segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Carta à Minha Filha

Escrito e Postado por Renata Palombo
 
Estamos em época de Natal.

A palavra "natal" significa nascimento e é usada para o dia 25 de Dezembro porque é a data em que grande parte do mundo cristão comemora o dia do nascimento de Jesus.

Supomos que minha filha Natalia se chama assim, justamente por ter nascido nesta época. 

A palavra Natalia vem do Latim e deriva de "natus", mesma palavra da qual deriva natal e igualmente significa nascimento (não era muito dificil supor que Natalia também significava "nascimento"). Ontem ela comemorou a data de seu nascimento (mais um ano de vida) e amanhã comemoraremos a data do nascimento de Jesus.

Quando o Diego fez aniversário, eu publiquei aqui uma carta ao meu filho. E hoje eu gostaria de fazer o mesmo pelo aniversário da minha filha e deixar registrado aqui uma carta que escrevi a ela.

Naty,

Independente de ter nascido na época do Natal o significado do seu nome faz jus ao que você realmente é!

Sei que sua vida não foi fácil e ainda não é... Sei que hoje sua vida não é fácil porque como todas as pessoas do mundo você tem suas preocupações, tristezas e dificuldades diárias, mas sei que a bagagem emocional que você carrega consigo torna tudo ainda mais pesado.

Por isso acho que faz jus ao seu nome.!!! Você tem o dom de "nascer" todos os dias e se dar uma nova chance! Você "nasce" diariamente para superar o que passou e "nasce" para tentar fazer diferente! Você é a prova viva de que as pessoas podem aprender todos os dias e que nunca é tarde para fazer diferente. Quebrar ciclos é necessário para todos nós, mas poucos conseguem de fato fazê-lo. Acho que sua capacidade de "nascer" a torna mais forte para quebrar ciclos, embora não acho que lhe seja mais fácil.

Coincidências da vida ou não, me chamo Renata, palavra que também vem do latim e que também deriva de "natus", no caso "renatus" que significa RENASCER.

Sem dúvida sua chegada na minha vida me fez "renascer" e ainda faz todos os dias, pois  renasço diariamente. Precisei deixar morrer todos os meus sonhos e projetos para a maternidade e renascer em sonhos que nunca imaginei que poderia amar tanto.

Assim como pra você, pra mim também não tem sido fácil, porque aprender a ser mãe e descobrir a maternagem é tão ou até mais difícil do que aprender a ser filha. Mas penso que o mais importante em tudo isso é que estamos tentando, "nascendo" e "renascendo" todos os dias numa nova busca de nos compreendermos, nos amarmos e estamos sempre juntas.

Sabemos de histórias de pessoas que por muito menos desistiram.

Ontem foi seu aniversário, e é fato que vivemos muitas dificuldades juntas e separadas. Mas é fato também que neste tempo que nos adotou como pais e que foi adotada por nós como filha também já vivemos coisas maravilhosas e dignas de gratidão infinita a Deus.

Pouco tempo se passou desde que “nasceu” em nossas vidas, mas com tanta intensidade que parece que sempre esteve aqui. Somos muito gratos a Deus por termos participado de suas superações escolares, por termos lhe dado as mãos quando você tentava dar os primeiros passos no “novo mundo”, foi difícil ver você cair enquanto tentava “caminhar”, mas foi fantástico vê-la se levantar quantas vezes foram necessárias e seguir em frente. Vê-la experimentar novos sabores, novas amizades, novos amores, novas fragrâncias, novas dores, novas viagens, novas culturas, novas palavras, novas roupas, novos anos... Tudo isso é o que faz da maternagem a experiência mais fantástica que um ser humano poderia viver.

De tudo o que vivemos, um momento muito especial, foi presenciar a entrega de sua vida a Cristo, não porque quiséssemos impor-lhe nossa religião, mas por vermos que você tem se identificado com nosso mundo, nossos costumes e práticas, tornando irrelevante a falta do "mesmo sangue" correndo em nossas veias.

Estar com você é empolgante: pelo amor que sinto e por tudo o que aprendo. Ser sua mãe é entender que a adoção é muito, muito maior do que qualquer tentativa de explicá-la. A adoção sem dúvida é uma escolha, uma decisão, mas transcende esse caracter tão racional, porque quando se adota de fato e se descobre amando se compreende que não era só uma questão de escolher, mas era também uma questão de necessitar. Hoje eu não apenas escolho ser sua mãe, hoje eu necessito ser sua mãe.

Natalia, você não nasceu de mim, mas certamente nasceu para mim!

Eu, Renata, não renasci para você (resnasci para o mundo), mas certamente renasci por meio de você!

Parabéns por mais um ano de vida que completou! Parabéns pela Maioridade! Parabéns por ser quem você é!

Te amo! Deus te abençoe!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Natal: Como "ensinar" aos filhos o verdadeiro sentido

Escrito e Postado por Renata Palombo


Fonte: Google Imagens

Todos sabemos que dia 25 de Dezembro é comemorado o Natal, que nada tem a ver com Papai Noel, renas, presentes, neve, mas sim com o nascimento de JESUS, o Filho de Deus nesta Terra. Sabemos também que Ele não nasceu de fato do dia 25 de Dezembro, mas que esta é apenas uma data simbólica, no entanto, é um dia em que as pessoas (em sua grande maioria) se voltam para os bons pensamentos e costumes, se aproximam mais de Deus e dos outros e almejam para suas vidas, mais amor, gratidão, paz... Por um lado é lamentável vermos o consumismo movido por esta data e tamanha benevolência em apenas uma época do ano, mas por outro lado parece quase impossível não nos contaminarmos no clima de festas e confraternizações... e já que seremos "carregados" por esta "onda" é melhor nos adequarmos e buscarmos alternativas para ensinar aos nossos filhos o melhor referente esta data.

Eu tento fazer algumas coisas e oro a Deus para que eles internalizem e compreendam o real sentido do Natal. Queria que eles compreendessem que bons costumes e pensamentos devem ser para todos os dias do ano, que paz, amor e gratidão são frutos de escolhas diárias e que presentes refletem carinho e não consumo.

Uma das coisas que faço é reforçar sempre que possível o que realmente é comemorado nesta data. Falamos sobre o porque Jesus nasceu neste mundo, sobre seu ministério, morte e ressureição para salvação da humanidade e remissão dos nossos pecados. Falamos sobre a importância de Jesus na nossa vida hoje e agradecemos nas orações a Deus por ter enviado seu filho. Busco assistir filmes e ler histórias sobre este tema. Como somos cristãos, falar sobre Jesus é algo constante em nosso dia-a-dia, mas o tema de seu nascimento acaba por ser mais falado nesses dias natalinos.

Acho que aqui poderia entrar um adendo sobre as lendas natalinas. Vejo que muitas famílias cristãs ficam num dilema sobre reforçá-las uma vez que "anulam" ou contradizem o foco real do Natal que é o nascimento de Cristo. Confesso que para nós isso nunca foi um grande dilema, não sei se isso é bom ou ruim. Quando o Diego chegou ele acreditava no Papai Noel e nós alimentamos muitas vezes sua fantasia. Penso que fantasias fazem parte do imaginário infantil e do desenvolvimento e não nos sentimos no direito de tirar isso dele. Nunca deixamos de falar sobre o real sentido do Natal, mas como ele era pequeno não conseguia se dar conta da contradição das histórias e as acomodava muito confortavelmente dentro dele. O que já não acontecia com a Naty que demonstrou sua indignação por várias vezes ao ver o mundo exaltar as tradições humanas e esquecer-se de Jesus. É orientada a respeitar as pessoas naquilo que querem crer, mas falar sobre o verdadeiro motivo do Natal sempre que fosse possível e assim ela faz com o coração cheio de alegria disseminando a palavra de Deus.

No ano passado o Diego já com 8 anos não deu muita importância para o Papai Noel. Chegou a questionar se ele exisita e eu apenas respondi que "existia na nossa imaginação". Ele começou a perceber que qualquer homem podia fantasiar-se de Papai Noel, inclusive ele e o pai dele, entendeu que cada presente que ganhou foi comprado e dado por uma pessoa da família e não questionou o porque do Papai Noel não ter aparecido na entrega dos presentes como nos anos anteriores. Ainda assim escreveu a cartinha para ele e fez questão de ir ao shopping para visitá-lo.

Uma coisa que pra mim é bem dificil de lidar nessa época do ano é a questão dos presentes. Eu percebo que os dois dão muito valor para isso e ficam esperando sempre bons presentes de todos. Temo que isso os faça valorizar mais os bens materiais do que as pessoas. Temo que se frustrem e se revoltem se em algum Natal não estivermos em condições de presentear. Nossas famílias (tanto a minha quanto a do meu marido) tem o hábito de todo mundo comprar presente pra todo mundo, o que faz com que ganhêmos muitos presentes nessa época do ano. O que eu faço pra tentar lidar com isso é explicar repetidas vezes que o maior presente é Jesus e que pessoas são mais importantes que coisas e que mesmo que alguém não nos dê nada vamos continuar amando-o da mesma forma.

Tento fazê-los participar o máximo possível da escolha, compra e embrulho dos presentes, na tentativa de que compreendam que presentar alguém é acima de tudo uma manifestação de carinho e amor e que o valor do presente está muito mais na dedicação que depositamos naquilo do que no valor monetário do mesmo. Acho que isso eles entendem porque em diversas épocas do ano eles nos presenteiam com cartinhas e lindos bilhetes, com desenhos e as vezes até embrulhos mostrando que dedicaram tempo para dar o melhor que podiam e nós, claro, valorizamos muito estes pequenos mimos.

Na noite de entrega deixamos que eles entreguem os presentes para que sintam o prazer da "doação" (percebo que realmente sentem prazer com isso) e antes de sair de casa orientamos que ao presentearmos alguém, fazemos por amor e não para ganharmos algo em troca. Ainda assim vejo que eles ficam ansiosos esperando o retorno, mas como sempre são presenteados por todos, não sei como reagiriam se isso não acontecesse.

Sempre que possível participamos de atividades sociais/comunitárias para que vejam a prática do amor ao próximo tão falado nesse período natalino. No ano passado, por motivos relativos a minha saúde não pudemos fazer nada, mas no ano retrasado distribuimos lanches para moradores de rua e no ano anterior fizemos entrega de presentes para crianças muito desprovidas de bens materiais. Temos por prática ações como esta também em outras épocas do ano, mas é inegável que o "Espírito Natalino" potencializa a motivação e o resultado desses trabalhos.

Por fim acho importante falar sobre a convivência familiar que priorizamos muito durante todo o ano e no Natal não é diferente. Valorizamos também os amigos mais chegados tentando encontrá-los dias antes do Natal para dar um abraço. Até hoje sempre fiz questão de estarmos em família: avós, tios, primos... Lembro que no ano passado acabamos dormindo de improviso na casa da minha mãe e percebi que todos curtimos muito a situação de dormir bem de madrugada, sem pijama, sem escovar os dentes, um no chão, um no sofá, um com o bebê chorando toda a madrugada, enfim, algo desconfortável que se tornou muito divertido e que certamente renderá deliciosas lembranças para todos. Infelizmente meus filhos foram privados da convivência familiar por muitos anos, por isso vou fazer de tudo para que tenham bons registros do amor em família (mesmo com os corriqueiros desentendimentos). Acho que este ano vou me planejar para passar a noite de novo no "improviso" na casa da vó (minha mãe). Talvez eu leve escovas de dentes (rrssrsrs).

É isso!!! Tudo isso!!! O Blog Descobrindo a Maternagem deseja a todos um excelente Natal!!!

Que cada uma de nós, mães, consiga, com pequenas e grandes ações ensinar aos nossos filhos o melhor e o verdadeiro sentido do Natal!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Aprendendo com a Carta do Papai Noel

Escrito por Juliana Palombo
Postado por Renata Palombo
 
Hoje o texto de Juliana Palombo vem nos trazer uma boa reflexão natalina, leiam e comentem!!!
 
"Quem em sua infância não escreveu uma cartinha pro bom velhinho? Confesso que eu fiz isso muito pouco, porque quem tem irmão mais velho sabe que esses mitos da infância não duram muito tempo. Os mais velhos têm uma necessidade de acabar com isso porque possivelmente estão ainda decepcionados de descobrirem as verdades e se vingam acabando com a festa dos mais novos! Faz parte!
Mas não é disso que quero falar, quero relembrar algumas cartas que já li e orientar as mamães e papais noeis reais, do quanto essa oportunidade pode ser rica para a relação familiar. Do quanto escrever pro Papai Noel pode ensinar muitas coisas.
Sendo bem objetiva, minha pergunta é:
- Você responsável pelo seu(a) filho(a)  está ao lado dele(a) nessa hora? É importante avaliar a relação deles com o mundo de fantasias e também com o mundo material. Avaliar o que está sendo passado pra essa criança em relação aos valores da vida.
Avaliemos através de alguns trechos extraídos de alunos do ensino fundamental:
“Papai Noel, você vai me dar a coleção dos bonecos do Chaves e da turma cocoricó, né??” Gabriel, 7 anos
 
Opa, Opa, Opa.... não vale a pena lembrar que antes de tudo a gente cumprimenta as pessoas. "Olá Papai Noel" já é um bom começo.
"Você vai me dar?" Xiiiii, que mandão ou mandona hein? Recomendo explicar aos pequenos que a carta é a tentativa de um pedido e não uma ordem e que o ideal é que se peça um presente, de preferência  aquele que mais o interessa. Até como possibilidade de não se frustrar no dia da entrega.
"Olá ! Papai Noel há muito tempo queria lhe escrever, mas somente agora com nove anos aprendi a escrever..." Daniel, 9 anos.
Poxa Pais, será que vocês não podem ajudar seu filho ou filha a escrever enquanto ele nao é alfabetizado? Afinal é importante que a criança possa através destes momentos expressar suas emoções e externalizar seus desejos. Ser criança dura tão pouco.
"Seu Noel, aqui estão alguns dos pedidos para lhe fazer: Para meus pais eu gostaria que lhe dessem uma casinha nova, porque a nossa é feita de caixas da feira, sabe aonde vem frutas e verduras? Os papelão meu pai recolheu nas lojas que não precisavam mais. Minha casinha é um tormento, pois quando chove molha tudo e nem sequer temos onde dormir. Precisamos ficar encolhidos em baixo da mesa ou em algum  cantinho para se abrigar da água da chuva, pois aqui chove tanto quanto na rua..." Diana, 10 anos
Triste, não? Muitos anos da minha vida fiz trabalhos sociais no natal e sei quão real são estes pedidos. E quando minimamente atendidos quão gratificante é. Todavia, se for o caso de ouvir seu filho fazendo pedidos tão apelativos, não quebre as esperanças, mas também oriente quanto a impossibilidade de acontecer, dessa forma mantém viva a esperança e desde cedo já o prepara para enfrentar os "nãos" e as frustrações da vida. Sabemos bem que o que difere deu uma pessoa para outra não é o tamanho do problema que ela tem, pois problema é problema, mas sim como ela enfrenta seus obstáculos e qual o significado que dá pra eles. Esta formação é dada por nós pais, que passamos os valores e os princípios.
Enfim, quantos exemplos teríamos para compartilhar. O importante é deixarmos o recado de usar este momento tão especial e mágico de Natal para mais uma oportunidade de estar com seus filhos. Sabemos que na correria do dia a dia, esta poderia ser um atividade a passar batido, e recomendo que não passe!
Aproveite e partilhe conosco sua experiência. Adoraríamos saber o que seus pequenos estão pedindo e o que você está descobrindo com tudo isso.
E lembre-se dpeois de concluirem a cartinha, reforce que apesar do Papai Noel ser um símbolo do Natal, essa data exsite para comemorarmos o nascimento de JESUS que veio para salvar este mundo.
Feliz Natal a Todos!!!"

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Não Deixe Seu Filho Pagar Mico

Escrito por Juliana Palombo
Postado por Renata Palombo

Hoje o texto é da nossa colaboradora Juliana Palombo.
"O que vou escrever hoje é de extrema importância para mães cujos filhos ainda usam fraldas. Ou melhor dizendo, mães gripadas de filhos que ainda usam fraldas.
Ocorre que em dez meses meu marido e eu batemos no peito por nosso filho nunca ter adoecido. Mas um dia chegaria e cá estamos nós cuidando pra que nosso pequeno de dez meses se cure logo. Resolveu pegar sua primeira gripe, sua primeira inflamação de ouvido, sua primeira assadura, consequentemente quatro noites em claro e logo de uma única vez.
Com tudo isso a imunidade da mamãe aqui foi no pé e também estou bem gripada. Dessa gripe o que está mais me matando é esse nariz buito, bas buitoooo entubido.
Com ele já melhorzinho resolvi sair da clausura e descer um pouco no térreo para me distrair e ele brincar um pouco. Escolhi um horário que meu prédio estava bombando, crianças de todas as idades... Muitos bebês engatinhando pra lá e pra cá, uma grande festa.
Com isso babás, avós, mães e demais cuidadores aproveitam para papear, fofocar, reclamar e entre os tópicos abordados eis que uma diz:
- Hummmm, acho que meu bebê fez o número dois.
Cheira ele e diz bem orgulhosa:
- Ahhh não é ele não! Tá limpinho!
Depois de cinco fazerem a mesma coisa, foi minha vez e cheirei, cheirei e disse:
- Tambem não é ele.
Percebi que se olharam, mas o papo estava bom demais que relevaram o cheiro.  Afinal estavamos na parte: reclamando das “patroas”. Nunca que um cheirinho bem desagradável interromperia tal desabafo. Inclusive nessa hora, eu só ouvia... porque as patroas no caso eram as mães. Avós e babás tem quentíssimas pra contar, só fiquei na escuta.
Quando subi para dar o jantar, fui trocá-lo como de costume, e pasmem. Tinha mais cocô na fralda do que um dia normal.
Mais um aprendizado... Mãe gripada e com nariz entupido deve ficar dez vezes mais atenta para que seu pequeno não pague mico e nem você ganhe a fama de mãe descuidada. Ou seja, subi e deixei pra elas mais uma pauta sobre as mães. Certeza que falaram:
- Nossa essas mães não cuidam direito dos filhos, seria muito melhor que contratassem uma babá ou deixassem com uma das avós ... (rrsrsrsrsrsrrs)
Bom, fiz minha parte para as mamães constipadas!
#ficaadica"

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O "Mito do Igual"

Escrito e Postado por Renata Palombo


O que é o "mito do igual"? É quando as pessoas acreditam no mito de que todo mundo é igual e como consequência desta crença acabam não sabendo lidar com aquilo que é "diferente".

A adoção é vista como uma forma muito diferente de maternagem e filiação e pra quem convive com isso sabe quantas vezes somos obrigados a ouvir comentários preconceituosos e de diferenciação. Como se fôssemos menos ou mais, como se fôssemos algo estranho, como se fôssemos um estilo de vida super alternativo.

A verdade é que as pessoas (e eu me incluo nisso) falam coisas irreais e sem sentido porque não sabem lidar com a diferença. O que as pessoas (e me incluo aqui de novo) não se dão conta é que o "igual" é apenas um MITO. Quando, por exemplo, falamos em maternagem e filiação eu queria saber o que é igual? Vocês conhecem alguma história de maternagem igual a outra? Uma mãe igual a outra? Um filho igual ao outro? Estou usando aqui a palavra "Igual" como sinônimo de "idêntico, que não varia".

Pior ainda é que baseamos a crença do "igual", no "mito do ideal". Qual é o ideal de mãe? Criamos um ideal e aí cremos piamente que este ideal é o igual e quem não vive este ideal é diferente. Por que cremos nisso?

Eu conheço muitas mães e cada uma delas tem uma história diferente. Eu conheço mães casadas que planejaram seus filhos, mas conheço mães casadas que não planejaram... assim como também conheço mães solteiras que planejaram e solteiras que não planejaram. Eu conheço mães que vivem com um homem que não é o pai dos filhos dela e conheço mulheres que assumiram as maternagem dos filhos do marido. Conheço mães-avós, mães-tias, mães-irmãs. Conheço mães que tentaram abortar e mães que engravidaram de uma aventura. Conheço mães que esperaram 15 anos para ter um filho e conheço mães que nem esperaram. Mães que enganaram o marido para conseguir ter um filho. Mães que engravidaram de marido vasectomizado, mães que tiveram que fazer teste de D.N.A. para comprovar a paternidade, mães que não fizeram pré natal, que ficaram doentes durante a gravidez, mães que fertilizaram o filho in vitro e mães que fertilizaram o filho no coração. Mães que adotaram bebês, que adotaram crianças grandes, que adotaram grupo de irmãos e que adotaram de "cor de pele" diferente da sua. Conheço quem adotou para "tampar um buraco" na vida e quem adotou apenas porque queria ser mãe. Conheço filhos que nasceram de parto normal, de parto cesárea e de fórceps. Conheço mãe de gêmeos e acreditem se quiser conheço até uma mãe de trigêmeos. Conheço mães homossexuais. Eu conheço mães que sentem medo, culpa, raiva, dúvida, amor, alegria, esperança... e conheço as que sente tudo isso misturado e mais um pouco. Conheço mães que queriam menina e tiveram menino e vice-verso. Conheço mães de filhos deficientes fisicos, intelectuais e até deficientes de espírito. Conheço mães religiosas, "porra loucas" e até tradicionais. Mães que trabalham fora, que trabalham dentro e que trabalham em todos os lugares. Conheço mães que tem facebook, que nunca ligaram um computador, que fazem terapia, que dirigem, que andam a pé, que fumam, que bebem, que usam drogas, que não comem carne e nem açúcar e que fazem acadêmia. Conheço mães que querem que o filho seja médico, outra que quer que seja pastor, outra que quer que seja futebolistas e outras e outras e outras...

Imagino que você que me lê também conhece pelo menos uma de cada uma destas mães (talvez uma ou outra não), então, por favor, me diga onde está o "igual", o "idêntico"? Porque ainda assim achamos que todo mundo é igual a mãe ideal? Qual destas citadas aí em cima é a ideal? Porque as pessoas se espantam tanto com quem é mãe por adoção como se hovesse apenas uma ou duas variações de mães? Só agora, rapidamente, consegui me lembrar e citar cerca de 50 variações para mãe, fora as que eu nem me lembrei.

Será que quando eu aponto o diferente significa que todo o resto é igual a mim?

Acho que antes de ficarmos espantados ou curiosos com algum tipo de maternidade diferente da "ideal" deveríamos lembrar que o ideal não existe e muito menos o igual.
O "igual" certamente é um mito!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Espelho Mágico ou Gênio da Lâmpada?

Escrito por Juliana Palombo
Postado por Renata Palombo


Mais um texto de Juliana Palombo:
"Como uma mãe de carteirinha a comparação é algo inerente. Na TPM então, isso se potencializa e as buscas por modelos de mães se tornam inesgotáveis.  Modelos que em dias normais servem de referência e aprendizado, mas que na TPM servem para nos destruirmos enquanto pessoa.
E óbvio que estou escrevendo esse texto no auge da TPM e buscando alguns modelos de mães pra me comparar e poder olhar no espelho e perguntar:
- Espelho, espelho meu? Existe mãe pior do que eu?
E pra ajudar, quero me comparar com elas. As tops, as pop´s, as divinas: Cláudia Leitte, Adriana Esteves (atualmente mais conhecida como Carminha) e  Angélica. Porque estas? Porque ouvi relatos do dia a dia delas essa semana que me chamaram muita atenção. Parece que pra elas, é muito fácil exercer o papel de mãe.
Você já se pegou se comparando com mães da mídia? Mães artistas? Ou isso é coisa minha? Não que eu não seja uma mãe artista, porque o que faço é de se aplaudir também, mas é que as mães da mídia me intrigam muito.
Vamos começar com Cláudia Leitte: como ela consegue parir em um dia e ter uma barriga tanquinho no outro? Como ela consegue pular igual uma macaca um mês depois que chegou seu segundo filho? Ela não teve noites em claro? Ela não se alimentou mal? Ela não amamentou?
Adriana Esteves: como ela consegue gerenciar seus três filhos trabalhando fulltime em novela? Em sete meses de gravação nenhum filho dela adoeceu? Não precisou passar uma noite em claro? Como assim ela ainda tem um personal trainner?
Angélica: como assim ela já está de visual novo? A Eva só tem um mês! Como assim o bolo de mesversário da filha dela parece ter sido mais caro que a festa toda de um ano que estou preparando pro meu filho? O Joaquim e o Benício não entraram em crise? Não têm ciúmes? Não regridem fazendo xixi na cama? Não enlouquecem Angélica e Luciano Hulk?
Não tenho exatamente todas as respostas, porém ouvindo as conclusões das entrevistas, ficou claro que o dia a dia delas é bem mais fácil, contudo os sentimentos não diferem do mundo real. Elas também têm culpas, dilemas, dúvidas e pesares. Ufa!!! Estava me achando anormal. Na verdade não sou anormal, só não sou tão bem financeiramente quanto elas (rsrsrssr).
Claudia Leitte fez exercícios com personal durante toda a gestação, tem nutricionista particular que a acompanha, uma babá para cada filho em período integral, cozinheira, secretárias do lar, motorista todos a seu dispor.
Carminha, quer dizer, Adriana Esteves (Até porque Carminha foi uma péssima referência de mãe) agradeceu este domingo no Faustão pela EQUIPE que cuida dos filhos dela. Oi? Oi? Oi? Oi? Equipe? Sim é isso mesmo! Tem babás, enfermeiros, ajudadores e etc etc etc.
E Angélica, recentemente mudou para um apartamento de 47 milhões... Nem preciso dizer que a equipe dela é bem maior que da Esteves....
Então porque estou me comparando? Aaahhh, só pelo prazer macabro da TPM...
Brincadeiras a parte, eu me comparei com elas pra parar pra pensar que não devemos nos comparar. Porque quem compara pára. Cada mãe tem sua realidade e isso não reflete na qualidade de mãe que você é. O luxo lhes confere conforto, mas não título de maior competência ou de melhores mães do ano. Isso independe do fator dinheiro. Isso depende da sua disposição de doar-se e de seguir adiante com tudo que compete a MATERNAGEM. Afinal, esse conceito não se desenvolve a base de barriga tanque, visual novo ou a ausência de olheiras.
Enfim, foi só um desabafo para você que às vezes fica se comparando com tipos de mães e perdendo tempo, deixando de ouvir a resposta do espelho:
- Não existe mãe pior que você, existe outros tipos de mães, que tem outros tipos de filho, que tem outra realidade e que tem outros objetivos.
Obrigada espelho querido por me fazer enxergar que sou o tipo de mãe única que sou. Sem barriga tanque, com olheiras, que faz mil coisas e que dentro das minhas condições tenho uma equipe mais que suficiente: Deus e minha família. Para eles sou uma artista de troféu imprensa!
Mesmo confortada com a resposta do Espelho Mágico, não me importaria se encontrasse o gênio da lâmpada pra fazer três  pedidos. Mas que revelo em outro post, antes que esse termine contraditório... rsrsrsrsrsr"

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Show do Patati Patatá

Escrito e Postado por Renata Palombo

Fonte: http://www.patatipatata.com.br

No meu trabalho eu atendo pais e mães diariamente. Uma vez, fiz umas contas por cima e certamente em 9 anos de profissão já atendi cerca de 8 mil mães e/ou pais. Em todos estes atendimentos sempre há queixas e reclamações com relação aos filhos e as dificuldades em criá-los e educá-los. São queixas relacionadas a desobediência, birras, lição de casa, comportamento na escola, dificuldade pra comer, pra dormir, xixi na cama e etc, etc, etc...

Na última semana teve na minha cidade um Show do Patati Patatá.  Óbvio que meu filho quis muito ir e nós acabamos sucumbindo ao seu desejo em ver os Palhaços.

O show aconteceu no estacionamento de um shopping. Imaginem um lugar muito lotado! A última vez que eu fui a um lugar tão lotado foi no Show dos Menudos em 1985 (rsrsrsrs). 

Os palhaços entraram no palco e a euforia era geral: crianças e adultos muito felizes batendo palmas e cantando todas as músicas, se espremendo no meio da multidão na tentativa de conseguir ver algum pedacinho do show.

Lugar lotado, sem ventilação e sem rota de fuga em caso de qualquer acidente.  O calor era tanto que (acreditem ou não) eu estava suando até na canela. As crianças não tinham a menor chance de enxergar o palco no meio da multidão e por isso os adultos se esforçavam muito para ergue-los de alguma forma. Tinha criança em pé nas grades, tinha criança no cangote do adulto, tinha filho sentado na cabeça do pai, tinha em pé nos ombros do avô, tinha criança grande e pesada no cangote de mães pequenas e mirradas, tinha criança erguida pelos braços dos tios, tinha até uma criança pequenina no cangote de uma criança maior, no cangote de um adulto fazendo uma "torre" de três andares...  Ainda assim, todos estavam eufóricos e felizes: crianças e adultos.  




Eu fiquei olhando ao meu redor e me questionando onde estavam aqueles pais queixosos e cheios de problemas com seus filhos? Aonde estavam aquelas mães e pais que vejo chorar diariamente diante da angustia de não saberem o que fazer com as dificuldades dos filhos? 

Eu me perguntei o que faz um pai, uma mãe, uma avó, uma tia sair da sua casa em pleno domingo pra assistir o show de dois palhaços???

Juro que me deu vontade de fazer essa pergunta pra várias mães, pais, avós e tios que estavam lá... mas quem ia me dar atenção???

Perguntei pra mim mesma... eu estava lá... deixei minha casa em pleno domingo depois de uma semana cansativa de trabalho pra ficar me espremendo na multidão, suando até a canela, enfrentando meu lado claustrofóbico e (acreditem ou não) sem nem sequer conseguir ver o Patati Patatá.  Minha única chance de ver os palhaços era subir no cangote no meu marido, lugar que no caso já estava mais do que ocupado e sem chances de negociação para um possível revesamento.

Porque eu estava lá? Porque meu filho queria estar lá! Porque meu filho ansiou a semana toda para estar lá! Porque eu sabia que o sorriso e a alegria dele faria valer cada minuto por lá! Preciso confessar que eu estava lá também porque é muito bom reviver a infância! 

Me senti gratificada em estar lá não apenas pelo meu filho ou pelo meu lado criança, me senti gratificada também por todas as outras crianças que vi por lá... Que delícia foi ver todas sorrindo, cantando e pulando... 

Descobri que eu estava lá porque são estes momentos que fazem valer a pena ser mãe, ser pai... É na hora que vemos a felicidade de nossos filhos que esquecemos todos os problemas advindos com a maternagem e nos reabastecemos para continuar cuidando e amando-os cada dia mais. Que bom que o mundo dos pais e filhos não são feitos só de queixas e problemas... Que bom que a construção do amor é diária... Que bom que os bons momentos com eles pesam infinitamente mais do que a pior birra, a pior desobediência que são capazes de fazer.

Ouso apostar que muitos outros pais, tios, avós também estavam lá pelos mesmos motivos que os meus. 

Eu não sei se todos os pais que estavam no show são capazes de dar a vida por seus filhos, mas que todos são capazes de dar toda sua capacidade de força física e toda sua capacidade de sentir calor para que os filhos se alegrem junto com o Patati Patatá eu tenho certeza!!!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Carta ao Meu Filho

Postado e Escrito por Renata Palombo
Filho,

Hoje é seu aniversário! Você está fazendo 9 anos. Nasceu para o mundo há exatamente 9 anos, mas nasceu na minha vida há  exatamente 2 anos e 4 meses.

Parece pouco tempo se pensarmos que são só 2 anos, mas se pensarmos na intensidade de tudo o que já vivemos juntos parece muito!

As vezes parece que foi ontem que tudo aconteceu, e as vezes parece que faz tanto tempo que mal consigo me lembrar como era a nossa vida sem você.

Lembra da primeira vez que nos vimos? Nem sonhavamos que seríamos uma família, mas naquele dia Deus já sabia que você era nosso e que nós éramos seus. Naquele dia Deus viu que nossos corações começavam a se ligar um ao outro.

Lembra da 1ª vez que fomos ao  supermercado? Das esperas pelos finais de semana para nos encontrarmos, das várias vezes que te deixamos no abrigo com o coração doendo de saudades e um nó na garganta, das idas ao dentista, da angustia pela espera da decisão da juíza?

E o dia que o Fórum nos ligou dizendo que poderíamos buscar nosso filho? Você estava lá eufórico esperando por nós, mas na verdade não estava entendendo nada do que estava acontecendo.

Lembra das primeiras vezes que falou pai e mãe? As primeiras birras e desobediencias? E os vários xixis na cama? A primeira visita da "fada do dente", a primeira festa de aniversário, o primeiro dia das mães?

Lembra quando a gente estava aprendendo a ser pais e a você a ser filho? Época dificil , hein? Pensamos em desistir algumas vezes. Qualquer coisa era motivo para você dizer que nosso coração tinha desgrudado e nós sempre dizíamos que  nossos corações não desgrudariam nunca mais.

Já vivemos muitas "primeiras vezes" juntos (e olha que dizem que na adoção tardia se perde as primeiras vezes). São tantas lembranças que não caberia nesta folha. Apesar de serem tantas não são nada perto de tudo o que ainda queremos viver junto com você, perto da tantas outras "primeiras vezes" que estão por vir.

Pais e filhos só se tornam pais e filhos de fato quando os corações "se ligam". Alguns corações se ligam logo que a criança nasce, outros corações demoram alguns meses e outros demoram alguns anos para "se ligarem". Eu não sei te explicar porque demoramos 6 anos para nos encontrarmos, mas eu sei que sou muito feliz por ter achado meu filho e agradeço muito a Deus por isto!

Há mais de 2 anos você já é nosso pela ligação de nossos corações, mas hoje, por uma destas agradáveis coincidencias da vida, você também se tornou nosso pela legitimação da lei! O aniversário é seu mais sua certidão de nascimento com nosso nome foi um presente para todos nós!

Filho, continue crescendo em estatura, graça e sabedoria assim como Jesus. Eu te amo mais a cada dia e me orgulho de ser sua mãe. Nunca duvide do meu amor e nem do amor de Deus!

Seja sempre feliz!!! Te amo!!! Feliz Aniversário...

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Mãe Ama Todos os Filhos Igual?

Postado e Escrito por Renata Palombo

Mãe ama todos os filhos igual? Dizem algumas mães que sim... outras dizem que não...

Não posso aqui dizer quem está certa ou errada, mas posso falar de mim, e eu não amo meus filhos igual. Talvez eu ame na mesma intensidade/quantidade, mas amo de formas muito diferentes. Assim como amo na mesma intensidade/quantidade, mas de maneiras diferentes, o meu pai, a minha  mãe, a minha irmã, o meu marido, o meu sobrinho, algumas poucas amigas... enfim...

Pra mim amar igual seria não levar em consideração as diferenças e necessidades de cada um. Acho que cada pessoa precisa de um tipo de amor, e acho também que somos capazes de amar cada pessoa com um tipo de amor diferente, porque ninguém desperta em nós os mesmos sentimentos, as mesmas sensações.

O amor que eu tenho pelo Diego é muito intenso, mas também muito instável. O Diego é muito intenso em tudo o que faz e acho que por isso exige um amor tão intenso também. Só que a impetuosidade acaba gerando a instabilidade porque ninguém consegue viver intenso 24 horas... a gente se esgota, cansa e aí precisa se afastar um pouco para recobrar as energias. Minha relação com o Diego é meio que de amor e ódio. Somos explosivos, mas também somos flexíveis. Brigamos de forma intensa, acreditamos piamente que não gostamos um do outro, mas em poucos minutos estamos nos procurando e nos reconciliando acreditando piamente que jamais amaremos alguém como amamos um ao outro. O amor que eu sinto pelo Diego é de pele, de toque, de cheiro, a gente precisa se tocar, estar junto para saber do amor que sentimos.

Já o amor que eu sinto pela Natalia não é nada intenso. É sereno, porém estável. Ele não sobe e desce, nunca é imenso, mas também nunca é pequeno.Um amor que consegue ser igual por 24 horas sem cansar, sem esgotar, sem se afastar. Também sou explosiva com ela, mas pouco flexível. Como ela é contida, minha explosão não encontra ressonância nela e volta vazia, se por um lado isso me obriga a ama-la de forma contida, também me obriga  a amá-la com inflexibilidade, porque preciso respeitar seu tempo de reparação que diferente do meu não acontece em poucos minutos. O amor que eu sinto pela Natalia não é de pele, é de alma. Não precisamos nos tocar para saber que estamos juntas.

Amores diferentes! Muito diferentes, mas com mesmo grau de importância e precisão. Cada um em suas necessidades (necessidades deles e minhas), mas amores dos quais, hoje, eu não saberia viver sem.

Que bom que existem vários amores!!!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Preocupações de Mãe

Escrito e Postado por Renata Palombo

Fonte:http://www.sxc.hu

Hoje eu conversei com uma mãe que queixava-se das preocupações que os filhos lhe davam.

Eu também me queixo das preocupações que meus filhos me dão. E que mãe não se queixa, não é??? Mães de 14 / 15 anos se queixam, mães de 80 / 90 anos se queixam...

Mas esta mãe que eu conversei queixava-se de um jeito diferente. Não era apenas um desabafo como a maioria de nós fazemos, era uma queixa na tentativa de transferir responsabilidades. Era como se ela não tivesse nada a ver com aquilo e a vida estivesse sendo muito injusta com ela preocupando-a de coisas que não lhe cabiam. Ela queria que as crianças assumissem as responsabilidades pela própria vida e não lhe importunassem mais com travessuras, doenças e desobediências. Ela queria que o "estado" desse um jeito em seus 5 filhos para que ela não se ocupasse mais deles.

- Peraí! - Eu disse pra ela. - Você acredita realmente que um dia você vai livrar-se destas preocupações? Talvez você não saiba mas preocupações de mãe é para toda a vida!!!

Ela ficou me olhando, talvez refletindo na minha afirmação e se limitou a responder apenas "Eu estou cansada".

Então quem a ficou olhando fui eu. Um olhar de pura cumplicidade!

Eu a compreendo! E muito! Eu também me canso! E muito! Mas a questão é que cansadas ou não nunca poderemos deixar de nos preocupar com nossos filhos... O dia que não nos preocuparmos mais, significa que desisitimos deles. 

Se você se tornar alheia às desobediências, travessuras, malcriações, significa que você não se importa mais com eles. Se não se preocupar mais com o futuro de seus filhos significa que não investirá mais nada neles, nem amor e menos ainda boas expectativas. Se você  deixar de pensar em sua saúde, doença, alimentação, higiene talvez chegará até a perdê-los para a morte e nem poderá colocar a culpa na "fatalidade".

Preocupar-se é responsabilizar-se por aqueles que você decidiu incluir na sua vida!!! Filhos são escolhas e se você optou por eles precisa entender que não poderá transferir esta responsabilidade para mais ninguém. Pra mim quem transfere para terceiros a responsabilidade de preocupar-se pelos seus próprios filhos é porque nunca tornou-se mãe de fato!

É impossível ser mãe e não preocupar-se com um filho!

Por tanto se você é verdadeiramente MÃE, certamente em algum momento estará cansada de tantas preocupações. Talvez esse seja o momento de parar tudo, procurar uma outra verdadeiramente MÃE e esvaziar-se dizendo para ela o quanto se sente cansada em preocupar-se. Certamente encontrará cumplicidade! Certamente se sentirá fortalecida para continuar se preocupando.

Saiba que o "Descobrindo a Maternagem" também pode ser um espaço onde esvaziar-se e encontrar cumplicidade. As mães que fazem este blog também se cansam e também procuram dividir isso com outras mães. Sinta-se a vontade, porque este espaço é pra você. Entre em contato conosco ou se preferir deixe um comentário no final do post. Saiba que sua experiência também nos abastece e nos fortalece.

Tenham um bom dia e boas preocupações!!!

domingo, 28 de outubro de 2012

Resultado do Sorteio: "1000 fãs"

Postado e Escrito por Renata Palombo
 

Dia 26 de Setembro lançamos um sorteio no blog de um lindo "macaquinho de pelúcia". O dia do sorteio estaria condicionado ao número de curtições em nossa fanpage: o sorteio seria realizado quando chegassemos aos 1000 (mil) fãs e as pessoas que quisessem concorrer deveriam deixar um comentário no post com nome e email.

Tivemos 26 participações!!! Gostaria de dizer que eu fiquei muito satisfeita e feliz com a participação de todos... tanto das que deixaram o cometário no post para concorrer ao prêmio quanto aquelas que se dedicaram a divulgar nossa fanpage.

É com grande prazer que anuncio a ganhadora do nosso SEGUNDO SORTEIO:

JANAÍNA BAUM

Fiquei muito feliz com o resultado e desejo, Janaína, que o enxoval do seu Bombonzinho fique ainda mais enriquecido com esse pelúcia tão fofo.
 
   


A numeração dada para a participação no sorteio seguiu a ordem de postagem dos comentários, lembrando que não receberam número as participaçãos que não seguiram as regras de colocar nome e email.

 Obrigada a todas que participaram e aguardem os próximos sorteios!!!

Continuem divulgando nossa fanpage e vamos continuar dividindo nossas descobertas com a maternagem!!!

 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Os Perigos de Cada Idade

Postado e Escrito por Renata Palombo

Fonte: www.sxc.hu
Segunda Feira publicamos sobre como evitar acidentes domésticos, informações muito importantes já que sabemos que 90% dos acidentes que acontecem em casa seriam evitáveis. É preciso evitar também ideias fatalistas de que "Deus quis", "Tinha que acontecer", "Agora ele aprendeu e não fará mais" e assumir mais nossas responsabilidades de tentar evitar tais situações.

Hoje vamos falar um pouquinho sobre quais os perigos mais frequentes para cada idade.



0 a 3 meses - Deixar o bebê cair, queimaduras no banho, leite na mamadeira muito quente, sufocamente com almofadas, edredons, cobertores, almofadas de berço, sufocamento com cordão  de  chupeta  e  afogamento  no banho.



4 a 8 meses - Cair de lugares altos, deixar objetos cortantes perto deles, queimadura com bebidas ou comidas muito quentes, engasgar com objetos pequenos como moedas e grãos, sufocar-se com babadores e cordões de chupeta enquanto dormem.


9 a 11 meses - Cair de escadas, queimar-se com comidas e bebidas quentes, bater contra vidros e quinas de móveis, puxar objetos que estão em cima de mesas, bancos, cadeiras e estantes, levar choque elétrico.


1 a 2 anos - Cair de escadas ou janelas, ingerir ou inalar produtos de limpeza ou medicamentos, cortar-se com tesouras e facas, bater contra vidros e quinas, sufocar com sacos plásticos, afogar-se em pscinas, prender dedo na porta.


3 a 5 anos - Cair, queimar-se com fósforo ou isqueiros, cortar-se com objetos cortantes, engasgar ou sufocar-se com amendoins, balas, chicletes..., ingerir ou inalar produtos perigosos, afogar-se.


Acima de 5 anos - Queda de bicicletas, patins, muro, árvores, trombar com outras crianças ou objetos enquanto corre, levar boladas, queimar-se em panelas quentes, machucar-se com quebra de copos, pratos de vidro.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Evite os acidentes Domésticos

Escrito e Postado por Renata Palombo

Fonte: www.sxc.hu

Crianças gostam de explorar e sentir o mundo, no entanto esta exploração pode significar, muitas vezes, riscos de acidentes. Nem sempre é possível impedí-los (fatalidades acontecem), mas tem muitas coisas que podemos fazer sim para evitá-los.

Você sabia que 90% dos acidentes com crianças são evitáveis e previsíveis? Um número bem alto, não?

As crianças, principalmente as menores, não entendem os perigos que correm ao manusearem certos objetos ou tomarem certas atitudes por isso os pais precisam entender o universo infantil. Os acidentes podem ocorrer por falta de atenção e de informação dos responsáveis. Situações aparentemente inocentes podem gerar graves consquências.

Em época de férias aumentam os acidentes domésticos, devido maior tempo livre e maior agitação das crianças. O número de tombos de muros, árvores, bicicletas afogamentos aumentam bastante e as vezes são situações muito graves apesar de que a maioria não é letal.

Os riscos começam a aumentar quando as crianças começam a andar. Dos 2 aos 4 anos é mais comum a queda e a partir dos 7 anos é mais comum acidentes envolvendo bricadeiras de aventuras.

Em casa é preciso tomar cuidado com portas abertas, pisos molhados, sacadas e  janelas desprotegidas, objetos cortantes, fogo, panelas quentes e etc.  Se tem crianças nos primeiros anos de vida é necessário tomar cuidado também com corpos estranhos, pequenos, como por exemplo grãos, porque podem ser aspirados facilmente sendo uma das principais causas de morte de crianças nesta faixa etária.

É fundamental ter sempre visivel telefones de médicos e hospitais. Isso pode ajudar muito na hora da urgência.

Até os 4 anos a criança não entende conceitos como morte e perigo e misturam muito a realidade e a fantasia, por isso não dá pra achar que se ela sofreu um acidente aprendeu a lição e não fará mais.

Os pais precisam entender que os riscos mudam conforme as fases da criança.

Casas com escada precisam ser protegidas por portas ou portões, com trava. Produtos de limpeza nunca devem ficar ao alcance das crianças nem subindo em móveis.

Crianças são naturalmente curiosas e tendem a imitar o comportamento dos adultos, nessa fase da imitação dos pais existe uma tênue linha que separa a possibilidade de aprendizagem da possibilidade de acidentes.

É necessário cuidados, mas é importante não ir para o outro extremo de tentar enclausurar crianças em bolhas de proteção. Vejo pais muito mais preocupados em esterilizar o percurso das crianças do que preocupar-se com possíveis acidentes. Na fase de se arrastar e engatinhar o cuidado excessivo com limpeza é desnecessário. Ao contrário do que muitos pensam a criança deve ter contato com a terra, areia, outras crianças e com o meio ambiente de forma geral, pois dessa forma a criança adquire microorganismos que fortalecem sua resistência imunológica. Lembrem-se que o básico é quase sempre o mais seguro.

Deixar crianças sozinhas também é muito perigoso. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é muito claro ao estabelecer que crianças não devem ser deixadas sozinhas sem a presença de um adulto.

Manter o filho seguro dá mesmo muito trabalho. Mas quem disse que ter filhos seria fácil?

A missão de protegê-los é, em primeiro lugar, dos pais.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Porque eu o amo tanto?

Postado por Renata Palombo
Escrito por Juliana Palombo
Se você tem acompanhado nosso blog, já deve ter lido alguns textos de Juliana Palombo. Tenho certeza que vai gostar de ler mais este.
"Hoje acordei me perguntando porque eu amava meu filho. Você sabe porque você ama o seu?
Bom, no meu caso, enquanto eu o olhava e buscava dentro de mim respostas, cheguei a várias para justificar esse sentimento, e ao final, quando pareciam que os motivos não teriam fim, me dei conta de que em nenhum momento eu pensei que o amasse tanto por ter saído de dentro de mim.

Óbvio que essa resposta não estaria em mim, pois isso é o que menos importa para a construção da nossa relação. Construção diária. E claro, que muito me chateia ainda ver ou ouvir pessoas que acreditam que o amor só pode ser verdadeiro se o modelo de família for aquele de novelas, onde o casal jovem e feliz planeja detalhadamente o nascimento do filho e ele chega lindo e saudável sem dar o menor trabalho. Ahhh, doce ilusão né? Afinal condicionar o amor por um filho ao protocolo de gerar é como se relacionasse esse amor com uma obrigação. Ou seja, devo amá-lo porque saiu de dentro de mim. E que pais reais, vivem essa realidade? Tirando os contos de fadas e as novelas das seis, eu não conheço nenhuma.

Decidi então dividir o que tem me feito amar tanto meu filho e acho que encontrarei muitas adeptas...

Eu o amo por que ele aprende todos os dias algo comigo e eu com ele;

Eu o amo por que seu sorriso me acalma e seu choro me faz a pessoa mais importante desse mundo, pois só de vir para o meu colo ele se aconchega e se tranquiliza;

Eu o amo porque ele deu um outro sentido a minha vida e me faz ser cada dia melhor para que eu de sentido na vida dele;

Eu o amo porque ele me deu mais vontade de viver e de não desistir, porque quero ser pra ele eterna e cuidar até que seja bem velhinho, ainda q eu saiba que nao dá para mãe e filho serem velhinhos juntos... (que desespero);

Eu o amo porque estou lhe passando meus valores e logo colheremos juntos os frutos;

Eu o amo e estou construindo esse amor dia a dia porque se lá na frente ele não aceitar esse amor, ainda assim quero ama-lo por nós dois;

Eu o amo porque muitas vezes através dele eu vivencio milagres;

Eu o amo porque preciso nutrir a nossa relação, para que esse amor não acabe nunca;

Eu o amo por estas e por tantas outras coisas.... E nada disso tem a ver com o fato dele ter nascido de parto cesárea. Até porque se tivesse a ver com partos, eu não o amaria, afinal fiz de tudo para ter tido parto normal, e ele veio diferente dos planos, diferente do proposto e nem por isso eu passei a amá lo mais ou menos.

Penso que assim também é com os filhos que "nascem" por adoção. Inclusive, meu marido e eu temos a idéia de mais um ou dois filhos e tentaremos o "parto" da adoção, nesse tipo de parto os filhos são gerados, esperados e quando chegam entrando pela porta da nova casa deles, dão o "start" para o novo ciclo, onde todo aprendizado será motivo para que cresça entre pais e filhos O AMOR.

Amor chamado de incondicional."
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