sexta-feira, 10 de maio de 2013

Meu primeiro dia das Mães no Bebe.com

Escrito e Postado pro Renata Palombo

Esta semana a Bruna Stuppiello do site Bebê.com da editora Abril me convidou para escrever pra eles contando como foi o meu primeiro dia das mães como mãe e não somente como filha. 

Adorei o convite e aceitei participar. 

Hoje a matéria foi publicada no site e me deixou muito feliz ver a sensibilidade da matéria que abordou as várias formas de maternagem e os caminhos que cada MÃE constrói junto com seus filhos. Existem inúmeros caminhos para se tornar e ser MÃE e eu adorei ler cada uma das histórias publicadas lá. 

Abaixo segue o meu relato publicado, mas eu sugiro que você acesse o link da matéria : "O meu primeiro dia das Mães" e se emocione também com os relatos de outras Mães.

No próximo domingo não será o meu primeiro dia das mães como mãe, mas foi uma delicia relembrar... Obrigada Bruna!!!

DIA DA MÃE POR ADOÇÃO TARDIA

O meu primeiro Dia das Mães foi muito especial. Sair da condição de filha para se tornar mãe é um processo um tanto difícil, mas de muito crescimento. Uma coisa que me marcou muito foi poder participar da festa de Dia das Mães da escola onde  meu filho estudava. Parece estranho dizer isto porque bebês não participam ativamente de eventos sociais. Mas o meu "bebê" que "nasceu" na minha vida já com 6 anos de idade me deu o privilégio de vivenciar um momento especial como este logo no meu primeiro Dia das Mães. Sim! Sou mãe por adoção! Adoção tardia.

Confesso que na época, ao aproximar-se a data do Dia das Mães, fiquei bastante apreensiva. É um momento onde se explora muito imagens de mulheres grávidas e bebês e nas homenagens escolares não é diferente: usam-se muitas fotos e vídeos de barrigas e recém-nascidos. 

Como aquele seria o nosso primeiro Dia das Mães juntos eu não sabia muito como lidar com estes apelos e não sabia também como meu filho lidaria. Temi que a escola começasse a pedir fotos das mães grávidas e dos alunos bebês, temi que tudo isso pudesse constranger ou confundir meu filho, que ainda estava e fase de adaptação. Eu não sei ao certo como ele acomodou estas circunstâncias em sua cabecinha, mas sei que a professora dele na época foi de um sensibilidade ímpar para lidar com a situação e para tratar as diferenças em sala de forma tão sábia.

A homenagem que ela preparou com os alunos foi a construção de uma linda caixa de presente com uma foto atual de mãe e filho, e no dia da apresentação os alunos da classe do meu filho cantaram a música "Foi Deus" do Edson e Hudson. Ainda hoje, anos depois, me emociono ao lembrar o trecho da música que dizia "foi Deus que me entregou de presente você, eu que sonhava viver um grande amor assim. Valeu ter esperado o tempo passar para de uma vez meu amor entregar e não sentir solidão nunca mais".

Foi muito gratificante ver a escola tratar meu filho com igualdade levando em consideração suas diferenças. A letra da música retratava uma dupla homenagem porque meu filho tinha compreensão que ele era um presente para mim, assim como eu era para ele. Meu filho tinha compreensão que assim como valeu para mim esperar por ele, também tinha valido para ele esperar por mim.

A homenagem não precisou de barrigas e bebês para expressar de forma tão singela e doce o que toda mãe (biológica ou não) certamente pensa sobre seu filho: um presente de Deus. E o que todo filho (biológico ou não) pensa sobre sua mãe: Um presente de Deus.

Fonte: Arquivo Pessoal

quinta-feira, 2 de maio de 2013

"Cuspi pra cima caiu na testa..."

Escrito por Juliana Palombo
Postado por Renata Palombo
Em se tratando de Maternagem nunca podemos afirmar nada, pois tudo muda todos os dias e nossos filhos é quem acabam nos dizendo por onde devemos andar... O importante é estarmos abertas a fazer sempre o melhor mesmo que pra isso precisemos mudar de opinião. Juliana Palombo nos escreve hoje, exatamente sobre isso: como nossos filhos modificam nossos conceitos e nossos caminhos. Mudar de opinião faz parte!
" - Eu não acredito que você vai abandonar sua carreira, seu lado profissional para ficar em casa cuidando exclusivamente de filho e marido? Nossa, você é muito corajosa. Eu jamais faria isso...
Ops, que isso na minha testa? Sim, é isso mesmo.. Caiu e caiu em cheio.
Eu era a dona das falas acima para todas as minhas amigas que tiveram filhos e entraram no dilema: filhos x trabalho.
Ocorre que chegou minha vez e durante toda a gestação e até os quatro meses de vida do meu filho o meu pensamento era fixo de que jamais abandonaria tudo para ficar na vida exclusiva de mamãe do lar. Mas quem disse que depois que os filhos nascem, mandamos em nossas vidas sem zero de interferência?
Ocorre que apesar de muito exausta e louca para outra rotina, um ser bem pequenino e diante dos meus olhos parecia depender muito de mim para eu simplesmente sair fora. Ele ainda não tinha falado ma ma, ainda não sentava sozinho, ainda não rolava, ainda não comia nada que não fosse leite materno, ainda não engatinhava, e nem andava. Logo pensei, peraí! Passei por tudo isso, e agora que está ficando "mais fácil" (esse mais fácil é a tradução de estou mais acostumada) vou pedir ajuda?
Eu que quero vê-lo engatinhar, eu quero estar no primeiro ma ma, eu quero, eu quero e eu quero. Mas eu queria também outras coisas, e na vida, toda escolha gera uma perda e chegou o momento de perder algo.
E graças a Deus, ao apoio do marido, da família e das amigas que perdi um bom emprego, um bom salário, uma boa possibilidade de carreira, uma vida mais independente, um horário de almoço sem interrupções, um momento só meu pra fazer a unha e tantas coisas para ganhar (e que ganho!) a oportunidade de estar todos os dias ao lado daquele que é a extensão maior do amor entre a família que decidi construir.
Eu já estou um ano e quatro meses nesta rotina, feliz e realizada com cada progresso que posso acompanhar e de tudo que estou aproveitando ao lado dele. As vezes bate um desespero, mas PASSA! E passa rápido, pois a satisfação é bem maior.
Eu não sei o que teria sido se eu estivesse trabalhando e ele na escolinha, ou com babá ou com uma das avós. Certamente estaria ótimo também e os dilemas seriam outros. Mas depois que me tornei mãe, aprendi o exercício de literalmente pensar no hoje.
O amanhã? Deixa virar hoje e ai falamos sobre! Se não, é cuspir pra cima pra cair bem na testa..."
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