quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Uma nova equação em um novo conceito

Postado por Renata Palombo
Escrito por Juliana Palombo
Fonte: Google Imagens

Pra quem não queria escrever nada a princípio, acho que a Juliana "pegou gosto" pela coisa. Segue mais um belo texto que ela escreveu. (Juliana também tem outros textos em nosso blog: A maternagem que surgiu pela maternidade e Um dia antes e vários depois).

Depois que postei meu texto recebi muitos comentários sobre o mesmo. Fiquei bastante feliz por saber que muitas pessoas se identificaram, pessoas que elogiaram, que se emocionaram, que apenas simpatizaram e um em especial que relatando sua própria experiência como mãe me levou a escrever mais um post.

Essa pessoa perdeu a sua mãe faz dois anos e alguns meses. Ela tem 26 anos, casada há um ano e mãe de uma preciosidade de 6 meses.

Essa perda irreparável a faz afirmar que depois desse acontecimento seu coração ficou sem quase sua totalidade e que optou ao invés de viver, sobreviver. Porém escolheu sobreviver mudando radicalmente a sua vida. Decidiu por em prática muitas das coisas que eram apoiadas pela sua mãe. Ela fez uma cirurgia que a mãe sonhava pra ela, mudou de emprego pensando em quanto essa mãe se orgulharia, comprou uma casa, casou com o modelo de vestido escolhido pela mãe, enfim, fez muitas coisas para se aproximar e tentar aliviar a saudade que é até hoje insuportável.


No entanto, como diz em um dos posts desse blog, temos que entender as entrelinhas de Deus. Foram tantas mudanças que inicialmente não a permitiu enxergar que coisas boas poderiam acontecer. E essa compreensão veio quando ganhou de Deus a chance de ser mãe, porque se sentiu recompensada pelo tamanho da dor que carregava.
Sabe que infelizmente sua mãe não voltará, mas que sua filha vem transformando toda essa saudade da maternidade, em um bonito processo da maternagem. “Hoje, portanto, ela fez um pacto de assumir um compromisso com a vida, com a felicidade e diretamente com a felicidade de sua filha. Hoje ela diz não pensar mais só nela e sim na família que está construindo. Deixa de lado tudo aquilo que a tornava egoísta para multiplicar com eles (marido e filha). E com isso tem tido o melhor retorno de todos: "Sua família voltou a sorrir". E aprendeu a ser mãe com a sua mãe, que se foi mas deixando o seu total exemplo.
Essa família criou uma nova equação em um novo conceito:
Filiação = Saudades da Maternidade x Capacidade de Maternagem
(Filiação é igual a saudades da maternidade multiplicado pela capacidade de Maternagem)


Uma das frases mais bonitas que ela me disse ao dividir sua história:
“O nascimento da minha filha foi oportunizado por Deus, não para que eu cuidasse dela e sim para que ela cuidasse de mim.”

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Maria, uma mãe exemplar

Postado e Adaptado por Renata Palombo
Fonte: Google Imagens
Gostaria de ter postado esse texto antes de ontem que foi o dia de Natal, mas com a correria de final de ano não consegui incluir isso no meu tempo.

Como todos sabemos o Natal é a comemoração do nascimento de Jesus e como este é um blog sobre maternagem nada mais "justo" que falarmos sobre Maria, a mãe de Jesus. Ela é muito lembrada nesta época do ano, mas seu exemplo de fé, temor e obediência a Deus, pode ensinar muitas coisas para nós mães, não apenas no natal mas em todos os dias do ano.

Sem dúvida Maria tinha algo de muito especial para ter sido e escolhida por Deus para ser a mãe de Seu Filho - o Salvador do Mundo. A escolha de Maria por Deus é um mistério para nós, mas o que ela fez enquanto mãe nos é revelado em vários trechos da bíblia e totalmente possível de colocarmos em prática nas nossas vidas. A seguir, segue alguns pontos que Maria nos ensinou ao longo de seu exercício de maternagem:

1) Submeter nossa vontade à vontade de Deus. Maria estava noiva de José, provavelmente "correndo" com os preparativos do casamento, cheia de sonhos e expectativas. Então, sem que ela pudesse sequer imaginar ou escolher recebeu a visita de um anjo que lhe anúnciou "Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus..." (Lucas 1:31). Deve ter sentido um misto de espanto e temor. Um susto. Uma surpresa. Pode ser que tenha pensado no que José, seu noivo, falaria sobre isso. E a vizinhança? Uma gestação antes do casamento (naquela época) sujaria muito sua honra. E o que faria com os transtornos de uma gravidez não planejada? Mas ela não questionou, não reclamou e nem sequer argumentou com o anjo. Maria, apenas compreendendo, naquele momento que Deus precisava dela, submeteu-se à vontade do Senhor (Lucas 1:38) e cantou um cântico de louvor a Deus "A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta em Deus..." (Lucas 1:46 e 47), manifestando uma obediência com o coração cheio de alegria. Desde aquele momento, todas as gerações passaram a conhecê-la como a mãe do Filho de Deus. Como agimos nós diante de situações inacreditáveis, difíceis e conflituosas? Como se comporta nosso coração? Reclamamos, ficamos deprimidas, agimos com incredulidade? Aqui aprendemos que nossa obediência a Deus não deve ser pesarosa ou obrigatória, mas genuína e feliz.

2) Aceitar os filhos. A 2ª lição tem a ver com aceitação. Deus dotou a mulher com a graça de ser mãe. Acontece que esse privilégio, muitas vezes se torna um enfado. É muito comum ouvirmos mães blasfemando contra Deus e desejando não ter os filhos. Esta aceitação não se refere apenas a aceitar gestações não planejadas, mas também em aceitar os filhos como são. Vemos muitas mulheres que nunca aceitam de fato seus filhos por depositarem neles suas frustrações (não nasceram do sexo que gostariam, não contribuiram para manutenção do casamento, nasceram doentes, nasceram no momento errado, acabou com a juventude, tem defeitos que nunca suportou em outras crinças, etc, etc, etc). Maria não só aceitou sua gestação não planejada e em circunstâncias tão desfavoráveis como também aceitou seu filho como ele era, com todas as dificuldades de seu ministério e com todas as responsabilidades que Ele representava. Hoje os inúmeros métodos contraceptivos tornam a concepção algo bastante controlável, sendo cada vez mais raro as gestações acidentais. Muitas mulheres têm significado seus filhos como "acidentes", sendo que na verdade escolheram não se proteger. Acidental ou relapso dos genitores é preciso entender que filhos são presentes Divino e que a criança deve ser recebida e aceita com amor e alegria.

3) Confiar na Providência Divina. Talvez Maria tenha ficado com muito medo da reação de José, mas Deus providenciou tudo para ela. Um anjo foi enviado a seu noivo, que acreditou em tudo, se casou com ela e recebeu o pequeno menino adotando-o como seu filho (Mateus 1:19-25). Como Deus fez com Maria, faz também conosco. Providencia o que é realmente necessário para nós e para nossos filhos.

4) Ser cuidadosa. Vemos o cuidado que Maria teve para com seu filho, Jesus, desde o início, no estábulo onde nasceu (Lucas 2:6,7); ao ser levado, aos 40 dias de vida, para ser consagrado ao Senhor, no templo (Lucas 2:21-24 e 27); quando o procuraram diligentemente, por ocasião da festa da Páscoa (Lucas 2:39-48); ao ensiná-lo a ser um filho submisso (Lucas 2:51); quando já no ínicio do ministério dele, ela esteve ao lado do filho (João 2:1-12); e também  na cruz (João 19:25). Desde o nascimento até a morte de seu filho, Maria esteve preocupada com ele. Quando uma mãe ama seu filho, não importa o lugar ou condições em que ele nasça,  não importa as dificuldades em educá-lo de acordo com a Palavra de Deus, não importa as dificuldades das fases de idade que ele passe, não importa as escolhas e decisões que esse filho faça, ela sempre irá cuidar dele o melhor que ela puder, sempre vai estar a seu lado para ser amiga, conversar, aconselhar e orar.

5) Respeitar os limites de interferências na vida dos filhos. Maria soube respeitar os limites na relação com Jesus e se colocar no seu lugar diante dos planos de Deus. Um dos exemplos disso aconteceu na festa de casamento em Caná da Galiléia, onde ela colocou-se na condição de discípula, quando Jesus deixou claro para ela que ele só agiria na hora que achasse melhor (João 2:1-4). Maria entendeu que aquilo tratava-se da missão Salvadora do filho e que ali não caberia agir como mãe. Muitas mães não conseguem cortar o "cordão umbilical" e interferem na vida dos filhos impedindo-os de ser independentes, mães que mantém vínculos patológicos com os filhos deixando-os com dificuldades em dar continuidade com a própria vida, mesmo quando são adultos. Desde criança os filhos devem ter sua fase de desenvolvimento respeitada sendo autorizados a fazerem sozinhos o que a maturidade deles lhes permite, contribuindo para a independência e responsabilidade. As mães devem saber criar seus filhos de maneira que eles possam ser responsáveis e levar a diante o plano de Deus para suas vidas.

6) Conhecer o filho. Em Lucas 2:19 e 51 lemos "E sua mãe guardava todas as coisas em seu coração". Maria observava o filho e desta forma ia conhecendo-o. Conhecer nossos filhos é importante para nos relacionarmos com eles de maneira adequada. Uma mulher pode ter 10 filhos, mas terá de se relacionar com eles de forma diferentes, respeitando suas personalidades, gostos e jeito de ser. Só é possível fazer isto conhecendo-os.

7) Um filho que ama e valoriza sua mãe procura honrá-la. Maria foi recompensada por ter sido uma boa mãe. Pouco antes de morrer, na Cruz do Calvário, Jesus olhou para sua mãe e viu nela sofrimento e desamparo, entao providenciou o que ela precisava entrangando-a aos cuidados de sue amoroso discípulo João (João 19:26 e 27). Jesus está sempre providenciando aquilo que necessitamos enquanto mães: paciência, amor, sabedoria, consolo, abrigo, etc. O filho que ama e valoriza sua mãe procura cuidar dela e honrá-la, e isso tem muito a ver com a maneira que foi criado, pois a palavra de Deus nos adverte: "...pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gálatas 6:7).

Bibliografia: Bifano, Gilson e Bifano, Elizabete. Pais e Mães da Bíblia: Erros e Acertos. Ministério Oikos. 2003.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Birras, tragédias e Manual de Instrução...

Postado por Renata Palombo
Escrito por Alyne Afonso

Achei esse texto da Alyne "fuçando" artigos pela internet. Tudo a ver com a mensagem que quero transmitir no meu blog de que somos mães imperfeitas, cheias de erros, mas que buscam e lutam pelo melhor para os filhos. Na mesma hora enviei-lhe um email e ela prontamente autorizou que eu publicasse o texto no meu blog. Ele foi publicado primeiramente no blog dela: http://sermaesemsermao.blogspot.com/2011/12/birras-tragedias-e-manual-de-instrucao.html?spref=fb

"Estava assistindo ao Jornal Hoje, quando me deparei com essa noticia, fiquei meio atordoada, com pena da mãe, sobre tudo. Nesse momento o mundo todo deve estar criticando, mesmo sem entender inteiramente  a situação. Eu também desconheço os motivos, o contexto exato, afinal, telejornais não noticiam o cansaço e stress que as mães vivem diariamente, não dizem se crianças chinesas (a maior parte filhas únicas) são ou não mais propensas a fazer birras, não disseram o que se passava na mente da mãe, e não lhe perguntaram se ela obedecia rigorosamente o que estava escrito no manual de instruções que chegou junto com a filha.

Não tenho a intenção de virar advogada de defesa da pobre mãe, mas não sou eu, a "pior mãe do mundo", que vou julgá-la por deixar a pequena para trás, devo dizer que já fiz coisa pior (talvez não intencionalmente), apenas não fui flagrada por nenhuma câmera, nem exibida em TV's mundo afora.

Uma coisa interessante nisso tudo é que o título da reportagem dizia "Birra de criança quase termina em tragédia na China", isso porque a mãe a deixou, tentando fazê-la entender que a birra não levaria à nada (daí aconteceu o que já sabemos). Mas e se a mãe retornasse? E se desse ouvidos a filha, cedesse a pressão, seguisse o caminho mais fácil, ou se ainda que levando a menina a escola, fizesse um acordo, uma troca? Será que um dia, isso não terminará em tragedia?  Será que a garota não se tornaria mais uma pessoa sem moral, mais uma "Adolescente Rebelde", na melhor das hipóteses...Não é assim que terminam as crianças que não aprenderam a ouvir nãos, ou a seguir regras?

A reportagem também, por ser sobre uma mãe chinesa, me remeteu aos métodos da "Tiger Mom"- Amy Chua - outra mãe extremamente criticada e taxada por pessoas que amam pré-julgar, na certeza de que são absolutamente bem informadas e inegavelmente donas da verdade. Agora pareço ser a advogada da mamãe-tigre? Bem, antes, leia  aqui a carta de sua filha.
"Ele morrerá por falta de instrução, e na grandeza da sua loucura se perderá." - Provérbios 5:23

Então, onde afinal, eu quero chegar com isso tudo? Posso dizer que sou liberalista ou radical? Se sou outra Tiger Mom, ou prefiro deixar minhas princesas escolherem entre almoço ou sorvete? Sigo  o estilo chines ou americano? Não, eu não sou nada disso, nem um nem outro. Sou só uma mãe tentando aprender, tentando se informar, fazer o melhor que pode. Se quiser me dar um título, então sou simplesmente "Fã da Super-Nanny", que defende o equilíbrio como fórmula de sucesso para educação: Amor e Disciplina, os dois, juntos, na mesma proporção, pilares da casa que estamos construindo em cada uma dessas criaturinhas complexas que temos em casa.

Tenho que emendar que minhas pequenas de certa forma já cobram a disciplina (como qualquer outra criança) as vezes de forma sutil (e irritante) tentando chamar nossa atenção. Outras vezes de forma clara (e constrangedora):

-Mamãe você disse que essa palavra é feia!
-Então, não é hora de ir pra cama?
-Ela vai pro cantinho, não é mamãe?

Agora, enquanto escrevo elas estão aqui ao meu lado na sala, assistindo ao DVD "O menino que ouviu Deus" (Crianças Diante do Trono) e cantando felizes: "Quem ama, corrige o seu filho..."

Não há receita melhor, se você ainda não encontrou o manual do seu filho, então aqui estão alguns trechos do livro que eu tenho em casa (mais conhecido como Bíblia Sagrada)

"A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afastará dela." -Provérbios 22:15 
 
"Não retires da criança a correção; Pois se a fustigares com a vara, não há de morrer." Provérbios 23:13 
 
"A pobreza e a afronta virão sobre aquele que despreza a correção; Mas o que tem em conta a repreensão, será honrado."- Provérbios 13:18


"Aquele que poupa a vara, aborrece a seu filho; Mas quem o ama, diligentemente o corrige."-Provérbios 13:24 
 
"Porque o Senhor repreende ao que ama, Assim como o pai ao filho no qual se deleita." -Provérbios 3:12
Ps.: A citação de "vara" não significa que minhas filhas apanham, nem de vara  nem de palmadinha!Vara aqui em casa é só cantinho mesmo."


Alyne é mãe em tempo integral de Ana Júlia-5, Renata-3, e Rafaela-1 ano e 5 meses. Dona de casa abençoada, esposa apaixonada, pessima cozinheira, aspirante a escritora.  


Responsável pelo blog: http://sermaesemsermao.blogspot.com 



domingo, 18 de dezembro de 2011

18 de Dezembro - Dia da Doula

Postado por Renata Palombo

Fonte: Google Imagens

Validado hoje pelas evidencias científicas a doula (e o acompanhante familiar) resgatam o acolhimento, a continência, o apoio físico e afetivo, que as mulheres se dão desde tempos milenares na hora do nascimento dos seus filhos.

Tem-se demonstrado que o parto evolui com maior tranqüilidade e rapidez, com menos dor, complicações, necessidade de intervenções médicas, e depressão pós-parto, propiciando uma experiência bem mais gratificante, o fortalecimento da “futura” mãe, do vínculo mãe-bebê/pai-bebê, e do aleitamento materno.

 As vantagens também ocorrem para o Sistema de Saúde, que além de oferecer maior qualidade, tem uma expressiva redução nos custos, dada a diminuição das intervenções médicas, do uso de medicamentos e do tempo de internação de mães e bebês.

No mundo inteiro, cada dia mais doulas contribuem para a humanização da assistência ao parto, integrando-se em equipes de saúde da rede privada e pública (como voluntárias), apoiando mulheres na hora abençoada de dar à luz os seus bebês.


Evidências científicas comprovam!
Ministério da Saúde reconhece!
Organização Mundial de Saúde OMS/OPAS recomendam!
Mães pais e familiares apreciam e agradecem!
A procura cresce!


O dia da Doula passou a integrar o Calendário Oficial de Eventos do município de Campinas e do Estado de São Paulo e será comemorado no dia 18 de dezembro  pela primeira vez em 2011




quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

6 dicas essenciais para criar seu blog materno de sucesso

Postado por Renata Palombo
Escrito por Daniela Alves Correa
Fonte: Google Imagens

Tenho lido muito sobre blogs maternos e achei esse post que me ajudou a entender algumas coisas. Quis compartilhá-lo aqui porque acho que pode ajudar outras mães que também estejam investindo em seus blogs. Boa Sorte!!!

"Vivenciando dia a dia esse mundo de blogs maternos, percebo que cresce o número de mães (e pais) que não querem apenas ter um blog simples ou um blog no estilo hobby. A maioria quer crescer. Querem fazer blogs populares, bem visitados, blogs bonitos, informativos. E quem sabe em cima do seu blog fazer seu ganha-pão?

Há algumas pessoas que começam o blog por hobby, este acaba fazendo um certo sucesso e a partir daí vira um blog-trabalho sem perder o caráter de hobby. Porém, isso não acontece com todo mundo, talvez com uma minoria. Então, como fazer um blog que possa ser um empreendimento?

Pensando em seu blog como um empreendimento é importante você encará-lo como sua empresa. Então, antes de iniciar o blog em si, o que você precisa fazer?

1. O tema
Escolha o tema que você deseja abordar nele. É importante escolher algo que você goste ou que, no mínimo, você tenha alguma intimidade com o assunto que vai tratar.

2. Pesquise
Definindo o nicho do seu blog, investigue. Pesquise se já há outros blogs que tratam do mesmo tema que você. Procure observar os serviços que este blog oferece aos leitores, há algum diferencial? Como é o layout? A escrita? O que os leitores procuram e não encontram neste blog? Sabendo como fazem seus concorrentes, procure fazer um diferencial para melhor. Saiba também como lidar com concorrentes na Internet, lendo o artigo: cooperação X concorrência na blogosfera materna.

3. Planejamento
Planeje tudo, do nome do blog a quanto você gostaria de ganhar por mês e trabalhe para alcançar seus objetivos. O planejamento serve como guia de como você anda trabalhando, se suas previsões estavam corretas e o quando é necessário pedalar para chegar ao seu alvo. Além de você fazer uma previsão de todos os possíveis erros que podem surgir no meio do caminho. Afinal, se sua ideia inicial que parecia maravilhosa não fez tanto sucesso, como sair dessa? Preveja seu plano B de antemão.

4. Escreva
Desenvolva tudo o que você pensou, pesquisou, planejou, no seu Plano de negócios.

5. Design
Defina o logo. Se for necessário compre em sites como o dreamstime.com, stock.com ou mande fazer. Ele será sua marca registrada. Escolha a plataforma que iras usar, se blogger ou wordpress.

6. Arrisque
Tudo o que você planejou é possível? Coloque em prática! E claro, atualize-se sempre!"

Gaúcha de Porto Alegre (RS), formada em psicologia, mora na Itália com o marido e o seu primeiro filho. Conheceu o mundo dos blogs em 2008 e desde lá vem redescobrindo a paixão pelas artes e cores. Encontrou nos blogs a oportunidade de extravasar toda sua criatividade. Escreve também no seu blog pessoal, o Donna Brasileira, e é responsável pelo http://maesepaisblogueiros.com.br/.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Manheeeee!!!

Postado por Renata Palombo
Escrito por Kátia Gonçalves

Quando eu convidei a Katia para escrever para o meu blog sugeri que ela escrevesse sobre outro assunto. Ainda bem que ela mudou de idéia e nos presenteu com esse texto delicioso de ler. Obrigada por aceitar o convite, Katia!!

"Confesso que ia escrever outra coisa, mas assim que comecei a formar a ideia, meu "bebê" de quase 4 anos realizou o milagre que só ele consegue: fazer o número 2 a hora que ele quer! Sim, ele sempre faz na hora que ele quer.

Ja passei pela fase dele só fazer de 4 em 4 dias, depois de 3 em 3 dias, de manhã, bem na hora do almoço, no soninho da tarde... hoje ele faz todos os dias x mas na hora que ele quer de acordo como melhor lhe convém...
Nestes últimos dias ele escolheu fazer na hora que o coloco na cama, à noite... Como a frase mágica já nao estava mais fazendo efeito: "mãe quero água!! águaaaa!!" "mãe água!!" -  (detalhe: ainda ouço estas frase das minhas filhas de 10 e 8 anos!!), ele decidiu outra frase muito, mais muito mais eficaz: "mãe cocô!! manheeeeeee cocô!! Ele descobriu que esta é infalível!! Assim passaremos mais alguns poucos minutinhos do dia, ou melhor da noite juntos... afinal: tira o pijama, tira a fralda, limpa o bumbum, manda ficar quieto, liga o chuveiro, manda ficar quieto, manda segurar na parede, lava o bumbum, manda ficar quieto, molha o cabelo (sem querer), desliga o chuveiro, enrola na toalha, seca tudo, manda ficar quieto, poe a fralda, poe o pijama, faz uma graça, ganha um sorriso, ganha um super abraço, ganha um beijo,  põe na cama, outro beijo, cobre direitinho e boa noite! Apaga a luz, encosta a porta e... missão cumprida!!


Quantos minutos a mais comigo ele ganhou? No mínimo 15 minutos! mas ele ainda tentou:
- Manheeeee água!!!!
- Que água menino vai dormir!! - Ele deve ter pensado: "Bom pelo menos eu tentei!!!"

E eu? fiquei brava? Talvez quando ouvi : manheeee!! - mas depois de um lindo sorriso - ah! o que é esse trabalhinho? Afinal daqui poucos anos serei eu quem farei qualquer coisa para passar mais 15 minutinhos com ele...

Mas pensemos: quando estamos apaixonados por uma pessoa, fazemos qualquer coisa para passar mais alguns minutos junto dela... mais um abraço, mais um sorriso, um beijo! Valeu a pena... Acredito que nossos bebês sao terrivelmente apaixonados por nós: Mães!! E do jeitinho que cada idade pode conseguir  vale qualquer coisa para ter mais 15 minutinhos junto com a mamãe!!"

Mãe em Paz

Postado e Escrito Por Renata Palombo
Minha mãe tem duas filhas, eu com 30 anos e minha irmã com 27. Ambas já saímos de casa e minha mãe deveria estar em PAZ...

Estou recém operada, saí do hospital na ultima 4ª feira e quem passou comigo as 24 horas que eu fiquei internada foi minha mãe. Sexta feira minha irmã deu a luz a seu primeiro filho e quem ficou 12 horas esperando o trabalho de parto, entre outras pessoas, foi minha mãe.

Eu ainda estou em recuperação e hoje quando todo mundo saisse para seus afazeres eu ficaria sozinha em casa. Não achei muito interessante ficar sozinha nesta condição em que me encontro, então decidi dormir (de ontem pra hoje) e passar o dia na casa da minha mãe. Hoje também minha irmã e seu bebê recém nascido sairiam do hospital e quem poderia recebê-los e ajudar nos cuidados com o bebê se nao fosse minha mãe??

Durante toda a manhã, enquanto eu repousava sem muito poder o que fazer, assisti minha mãe correndo como "doida" de um lado para o outro, preparando sopa para o almoço, lavando e passando o lençol da puérpera e do bebê, remanejando os quartos da casa para conseguir hospedar todo mundo com muito conforto, atendendo a todas as ligações da família que buscavam por informações sobre nossa saúde... e pensei: "Puxa vida!!! Será que mãe nunca tem PAZ???"

Logo a tarde chegou o tão esperado netinho!!! Ajuda o genro a descarregar o carro, recebe o pequenino com amor, ajuda nos cuidados básicos, organiza as coisas do bebê, dá remédio pra mim, dá remédio pra minha irmã, termina de preparar a sopa, continua a atender as ligações, vai comprar pão, dá notícias para as vizinhas, lava todas as roupas que o bebê trouxe do hospital...  Eu pensei: "Já somos adultas!!! Será que mãe nunca tem PAZ?"

No final da noite meu marido e filhos foram me buscar! Casa cheia! Naty conta as novidades da escola, Diego conta piadas e joga futebol no meio da sala... Todo mundo ficou para o jantar. Nem eu e nem minha irmã podia ajudar... Pensei: "Parece que o trabalho dela só aumentou. Será que mãe nunca tem PAZ?"

Eu voltei  pra minha casa. Minha irmã, o marido e o pequeno bebê ficaram por lá... provavelmente perderão algumas horas de sono durante a noite.

Eu pensei: "Senhor, quando será que minha mãe terá PAZ??"

Quando fui me despedir percebi que minha mãe estava muito cansada, mas FELIZ!!!

Porque será que ela estava feliz??? Acho que é porque estava em PAZ!!!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Adoção e Gravidez

Postado por Renata Palombo
Escrito por Dea Gil
Fonte: Google Imagens

Dea é uma pessoa muito querida. Participa do mesmo grupo de adoção tardia que eu e muitas vezes me ajudou com seus relatos. Quando li este texto que ela escreveu senti um desejo enorme de publica-lo no meu blog porque fala muito claramente sobre a gravidez biológica e a emocional, marcando que nenhuma é melhor que a outra. Dea prontamente me autorizou a publicá-lo e aí está ele. Faça bom proveito!!!


"Desde muito cedo quis ser mãe e até gravidez psicológica, de ficar 4 meses sem menstruar e com o ventre um pouco crescido tive.

Casei cedo, aos 22 anos e um ano depois já estava tentando engravidar. Só que não acontecia. Fiz vários exames e comigo estava tudo em ordem para que a gravidez acontecesse.

Já no meu marido, apareceram algumas complicações e ele até submeteu-se a uma cirurgia para correção do problema (velocidade dos espermatozóides).

Mesmo assim o tempo foi passando e a gravidez não acontecia. Só que não era uma obsessão e fomos levando nossa vidinha de casados muito bem.

Desde mocinha eu pensava em adotar, achava que já tinha tanta criança precisando de um lar, então pra que colocar mais uma no mundo?! Só que esse não era o pensamento do meu Guga que queria muito um filho biológico.

Lembro que antes de saberem que o problema por eu não engravidar era do Guga, a família dele me cobrava absurdos pela gravidez! Era como se fosse um fluxograma: Casou, tem que ter um filho biológico! Um dia não aguentei e mandei eles perguntarem ao Guga pq eu não engravidava. Silenciaram e me deixaram em paz!!! ufaaaa!!!

Guga tentou tratamento com hormônios que o fizeram passar super mal e foi aí que conversamos mais seriamente a respeito da adoção e ele concordou. Tínhamos 12 anos de casados.

Nos habilitamos, cheios de paradigmas e preconceitos...graças a Deus chegou meu Henrique, que de fato era o oposto da criança que descrevemos desejar no processo de adoção inicial. Mas chegou arrasando: Nos fez Pai e Mãe e o melhor: Nos fez ver a vida como ela é e saber que pode ser melhor e nos fez quebrar as fronteiras do nosso mundinho.

Henrique, meu filho mais velho, não foi bem aceito pela família e teve até aqueles que nos mostraram os pulsos e disseram que se o sangue deles não corressem na criança, eles não a considerariam como família. Houve os que nos mandaram devolvê-lo...e absurdos assim. Afiamos unhas e dentes e deixamos claro que ele era nosso filho e ponto final e aqueles que quisessem continuar a conviver com agente teriam que respeitar nosso Henrique.

1 ano e 6 meses se passaram...Henrique já consquitara seu terreno e os que não o aceitaram, era pq de fato não nutriam por nós grande afeto, assim se afastaram. Graças a Deus...hoje enxergo que eles eram um grande estorvo!!!

Comecei a ter sonos incríveis e super fora de hora...era um abrir de boca maleducado e eu não me segurava em pé! A menstruação atrasou e comecei a ficar enjoada...veio a suspeita da gravidez!

FIQUEI APAVORADA! tomava remédios pesados para o controle da Esclerose Múltipla, doença da qual sou portadora e recentemente tinha feito pulso de corticóides!

O exame deu positivo! Lembro que chorei que só, por não desejar mais ficar grávida, tinha muito medo, eu já tinha 35 anos. Por estar passando por um momento difícil na nossa vida e por achar que já tinha meu filho e se quisesse outro era para ser adotado também!

Fizemos a primeira ultra-som e o coração pulsando a mil por hora nos fez emocionar: Eu e Guga a chorar e Henrique a sorrir imitando o som do coraçãozinho do irmão!

Sim, teve os que assim que souberam da minha gravidez foram logo indagando: E agora vão devolver o menino que vcs "criam"? E o pior é que não foi só um ou dois que chegou a fazer essa pergunta absurda!

Outros comentavam: "agora vc será mãe de verdade"! ou "agora vcs vão ver o que é de verdade ter um filho"!

Por vezes eu respondia alguma coisa bem grosseira e por outras vezes era bem escandalosa e me colocava a gargalhar na frente da pessoa, que ficava com cara de tacho!!! Por vezes, tava tão cansada com aquilo tudo que nem respondia nada!!!! Ignorava!

Bom, comecei a ter enjôos absurdos, vomitava mesmo em jejum, o suco gástrico e só faltava me acabar com aquilo! enjoei o cheiro de tudo...até a música de um desenho animado que Henrique gostava de assistir até hoje não aguento escutar!


Eu não conseguia mais dormir na posição que estava acostumada...a região da bacia doia demais e me disseram que era justamente a mesma se dilatando para segurar o bebê e dar passagem ao mesmo...como tive dores!!!

Eu praticamente não dormi a gravidez toda, eram apenas cochilos, ou desmaios de tão cansada! Me sentia insegura...Chorava por tudo, até com propaganda de bolacha na TV!

Descobri como posso me tornar uma pessoa insuportável!!!

Passei a gravidez deprimida!!! Era muito incômodo!

Tive sem ter nem pra que um forte sangramento...ameaça de aborto que me fez ficar de molho por mais de um mês.

Eu vivia insegura, aquele serzinho crescendo dentro de mim me apavorava e não conseguia enxergar poesia naquilo! Os únicos momentos bons eram na hora da ultra, onde víamos ele se mexer todo e cada vez se formando!!! O estado de graça terminava aí! O resto era para fazer graça aos desafetos, pq era um incômodo só.

Claro que eu amava o filho que crescia em meu ventre...mas, era aquele amor de cuidar para que nada de mal acontecesse a ele!

A partir do quinto mês comecei a ficar toda inchada e meus pés e pernas foram os que mais sofreram...

No fim da gravidez, faltando uma semana para 8 meses tive pré-eclampsia e quase morremos eu e ele!

Por precaução da obstetra que me acompanhava já estava internada na maternidade há 2 semanas e pegaram o pré-eclampsia de pronto e assim nasceu meu segundo filho! Parto de urgência, cesário e ele ainda ficou 10 dias na UTI Neonatal...

Quando o colocaram em meu colo, recém nascido todo melecado por uma gordura branca, só conseguia dizer: "Deus o abençoe" e alisava meio com medo sua testinha.

Hoje sei e tenho convicção que só conseguimos amar nosso filho depois que ele nasceu e começamos a cuidar dele e interagir com ele!

A gravidez em nada tornou Guilherme mais meu filho do que o Henrique. Hoje, eles são dois filhos adoráveis, cada um na sua faixa etária e com diferentes facetas, tb em virtude da personalidade deles como indivíduo!!!

Sim, meu marido que viveu por 14 anos o drama de não me engravidar, depois que a gente quase morre, tratou de fazer vasectomia e me disse com seu jeito meigo: "Se quisermos e tivermos condições de ir atrás da nossa menininha, ela virá adotada! Sabemos que se trata da mesma coisa! É só um meio diferente de chegada dos nossos filhos"!

Lembro que desatei a chorar emocionada e orgulhosa do Homem que meu Guga se tornara!!!"

domingo, 4 de dezembro de 2011

Crianças negras são recusadas por famílias candidatas à adoção

Postado por Renata Palombo

Fonte: Google Imagens

Eu nem me lembro onde tive acesso a esta reportagem, sei que achei ela muito interessante e resolvi publicar aqui no meu blog, muitas pessoas tem se interessado por esta postagem. Não deixe de ler:

Três anos após a criação do Cadastro Nacional de Adoção, as crianças negras ainda são preteridas por famílias que desejam adotar um filho.

A adoção inter-racial continua sendo um tabu: das 26 mil famílias que aguardam na fila da adoção, mais de um terço aceita apenas crianças brancas. Enquanto isso, as crianças negras (pretas e pardas) são mais da metade das que estão aptas para serem adotadas e aguardam por uma família. Apesar das campanhas promovidas por entidades e governos sobre a necessidade de se ampliar o perfil da criança procurada, o supervisor da 1ª Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal, Walter Gomes, diz que houve pouco avanço.
"O que verificamos no dia a dia é que as famílias continuam apresentando enorme resistência [à adoção de crianças negras]. A questão da cor ainda continua sendo um obstáculo de difícil desconstrução."

Hoje no Distrito Federal há 51 crianças negras habilitadas para adoção, todas com mais de 5 anos. Entre as 410 famílias que aguardam na fila, apenas 17 admitem uma criança com esse perfil. Permanece o padrão que busca recém-nascidos de cor branca e sem irmãos. Segundo Gomes, o principal argumento das famílias para rejeitar a adoção de negros é a possibilidade de que eles venham a sofrer preconceito pela diferença da cor da pele. "Mas esse argumento é de natureza projetiva, ou seja, são famílias que já carregam o preconceito, e esse é um argumento que não se mantém diante de uma análise bem objetiva", defende Gomes.

O tempo de espera na fila da adoção por uma criança com o perfil "clássico" é em média de oito anos. Se os pretendentes aceitaram crianças negras, com irmãos e mais velhas, o prazo pode cair para três meses, informa.

Há cinco anos, a advogada Mirian Andrade Veloso, 38, se tornou mãe de Camille, uma menina negra que hoje está com 7 anos. Mirian, que tem cabelos loiros e olhos claros, conta que na rotina das duas a cor da pele é apenas um "detalhe". Lembra-se apenas de um episódio em que a menina foi questionada por uma pessoa se era mesmo filha de Mirian, em função da diferença física entre as duas. "Isso [o medo do preconceito] é um problema de quem ainda não adotou e tem essa visão. Não existe problema real nessa questão, o problema está no pré-conceito daquela situação que a gente não viveu. Essas experiências podem existir, mas são muito pouco perto do bônus", afirma a advogada.

Hoje, Mirian e o marido têm a guarda de outra menina de 13 anos, irmã de Camille, e desistiram da ideia de terem filhos biológicos. "É uma pena as pessoas colocarem restrições para adotar uma criança porque quem fica esperando para escolher está perdendo, deixando de ser feliz."

Para Walter Gomes, é necessário um trabalho de sensibilização das famílias para que aumente o número de adoções inter-raciais. "O racismo, no nosso dia a dia, é verificado nos comportamentos, nas atitudes. No contexto da adoção não tem como você lutar para que esse preconceito seja dissolvido, se não for por meio da afirmatividade afetiva. No universo do amor, não existe diferença, não existe cor. O amor, quando existe de verdade nas relações, acaba por erradicar tudo que é contrário à cidadania", disse.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A Maternagem que surgiu pela Maternidade

Postado por Renata Palombo
Escrito por Juliana Palombo
Quando eu convidei a Juliana para escrever para o nosso blog, ela respondeu que não escreveria por que sua decisão pela maternidade não foi igual a das outra. Igual a das outras?? Que outras?? Será que todo mundo aqui decidiu pela manternidade do mesmo jeito? Certamente não! Eu disse: "Jú, escreva sobre sua decisão". Agora leiam o texto e vejam que decisão mais maravilhosa. (Juliana também tem outros textos em nosso blog: Uma nova equação em um novo conceito e Um dia antes e vários depois).

"Qualquer pessoa razoalvemente informada, com os neurônios em bom funcionamento e com um mínimo de bom senso há de concordar que, do ponto de vista estritamente racional, é difícil, hoje, vibrar desencanada e euforicamente diante da idéia de ter fillhos. Mas então, porque mesmo assim muitas optam passar por esse processo?
Muito provavelmente porque a decisão de ter filhos não nasce da razão, mas de outra instância que poderíamos chamar de “afetiva”, “emocional”, “inconsciente”, “energia criadora”, “energia procriadora”, útero cerebral” ou “pênis cósmico” etc...

Esse blog trata justamente de experiências reais sobre tais decisões, e foi pela curiosidade de saber qual a minha instância que me identifiquei e passei a ser leitora assídua. Através dele tenho aprendido a refletir que o amor não é pronto, ele é construído e por isso existem várias maneiras de amar.
Usando a citação acima, e tudo o que já li, eu diria que a minha instância para mudar de fase e passar a maternidade foi e tem sido através de um amor “afetivo emocional”. Antes de estar grávida de oito meses, afirmaria que a idéia de ter um casamento e a partir daí construir uma família passava bem longe da minha cabeça. Tanto pelas responsabilidades que implicam essa escolha, quanto aos rótulos que sempre me dei de egoísta, no sentido de querer viver a minha vida de forma muito independente. Também pela covardia, tenho medo de tomar decisões e arcar com elas pro resto da vida.

Entretanto, é engraçado como na vida mudamos de fase e conseqüentemente as fases nos mudam.  Estou com 27 anos, grávida de 8 meses e meu marido e eu estamos juntos e casados há 10 meses. Sim, foi paixão, paixão, que por sua vez, me leva todos os dias a acreditar que a nossa relação é para sempre, e me deu segurança para estender esse sentimento na possibilidade de um primeiro filho.

Ah, se mudei meu conceito sobre mim por conta disso? Porque agora sou mãe? Em partes, até porque nunca acreditei que a maternidade transformasse pessoas para amar genuinamente, incondicionalmente e favorecendo uma vida de santidade como muitos pregam. Acredito sim que essa condição “mãe” traz a possibilidade de amadurecimento, maiores reflexões e com isso discernimento para fazer melhores escolhas. Essa minha crença, através do blog, ganhou um termo próprio, que se chama maternagem. Apenas a maternidade não é capaz de transformar vidas, afinal o que dizer das mães negligentes e com atitudes monstruosas?

Nós, que optamos sermos mães e sentimos as mudanças, é porque internalizamos a maternagem (sentimento aprendido e construído diariamente a partir do desejo realizado de ser mãe), instalando naturalmente a decisão de ser uma pessoa melhor. Eu já não me sinto tão egoísta, apesar de ainda gostar muito da independência, porém agora estou gostando muito mais de dividir as coisas com meu marido e filho. Aprendi que é um tipo de divisão que resulta em multiplicação.

Comigo foi assim, ontem eu fugia de casamento e de filhos, mas uma instância surgiu, o amor e através desse sentimento tenho vivido mudanças constantes e prazerosas.. Comigo é assim, hoje estou vivendo a maternagem que surgiu pela maternidade.
E amanhã? Não sei, importa que está sendo uma fase bem gostosa e estou segura da escolha. Até porque, tenho vivido a certeza que o nascer de um filho, faz nascer uma mãe."
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...