colocou na minha vida. Por mais que a gente brigue ou discuta. Tenho certeza do nosso amor. Foi um amor conquistado no encontro entre mãe, pai e a filha do coração.

O clichê é que pai e mãe são quem cria, mas para mim, pai e mãe são quem ama. E isso serve para todas as pessoas dentro de uma FAMÍLIA.

E então, a minha família é tão diferente da sua????

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Pai de Adolescente

Postado por Renata Palombo
Escrito por Rosely Sayão
Fonte: www.sxc.hu

Na reunião escolar da minha filha recebemos da escola um texto de Rosely Sayão com o título "Pai de Adolescente", achei o texto muito interessante e resolvi publicá-lo aqui, na íntegra, conforme a escola nos passou:

"-Que saudades eu tenho daquele que era meu filho, que falta eu sinto da minha criança.-

Esse lamento eu ouvi da mãe de um jovem de pouco mais de 14 anos, mas expressa o sentimento de muitos pais que passam pela difícil fase em que o filho chega à adolescência. De uma outra mãe, ouvi queixa de que, para o filho, parece que ela não existia mais.

Sim, a adolescência é fase de grandes transformações. Isso todo mundo já sabe. Mas transformações só do filho que vive esse período de vida? Não! dos pais também, da família inteira.

Claro que é muito mais fácil os pais perceberem as mudanças que ocorrem com o filho. As físicas salta à vista: o corpo muda nessa fase com velocidade sem igual. Já as mudanças emocionais e mentais passam por um período de pura instabilidade, como essa que experimentamos agora.

Mas não é assim tão fácil os pais perceberem que eles também mudam, e muito, na tentativa de adaptar-se às mudanças do filho. Criança dá trabalho: sobe, desce, reclama, faz birra, chora à noite, que o que não pode, teima, briga, bate a cabeça na parede. Mas ela retorna sempre ao aconchego e à proteção dos pais, seja, ela baseada no medo ou no amor. É também sempre aos pais que os filhos pequenos procuram quando têm alguma dúvida, medo e ansiedade. Essa é a segurança que os pais sentem com os filhos pequenos. Mas tuso isso se desmancha no ar mais ou menos 12 anos depois do nascimento.

A partir dessa idade, às vezes um pouco antes ou um pouco depois, os filhos já não acham os pais as pessoas mais apropriadas para conversar quanto têm alguma dúvida, principalmente se ela está ligada ao corpo, à sexualidade. Ouço frequentemente os adolescentes dizerem que os pais são abertos ao diálogo, mas que, mesmo assim, não querem fazer a eles perguntas que a mim dirigem.

É a partir dessa idade também que os filhos preferem outro tipo de aconchego quando sofrem com alguma insegurança ou temor. Como se não bastasse, é nessa idade que os filhos passam a fazer amizades por conta própria na escola, no clube ou no prédio onde moram.

É nessa idade que eles descobrem que não devem contar com os pais como anjos da guarda, apesar de ainda quererem isso, e muito. E é nessa idade que eles começam a mudar o jeito de ser, a procurar saber quem são e o que querem.

Claro que os pais não ficam indiferentes a tudo isso. Como poderiam? Desde o nascimento do filho, eles passam a aprender cada dia um pouco como ser pai ou como ser mãe daquele filho. E, de repente, tudo o que eles ensinaram parece que desaparece no ar, toda a compreensão que eles tinham do filho fica sem referência. É preciso que os pais percebam que eles mesmos estão implicados nessa confusão que ocorre na vida do filho e que ousem mudar também.

O mais difícil nessa história é os pais admitirem que estão perdendo o fiho e, junto com ele, a imagem de pais que eles construíam para si. Por isso talvez mais importante para pais de adolescentes seja que eles se compreendam, em vez de tentarem compreender o filho.

O filho vai ficar irreconhecível em muitos momentos? Vai. Vai ter ataques de raiva e ódio? Vai também. Vai testar a tolerância dos pais ao extremo? Sem dúvida! Vai sentir-se culpado por tudo que acontece? Como vai! Mas e os pais, como reagem a todas essas novidades? Tentando resgatar o filho acabam de perder? Vivendo a saudades?

Ser pais de filhos adolescentes axige grandes mudanças também. E para tanto é preciso se questionar, se atrever, se reinventar como pai e como mãe. E, principalmente, saber respeitar o filho nas diferenças que ele, pouco a pouco estabelece."

ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)    

Se você gosta dos textos de Rosely Sayão, talvez vá gostar de ler também: "Quem é especialista na sua criança?"

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Amizade e Obediência

Escrito por Juliana Palombo
Postado por Renata Palombo
 
 
Mais um texto de Juliana Palombo. Temática muito interessante. Vale a pena ler e compartilhar com outros pais
 
"Sou mãe recente e desde então muito interessada pelo tema. Faço parte de um grupo pequeno de mães, que se oportunizam durante o dia trocas de experiências e muitos desabafos. Dentre as temáticas abordadas o que prevalece é encontrar a melhor forma de educar os filhos e prepará-los para serem pessoas do bem, até porque essa função não é sorte, é treino diário.
 
Apesar de muitas vezes agirmos por intuição, conhecemos o poder da literatura que nos fornece bons conselhos, sendo sempre um bom caminho. Pensando nisso, decidi escrever esse post para partilhar um tema que certamente será útil a todos que como nós do GMA (Grupo de Mães Amigas) estamos preocupadas com o futuro de nossos filhos.
 
Tratarei da questão da amizade com os filhos em troca de obediência, considerando que se essa amizade começar em tempo e de forma errada, pode acontecer mais problemas que benefícios. Foi do livro Nana, Nenê de Gary Ezzo & Robert Bucknam que me embasei para construir o assunto.
 
A primeira lição é informar de várias maneiras aos seus filhos que pertencer á uma família não é uma opção e sim uma missão, por isso nós pais esperamos a todo o tempo que emitam determinados comportamentos, e deve partir deles disposição para obediência. Devem perceber que algumas virtudes valem à pena adquirir, como por exemplo, amabilidade, bondade, gentileza, caridade, honestidade, honra e respeito pelos outros.
 
Para esse caminho, muitos pais se perguntam: Mas como?
 
E muitos respondem: Sendo amigos dos filhos, certo?
 
Errado! Sim errado! Como assim errado? Todos gostariam de ser amigos de seus filhos, até porque o que poderia soar melhor e mais cativante do que uma família constituída de amigos?
 
De fato, é seguramente uma idéia admirável, especialmente sedutora para essa geração, que estão parte do tempo longe dos pais por conta do trabalho ou até mesmo da tecnologia.
 
Mas a questão é o tipo de amizade que queremos com eles, pois se for para se ter em troca obediência ou igualar os membros da família, não diferenciando os papéis, criar-se-á um tipo de educação denominada criação democrática e pode ser alerta de PERIGO.
 
Ser amigo dos filhos não é o ponto de partida do processo de criação, mas o objetivo relacional. Amizade é algo que como pais, devamos alcançar ao fim dos anos da adolescência. Claro que mesmo assim você vai se divertir com seus filhos. Vocês podem ser amigos durante o processo de educação, sem que essa amizade eleve a criança ao mesmo nível adulto dos pais e nem dos pais ao nível da criança. Essa amizade será conseqüência do tempo e da experiência para essa construção.
 
Acho que dá para compreender que você pode criar com seus filhos cumplicidade, mas sem afastar-e da maternagem e da paternagem responsável.
 
Para que consiga a amizade saudável dentro a relação pais e filhos, você precisa antes firmar o papel de PAI e de MÃE e ai terão tempo de sobra para essa amizade fluir. Já ouvi e vi casos em que os filhos deixam até de chamar de pai e mãe e tratam-se pelos nomes. Já vi e ouvi mães que confidenciam sua vida intima com filhas e filhos que não vêem seus pais como orientadores e sim iguais que vão acolher qualquer atitude.
 
Seu filho deve confiar em você porque admira sua postura e o reconhece como porto seguro e não aqueles que trocam figurinhas, fazendo com que o filho não consiga enxergar no pai experiência necessária para ajudá-lo e sim mais um adolescente tardio que o escuta quando necessário.
 
Pensem nisso e peçam sempre orientação a DEUS, para que sua vida familiar seja repleta de alegria, abundante de memórias doces e não só com as manchas de arrependimento, porque sabemos que elas vão sempre existir, porque pais e mães são experts em errar tentando acertar. Mas garanto, que com DEUS no comando acertaremos com muito mais freqüência."

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Descobrindo a "Tiaternagem" - Parte II

Escrito e Postado por: Renata Palombo


Há 10 meses escrevi um texto muito especial para mim, o "Descobrindo a Tiaternagem". Nele eu falava sobre minha primeira experiência como tia e as deliciosas descobertas deste mundo.

No dia em que eu escrevi aquele texto, eu ainda nem conhecia meu sobrinho, pelo menos não fora da barriga... mas já o amava e já estava descobrindo a "tiaternagem", que assim como na maternagem, nunca se esgotam as descobertas, as conquistas e o crescimento do amor.

Hoje resolvi vir aqui, continuar compartilhando minhas descobertas como tia. Nos últimos 9 meses, desde que meu sobrinho nasceu em nossas vidas, eu...

...Descobri que o primeiro olhar é inesquecível;

...Descobri que um balde pode fazer um banho muito divertido;

...Descobri que minha sala pode, facilmente, virar um quarto de bebê;

...Descobri que meu filho pode ser um excelente cuidador;

...Descobri que uma irmã "desleixada" pode se tornar uma excelente mãe;

...Descobri que a vida se renova;

...Descobri que o amor se Multiplica;

...Descobri que quero continuar sempre descobrindo!

quarta-feira, 14 de março de 2012

O que eu fiz para me ajudar na fase de Adaptação

Postado e Escrito por Renata Palombo
Fonte: Google Imagens

Há dois dias escrevi sobre a minha experiência com a "Chegada do Filho e a fase de Adaptação" e prometi que hoje publicaria sobre as coisas que eu fiz que me ajudaram a passar por essa fase tão difícil, então segue algumas delas:

1) Psicoterapia. Eu já estava em psicoterapia quando meu filho chegou, mas a partir dele iniciei um processo mais intensivo. Me ajudou a elaborar o luto pelas perdas e a integrar melhor a MÃE REAL. Ainda me ajuda. Meu marido foi comigo algumas vezes, o que também foi importante para mim e para ele enquanto pai. Infelizmente em situações como esta vemos pessoas depositando nos outros a responsabilidade pelas dificuldades e não conseguem perceber que se olhassem para dentro de si conseguiriam resolver muitos problemas. Acho que a psicoterapia teve essa função na minha vida, me ajudar a olhar para dentro de mim e ver que muitas das dificuldades que eu vivi nessa fase tinham a ver com a minha história de vida, limitações e constituição psíquica.

2) Grupo de Adoção Tardia. Uma colega de trabalho me apresentou para este grupo que participo até hoje. Ele foi essencial para minha família nessa fase da adaptação, pelo apoio das outras mães, o compartilhar das experiências e as orientações sobre os processos psíquicos na adoção tardia, que fizeram toda a diferença na forma de enxergarmos o que acontecia.

3) Ler. Ler sobre o assunto foi muito importante pra mim. Lembro que na época recebi um texto chamado "Depressão pós adoção: um problema pouco conhecido" que me ajudou a perceber que o que eu estava vivendo era algo mais comum do que eu imaginava, aliviando a culpa e me dando recursos para lidar com a realidade. Muitas mães biológicas também entram em processos depressivos após o puerpério, talvez ler sobre o assunto ajude a entender e organizar melhor as ideias.

4) Conversar com outras mães e pais. Todas as vezes que eu e meu marido conversávamos com outras mães e pais a respeito das dificuldades que estávamos enfrentando, nos sentíamos confortados, pois percebíamos que o que estávamos vivendo era muito parecido com a realidade de todas as outras famílias. Independente dos filhos serem adotados ou biológicos, grandes ou pequenos parecia que tudo se repetia em todos os lares. Isso era muito importante pra nós. Acho que é até hoje.

5) Parceria com Marido. Não posso deixar de citar o quanto a parceria do meu marido e a sua aceitação "incondicional" a tudo o que eu fiz e senti foi importante para eu superar essa fase. Mas não se pode ignorar que os homens também ficam muito perdidos com todas as mudanças e assim como a gente também sentem um turbilhão de emoções boas e ruins. Eles têm muito mais dificuldade de lidar com sentimentos do que nós, mulheres. Muitas vezes precisamos ter paciência com eles e compreendermos que eles também precisam de ajuda e colo.

6) Escola Cristã de Férias. Na comunidade religiosa que eu frequento costuma-se fazer a escola cristão de férias (uma atividade de aproximadamente 2 horas diárias para as crianças frequentarem durante uma semana no período de férias). Poder delegar os cuidados dele a alguém por duas horinhas por dia e ficar sozinha me ajudava muito a reorganizar as ideias, me acalmar e sentir saudades dele. Geralmente quem tem um bebê conta com a ajuda de alguém, muitas vezes a avó, que fica com o recém-nascido para que a mãe possa dormir, tomar banho, recarregar as energias, sentir saudades. Infelizmente eu não tive isso, pois as pessoas acreditam que quem adota não precisa. Felizmente nesta fase tivemos essa escola cristã de férias que substituiu "bem" um ajudador mais presente e constante. 

7) Trazer um amiguinho para ficar em casaEnquanto eu vivia tudo isso uma amiga me pediu para que eu ficasse dois dias com o filho dela em casa. Num primeiro momento me pareceu bastante insano, mas isso foi algo que acabou me ajudando muito. Me ajudou primeiro porque tinha alguém para dividir comigo a atenção do meu filho que estava me consumindo 24 horas e em segundo porque o "amiguinho" fez um monte de coisas que me ajudaram a perceber que crianças faziam aquilo e que com meu filho não seria diferente. Acho que comecei aí a internalizar o FILHO REAL.

8) Orar. Entregar as coisas nas mãos de Deus é algo que sempre ajuda. Orei muito nessa fase. Orava todas as noites com ele (o que eu faço até hoje), mas depois que ele dormia eu voltava no quarto dele, me ajoelhava perto de sua cama, colocava minha mão sobre sua cabeça e intercedia por ele. Pedia muito mais por mim. Pedia sabedoria, que Deus me ensinasse a ser mãe, colocasse amor em nossos corações, me ajudasse aceitá-lo como era, me auxiliasse nas transposições das dificuldades. Hoje (infelizmente) não faço isso todas as noites, mas sempre que aparece algum problema no comportamento dele ou alguma dificuldade na nossa relação tento resgatar esse hábito e garanto que sempre funcionou. Nem sempre o problema é solucionado de um dia para o outro, mas o conforto no coração dado por Deus já ajuda a lidarmos com a situação de uma outra forma.

Como eu disse no outro post, hoje ainda não é nada PERFEITO e nem harmonioso como eu sonhava, mas hoje é bem REAL!

Muitas dificuldades ainda virão! Sei que nem sempre sou a mãe maravilhosa que eu sonhava ser e que ele também não é o filho maravilhoso que eu sonhava ter... mas acho que somos MARAVILHOSOS porque dia-a-dia estamos construindo nossa história de amor, descobrindo juntos a maternagem e a filiação.

Conte para nós o que mais te ajudou no seu período de adaptação.

segunda-feira, 12 de março de 2012

A chegada do filho e a fase de adaptação

Postado e Escrito por Renata Palombo
Fonte: Google Imagens

A chegada de um filho é mágica é transformadora, mas não é nada fácil, mesmo quando muito desejada. Por mais que as pessoas nos avisem sobre isso, só compreendemos verdadeiramente quando sentimos na "pele". Há pouco tempo, 4 pessoas próximas a mim passaram por esta fase (1 irmã e 3 amigas), e inevitavelmente me remeteram às lembranças da minha fase de adaptação, então decidi escrever aqui como foi tudo isso pra mim, talvez ajude outras pessoas que estejam passando por isso a pelo menos se conformarem de que não são as únicas no mundo a sofrer com isso.

Durante um bom tempo da minha vida eu não queria ter filhos, mas quando surgiu em mim o desejo de ser mãe eu desejei intensamente e lutei de várias maneiras para que isso se tornasse realidade. Muito ansiosa que sou, sofri com a espera, tempo que serviu também para que construisse muitos sonhos e idealizações do quanto eu seria uma mãe maravilhosa e teria um filho maravilhoso e uma família maravilhosa, tudo com muita harmonia.

Depois de mais ou menos "1 ano e meio" de "gestação", meu primeiro filho "nasceu" em nossas vidas. Foi muito delicioso ir buscá-lo!!! Enfim a resposta de nossas orações. Todos eufóricos, as felicitações dos amigos e familiares e meu sonho concretizado! Mas diferente dos contos de fadas a história não acabou assim: "...então eles se encontraram e viveram felizes para sempre..." Na vida real a frase foi: "...então eles se encontraram, viveram muitas mudanças e tiveram que se adaptar..."

Acho que a primeira grande dificuldade foi a de me dar conta que minha vida nunca mais seria a mesma. Eu tinha "ganhado" alguém para cuidar para sempre e "perdido" a possibilidade de cuidar somente de mim mesma. Haveria sempre alguém a quem eu deveria atender antes de atender minhas próprias necessidades em relação a tudo: tempo, alimentação, sono, marido, TV... Teria que cuidar de mim e de mais alguém... Inevitavelmente entrei em um processo de luto/tristeza pela perda da vida anterior. Senti medo de pensar que talvez eu pudesse não gostar dessa nova vida. Medo de não dar conta dela. Não dava para voltar atrás. Comecei a sentir que era melhor não ter mexido em algo que já estava funcionando tão bem. Como não querer mais algo que eu havia lutando tanto para ter? Senti culpa.

Os amigos, familiares e conhecidos ao saberem da notícia nos parabenizavam com alegria e falavam das delícias de ser mãe e do amor incondicional. Apesar de contente por ver pessoas se importando comigo, o sentimento predominante era o de culpa. Culpa por estar tão cansada, culpa por estar com medo, culpa por não sentir o tal amor incondicional, por não estar feliz como as pessoas me faziam acreditar que eu deveria estar.

Assim como eu, meu filho também estava se adaptando a nova vida e aí vieram os inúmeros problemas de comportamento dos quais eu nao tinha a menor idéia do que fazer. Eu enxergava seus comportamentos com intensa frustração porque ele não era o filho que eu idealizava, e mais uma vez o luto, agora pela perda do FILHO IDEAL.

Hoje eu entendo que os problemas de comportamento era a maneira dele expressar que também estava com medo, que também não sabia o que fazer, que também estava sofrendo com a perda da vida anterior, que também sentia culpa por não me amar incondicionalmente e por não conseguir me chamar de mãe. Me desafiava na tentativa de testar minha real aceitação. Mas na época eu não compreendia nada disso. Imensa frustração também por não saber o que fazer com tudo aquilo. Morre aqui a mãe que eu idealizava ser, aquela que seria capaz de dar conta de qualquer dificuldade com sabedoria e serenidade. Que nada!!! Sensação de pura impotência e impaciência. Novamente o luto/tristeza, agora pela morte da MÃE IDEAL.

Se por um lado eu fui privada do desgaste físico por não ter parido e por nunca ter perdido uma noite de sono com meu filho, por outro lado eu fui sobrecarregada pelo desgaste emocional, pois meu filho havia "nascido" pela adoção e o significado que as pessoas davam a isso era de um imenso ato de amor, bondade e heroísmo, o que aumentava minha auto-cobrança achando que eu tinha que dar conta de tudo sozinha e que nada podia dar errado. Aumentava também a minha culpa por não ser tão boa e por estar sentindo tantas coisas más.

Se eu tivesse parido certamente eu teria tido ajuda de algumas pessoas. Eu não tive isso pois talvez as pessoas pensassem que por ser meu filho já crescido eu não precisava. Mero engano. Descobri que as mães puérperas precisam de ajuda não apenas porque estão debilitadas pelo parto, mas principalmente porque estão regredidas e fragilizadas emocionalmente. Confesso que também senti mágoa do mundo, pois recebi visita de apenas duas pessoas que se alegraram em vir até minha casa para conhecer meu filho recém-chegado, o que não acontece com quem recebe um filho recém-nascido.

Aconteceram também as mudanças no relacionamento conjugal que passou a não ser mais o mesmo. Eu já não tinha mais tempo para meu marido e nem ele para mim. Sempre havia um terceiro entre nós mudando uma dinâmica de 6 anos. Eu não posso me queixar do meu marido que sempre foi muito parceiro em tudo, mas nossos desentendimentos aumentaram consideravelmente com a chegada do filho, pois o via agindo enquanto pai de forma que eu não concordava... e lá se ia o PAI IDEAL trazendo luto e tristeza novamente. Assim como ele também discordava de muitas de minhas atitudes enquanto mãe.

O fato é que hoje tudo isso passou! Eu ainda me sinto culpada, frustrada, impotente e com medos em muitas situações e meu filho continua se comportando mal em muitos momentos. Talvez eu possa ter me resignado, me acostumado, me acomodado... mas o que eu acho mesmo é que hoje as coisas são diferentes porque eu vivo muito mais a MÃE REAL, com o FILHO REAL e com o PAI REAL, embora os IDEAIS ainda me assombrem muito.

Uma outra coisa que fez toda diferença comparando o antes com o agora é o AMOR. Amor que não surgiu da noite para o dia, mas que foi construído através da troca e da entrega de todos nós. Com o amor fica mais fácil superar as dificuldades. Hoje ao lembrar de tudo o que senti e vivi, parece nem ter sido tão dificil (embora eu saiba que foi, e muito).

Eu sei que muitas mães também passaram por isso e muitas estão passando, independente das circustâncias em que os filhos chegaram em suas vidas. Para conseguir superar essa fase tão dificil eu fiz muitas coisas, busquei muitas ajudas. Como este post já está muito grande, eu prometo publicar no próximo as coisas "que eu fiz para me ajudar na fase de adaptação". Talvez as alternativas que eu busquei possa ajudar alguém que esteja passando por isso hoje. Então se você está passando por isso ou conhece alguém que esteja não deixe de passar no post publicado dia 14 de março.
Se você quiser compartilhar conosco alguma dificuldade que teve na sua fase de adaptação, fique a vontade.

Embora muitas coisas são adaptações diárias e constantes, embora temos que nos adaptar a cada mudança de fase dos filhos, sou feliz porque hoje já estamos adaptados inclusive em saber que teremos que nos adaptar sempre...

OBS.: Existem inúmera bibliografias na área da psicologia que abordam as manifestações psiquicas do pós parto e também do pós adoção, onde aparecem os conceitos de culpa, frustração, impotência, luto, entre outros. Eu não falei aqui de conceitos técnicos, falei da minha vivência pessoal. Isso não significa que estes sentimentos sejam sentidos e vividos por todas as pessoas da mesma forma. Existem variações na intensidade, circunstâncias e maneira de expressão. Lembrando que nem todas passam por isso.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Crianças negras são recusadas por famílias candidatas à adoção

Postado por Renata Palombo

Fonte: Google Imagens

Eu nem me lembro onde tive acesso a esta reportagem, sei que achei ela muito interessante e resolvi publicar aqui no meu blog, muitas pessoas tem se interessado por esta postagem. Não deixe de ler:

Três anos após a criação do Cadastro Nacional de Adoção, as crianças negras ainda são preteridas por famílias que desejam adotar um filho.

A adoção inter-racial continua sendo um tabu: das 26 mil famílias que aguardam na fila da adoção, mais de um terço aceita apenas crianças brancas. Enquanto isso, as crianças negras (pretas e pardas) são mais da metade das que estão aptas para serem adotadas e aguardam por uma família. Apesar das campanhas promovidas por entidades e governos sobre a necessidade de se ampliar o perfil da criança procurada, o supervisor da 1ª Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal, Walter Gomes, diz que houve pouco avanço.
"O que verificamos no dia a dia é que as famílias continuam apresentando enorme resistência [à adoção de crianças negras]. A questão da cor ainda continua sendo um obstáculo de difícil desconstrução."

Hoje no Distrito Federal há 51 crianças negras habilitadas para adoção, todas com mais de 5 anos. Entre as 410 famílias que aguardam na fila, apenas 17 admitem uma criança com esse perfil. Permanece o padrão que busca recém-nascidos de cor branca e sem irmãos. Segundo Gomes, o principal argumento das famílias para rejeitar a adoção de negros é a possibilidade de que eles venham a sofrer preconceito pela diferença da cor da pele. "Mas esse argumento é de natureza projetiva, ou seja, são famílias que já carregam o preconceito, e esse é um argumento que não se mantém diante de uma análise bem objetiva", defende Gomes.

O tempo de espera na fila da adoção por uma criança com o perfil "clássico" é em média de oito anos. Se os pretendentes aceitaram crianças negras, com irmãos e mais velhas, o prazo pode cair para três meses, informa.

Há cinco anos, a advogada Mirian Andrade Veloso, 38, se tornou mãe de Camille, uma menina negra que hoje está com 7 anos. Mirian, que tem cabelos loiros e olhos claros, conta que na rotina das duas a cor da pele é apenas um "detalhe". Lembra-se apenas de um episódio em que a menina foi questionada por uma pessoa se era mesmo filha de Mirian, em função da diferença física entre as duas. "Isso [o medo do preconceito] é um problema de quem ainda não adotou e tem essa visão. Não existe problema real nessa questão, o problema está no pré-conceito daquela situação que a gente não viveu. Essas experiências podem existir, mas são muito pouco perto do bônus", afirma a advogada.

Hoje, Mirian e o marido têm a guarda de outra menina de 13 anos, irmã de Camille, e desistiram da ideia de terem filhos biológicos. "É uma pena as pessoas colocarem restrições para adotar uma criança porque quem fica esperando para escolher está perdendo, deixando de ser feliz."

Para Walter Gomes, é necessário um trabalho de sensibilização das famílias para que aumente o número de adoções inter-raciais. "O racismo, no nosso dia a dia, é verificado nos comportamentos, nas atitudes. No contexto da adoção não tem como você lutar para que esse preconceito seja dissolvido, se não for por meio da afirmatividade afetiva. No universo do amor, não existe diferença, não existe cor. O amor, quando existe de verdade nas relações, acaba por erradicar tudo que é contrário à cidadania", disse.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Casal Americano aguarda o nascimento do 20º filho

Postado por Renata Palombo
O casal Jim Bob e Michelle Duggar, famoso nos Estados Unidos por sua numerosa família no programa de TV "19 Kids and Counting" (19 Crianças e Contando), anunciou nesta terça-feira que aguarda o nascimento de mais um filho.

Michelle, de 45 anos, confirmou sua gravidez com uma mensagem no site oficial da família, e disse que dará à luz em 2012. "Depois do nascimento de Josie (sua filha número 19), não sabíamos se poderíamos ter mais", disse ela, que correu risco de vida, assim como sua filha, que nasceu prematura em um quadro de pré-eclâmpsia.

A mulher fez menção ao ocorrido dizendo que "aquela experiência foi uma das mais aterrorizantes" pelas quais ela e sua família passaram, mas dá graças a Deus por esse "milagre". "Há muitos anos, Jim Bob e eu decidimos entregar a Deus este aspecto de nossas vidas, e cada um de nossos filhos está agradecido por estar aqui. Nosso objetivo é ensiná-los a amar Deus e servir ao próximo", disse.

O casal, que vive no estado de Arkansas e teve há dois anos seu primeiro neto, garante jamais ter utilizado métodos anticoncepcionais. Autodenominados "cristãos conservadores", Jim Bob e Michelle têm filhos em idades compreendidas entre 23 e 2 anos, todos com nomes iniciados pela letra "J".

O casal explicou em seu site que a Bíblia os guia diariamente, e que o livro sagrado dos cristãos "contém todas as respostas para as perguntas sobre a vida", como, por exemplo, a procriação.

"Confiamos que o publico sabe que somos pessoas normais, com nossas fragilidades e imperfeições individuais, mas servimos a um Deus extraordinário que se compadece ao demonstrar seu poder", disseram os Duggar. EFE

Fonte:http://br.noticias.yahoo.com/casal-americano-aguarda-nascimento-20-filho-221647959.html

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Nas entrelinhas

Postado e Escrito por Renata Palombo
Fonte: Google Imagens 
No culto da manhã de ontem o pastor iniciou o sermão dizendo que a vida não é do jeito que a gente quer, mas sim do jeito que ela é, em seguida ele falou que nós (seres humanos) conseguimos ler apenas o que está escrito nas "linhas" da vida, mas Deus escreve também nas "entrelinhas".

Um dia antes eu e meu marido falávamos exatamente sobre isto pensando em como é nossa vida hoje.

Lendo as "linhas" da nossa vida, quem podia prever o que Deus estava escrevendo nas "entrelinhas"? O que Ele escrevia fez "cair por terra" muitos planos, sonhos e expectativas não somente nossos, mas também de nossos pais, irmãos, amigos e até de meros conhecidos. Mas a vida não é como a gente quer, é como ela é!!!

Muitos "leram" as "linhas" da vida de nossos filhos e sentiram compaixão, dó, pena e até desesperança... mas Deus também estava escrevendo nas "entrelinhas" da vida deles.

Certamente, ainda hoje, muitos olham para nossa vida e não conseguem "ler" o que está escrito (acho que as vezes a gente também não).

No sermão o pastor falou também que as "entrelinhas" é aquela fase da vida em que não conseguimos entender o porque as coisas estão acontecendo e nem para que. As vezes essas fases são aquelas bem dificeis, mas depois que passam entendemos o porque delas precisarem ter sido escritas.

Mas tenho certeza que ontem de manhã, ao vermos a Naty tomando uma decisão tão importante em sua vida, conseguimos "ler" muitas coisas que estavam escritas apenas nas "entrelinhas" e mais uma vez pudemos comprovar que os planos de Deus são maiores do que os nossos!!!

Eu agradeço a todos os nossos familiares e amigos que puderam estar presentes na programação de ontem e a todos os familiares e amigos que muitas vezes não conseguiram ler as "linhas" de nossas vidas, mas que ainda assim ficaram do nosso lado... O testemunho da minha filha no dia de ontem certamente alcançou muito mais vidas do que eu sozinha poderia alcançar.

Eu nao sei o dia de amanhã... não sei onde eu estarei... não sei onde ela estará... mas sei que Deus continuará escrevendo nas ENTRELINHAS...

Que nós possamos sempre confiar em Seu poder!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Descobrindo a "Tiaternagem"

Escrito e Postado por: Renata Palombo

Vou ser tia! Quer dizer, já sou tia!

Sinto-me muito grata a Deus porque em tão pouco tempo descobrindo o que é ser mãe ele me presenteou com a oportunidade de também descobrir o que é ser tia.

Outro dia fui a uma loja de gestantes comprar um "minhocão" para minha irmã e para uma amiga, ambas gestantes de aproximadamente 30 semanas. Antes de ir a loja minha irmã me aconselhou a não me endividar e eu desconsiderei achando o conselho sem muito propósito.

Na loja fiquei "enlouquecida", encantada com tudo o que existe para gestantes e bebês, sonhando com cada roupinha, com cada acessório em meu sobrinho. Peguei o telefone celular e liguei primeiro para minha irmã e depois para minha amiga e com a  "maior empolgação do mundo" contei e descrevi para elas cada "maravilha" que eu estava vendo na loja. Nessa hora entendi o conselho da minha irmã sobre não me endividar, e se num primeiro momento eu ignorei o conselho por não achar necessário, nesse segundo momento eu ignorei por não "conseguir me controlar". Gastei 3 vezes mais do que havia me proposto.

Depois que eu sai da loja me dei conta do quanto tinha sido exagerada no telefonema para elas. Com quase 30 semanas de gestação, muitas coisas já compradas e ganhas, curso de pais e várias feiras de gestantes no currículo, certamente não havia (para elas) nenhuma novidade em uma pequena loja para gestantes e bebês. Entendi que minha "empolgação" nada tinha a ver com o que elas pudessem sentir, mas fazia parte da emoção de ser tia de "primeira viagem", de quem está descobrindo a "tiaternagem". (Aproveito a oportunidade para agradece-las por terem sido legais comigo acolhendo minha animação).

Há algumas semanas dormi com a minha irmã. Acordei de madrugada e coloquei a mão na barriga dela, senti o pequeno bebê mexendo-se sem parar, pra cá e pra lá... Acordei ela na mesma hora dizendo: "Ele está mexendo! Acorda que ele está mexendo!" Minha irmã "meio" mal humorada, talvez pelo sono interrompido, pouco me deu atenção. Possivelmente todas as noites dela têm sido assim e tudo o que ela mais quer agora é poder domir a noite toda para poupar energia para depois que o bebê nascer.

De novo percebi que minha "euforia" fazia parte das minhas descobertas enquanto tia.

Dizem que ser tia é ficar só com o lado bom de ser mãe, porque você aproveita os sobrinhos e na hora da dificuldade "devolve" para os pais. Acho que isso é verdade. Não estou sentindo os incomodos da gravidez, não estou com todas as encanações que estão na cabeça dela, não estou me preocupando com hospital, móveis, moradia... Mas estou curtindo muito viver, sonhar e descobrir tudo isto.

Aliás estou descobrindo também um novo tipo de amor. É o "amor por extensão": o amor q sinto pela minha irmã se estendendo na mesma intensidade por um ser que eu ainda nem conheço...
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