segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Carta à Minha Filha

Escrito e Postado por Renata Palombo
 
Estamos em época de Natal.

A palavra "natal" significa nascimento e é usada para o dia 25 de Dezembro porque é a data em que grande parte do mundo cristão comemora o dia do nascimento de Jesus.

Supomos que minha filha Natalia se chama assim, justamente por ter nascido nesta época. 

A palavra Natalia vem do Latim e deriva de "natus", mesma palavra da qual deriva natal e igualmente significa nascimento (não era muito dificil supor que Natalia também significava "nascimento"). Ontem ela comemorou a data de seu nascimento (mais um ano de vida) e amanhã comemoraremos a data do nascimento de Jesus.

Quando o Diego fez aniversário, eu publiquei aqui uma carta ao meu filho. E hoje eu gostaria de fazer o mesmo pelo aniversário da minha filha e deixar registrado aqui uma carta que escrevi a ela.

Naty,

Independente de ter nascido na época do Natal o significado do seu nome faz jus ao que você realmente é!

Sei que sua vida não foi fácil e ainda não é... Sei que hoje sua vida não é fácil porque como todas as pessoas do mundo você tem suas preocupações, tristezas e dificuldades diárias, mas sei que a bagagem emocional que você carrega consigo torna tudo ainda mais pesado.

Por isso acho que faz jus ao seu nome.!!! Você tem o dom de "nascer" todos os dias e se dar uma nova chance! Você "nasce" diariamente para superar o que passou e "nasce" para tentar fazer diferente! Você é a prova viva de que as pessoas podem aprender todos os dias e que nunca é tarde para fazer diferente. Quebrar ciclos é necessário para todos nós, mas poucos conseguem de fato fazê-lo. Acho que sua capacidade de "nascer" a torna mais forte para quebrar ciclos, embora não acho que lhe seja mais fácil.

Coincidências da vida ou não, me chamo Renata, palavra que também vem do latim e que também deriva de "natus", no caso "renatus" que significa RENASCER.

Sem dúvida sua chegada na minha vida me fez "renascer" e ainda faz todos os dias, pois  renasço diariamente. Precisei deixar morrer todos os meus sonhos e projetos para a maternidade e renascer em sonhos que nunca imaginei que poderia amar tanto.

Assim como pra você, pra mim também não tem sido fácil, porque aprender a ser mãe e descobrir a maternagem é tão ou até mais difícil do que aprender a ser filha. Mas penso que o mais importante em tudo isso é que estamos tentando, "nascendo" e "renascendo" todos os dias numa nova busca de nos compreendermos, nos amarmos e estamos sempre juntas.

Sabemos de histórias de pessoas que por muito menos desistiram.

Ontem foi seu aniversário, e é fato que vivemos muitas dificuldades juntas e separadas. Mas é fato também que neste tempo que nos adotou como pais e que foi adotada por nós como filha também já vivemos coisas maravilhosas e dignas de gratidão infinita a Deus.

Pouco tempo se passou desde que “nasceu” em nossas vidas, mas com tanta intensidade que parece que sempre esteve aqui. Somos muito gratos a Deus por termos participado de suas superações escolares, por termos lhe dado as mãos quando você tentava dar os primeiros passos no “novo mundo”, foi difícil ver você cair enquanto tentava “caminhar”, mas foi fantástico vê-la se levantar quantas vezes foram necessárias e seguir em frente. Vê-la experimentar novos sabores, novas amizades, novos amores, novas fragrâncias, novas dores, novas viagens, novas culturas, novas palavras, novas roupas, novos anos... Tudo isso é o que faz da maternagem a experiência mais fantástica que um ser humano poderia viver.

De tudo o que vivemos, um momento muito especial, foi presenciar a entrega de sua vida a Cristo, não porque quiséssemos impor-lhe nossa religião, mas por vermos que você tem se identificado com nosso mundo, nossos costumes e práticas, tornando irrelevante a falta do "mesmo sangue" correndo em nossas veias.

Estar com você é empolgante: pelo amor que sinto e por tudo o que aprendo. Ser sua mãe é entender que a adoção é muito, muito maior do que qualquer tentativa de explicá-la. A adoção sem dúvida é uma escolha, uma decisão, mas transcende esse caracter tão racional, porque quando se adota de fato e se descobre amando se compreende que não era só uma questão de escolher, mas era também uma questão de necessitar. Hoje eu não apenas escolho ser sua mãe, hoje eu necessito ser sua mãe.

Natalia, você não nasceu de mim, mas certamente nasceu para mim!

Eu, Renata, não renasci para você (resnasci para o mundo), mas certamente renasci por meio de você!

Parabéns por mais um ano de vida que completou! Parabéns pela Maioridade! Parabéns por ser quem você é!

Te amo! Deus te abençoe!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Natal: Como "ensinar" aos filhos o verdadeiro sentido

Escrito e Postado por Renata Palombo


Fonte: Google Imagens

Todos sabemos que dia 25 de Dezembro é comemorado o Natal, que nada tem a ver com Papai Noel, renas, presentes, neve, mas sim com o nascimento de JESUS, o Filho de Deus nesta Terra. Sabemos também que Ele não nasceu de fato do dia 25 de Dezembro, mas que esta é apenas uma data simbólica, no entanto, é um dia em que as pessoas (em sua grande maioria) se voltam para os bons pensamentos e costumes, se aproximam mais de Deus e dos outros e almejam para suas vidas, mais amor, gratidão, paz... Por um lado é lamentável vermos o consumismo movido por esta data e tamanha benevolência em apenas uma época do ano, mas por outro lado parece quase impossível não nos contaminarmos no clima de festas e confraternizações... e já que seremos "carregados" por esta "onda" é melhor nos adequarmos e buscarmos alternativas para ensinar aos nossos filhos o melhor referente esta data.

Eu tento fazer algumas coisas e oro a Deus para que eles internalizem e compreendam o real sentido do Natal. Queria que eles compreendessem que bons costumes e pensamentos devem ser para todos os dias do ano, que paz, amor e gratidão são frutos de escolhas diárias e que presentes refletem carinho e não consumo.

Uma das coisas que faço é reforçar sempre que possível o que realmente é comemorado nesta data. Falamos sobre o porque Jesus nasceu neste mundo, sobre seu ministério, morte e ressureição para salvação da humanidade e remissão dos nossos pecados. Falamos sobre a importância de Jesus na nossa vida hoje e agradecemos nas orações a Deus por ter enviado seu filho. Busco assistir filmes e ler histórias sobre este tema. Como somos cristãos, falar sobre Jesus é algo constante em nosso dia-a-dia, mas o tema de seu nascimento acaba por ser mais falado nesses dias natalinos.

Acho que aqui poderia entrar um adendo sobre as lendas natalinas. Vejo que muitas famílias cristãs ficam num dilema sobre reforçá-las uma vez que "anulam" ou contradizem o foco real do Natal que é o nascimento de Cristo. Confesso que para nós isso nunca foi um grande dilema, não sei se isso é bom ou ruim. Quando o Diego chegou ele acreditava no Papai Noel e nós alimentamos muitas vezes sua fantasia. Penso que fantasias fazem parte do imaginário infantil e do desenvolvimento e não nos sentimos no direito de tirar isso dele. Nunca deixamos de falar sobre o real sentido do Natal, mas como ele era pequeno não conseguia se dar conta da contradição das histórias e as acomodava muito confortavelmente dentro dele. O que já não acontecia com a Naty que demonstrou sua indignação por várias vezes ao ver o mundo exaltar as tradições humanas e esquecer-se de Jesus. É orientada a respeitar as pessoas naquilo que querem crer, mas falar sobre o verdadeiro motivo do Natal sempre que fosse possível e assim ela faz com o coração cheio de alegria disseminando a palavra de Deus.

No ano passado o Diego já com 8 anos não deu muita importância para o Papai Noel. Chegou a questionar se ele exisita e eu apenas respondi que "existia na nossa imaginação". Ele começou a perceber que qualquer homem podia fantasiar-se de Papai Noel, inclusive ele e o pai dele, entendeu que cada presente que ganhou foi comprado e dado por uma pessoa da família e não questionou o porque do Papai Noel não ter aparecido na entrega dos presentes como nos anos anteriores. Ainda assim escreveu a cartinha para ele e fez questão de ir ao shopping para visitá-lo.

Uma coisa que pra mim é bem dificil de lidar nessa época do ano é a questão dos presentes. Eu percebo que os dois dão muito valor para isso e ficam esperando sempre bons presentes de todos. Temo que isso os faça valorizar mais os bens materiais do que as pessoas. Temo que se frustrem e se revoltem se em algum Natal não estivermos em condições de presentear. Nossas famílias (tanto a minha quanto a do meu marido) tem o hábito de todo mundo comprar presente pra todo mundo, o que faz com que ganhêmos muitos presentes nessa época do ano. O que eu faço pra tentar lidar com isso é explicar repetidas vezes que o maior presente é Jesus e que pessoas são mais importantes que coisas e que mesmo que alguém não nos dê nada vamos continuar amando-o da mesma forma.

Tento fazê-los participar o máximo possível da escolha, compra e embrulho dos presentes, na tentativa de que compreendam que presentar alguém é acima de tudo uma manifestação de carinho e amor e que o valor do presente está muito mais na dedicação que depositamos naquilo do que no valor monetário do mesmo. Acho que isso eles entendem porque em diversas épocas do ano eles nos presenteiam com cartinhas e lindos bilhetes, com desenhos e as vezes até embrulhos mostrando que dedicaram tempo para dar o melhor que podiam e nós, claro, valorizamos muito estes pequenos mimos.

Na noite de entrega deixamos que eles entreguem os presentes para que sintam o prazer da "doação" (percebo que realmente sentem prazer com isso) e antes de sair de casa orientamos que ao presentearmos alguém, fazemos por amor e não para ganharmos algo em troca. Ainda assim vejo que eles ficam ansiosos esperando o retorno, mas como sempre são presenteados por todos, não sei como reagiriam se isso não acontecesse.

Sempre que possível participamos de atividades sociais/comunitárias para que vejam a prática do amor ao próximo tão falado nesse período natalino. No ano passado, por motivos relativos a minha saúde não pudemos fazer nada, mas no ano retrasado distribuimos lanches para moradores de rua e no ano anterior fizemos entrega de presentes para crianças muito desprovidas de bens materiais. Temos por prática ações como esta também em outras épocas do ano, mas é inegável que o "Espírito Natalino" potencializa a motivação e o resultado desses trabalhos.

Por fim acho importante falar sobre a convivência familiar que priorizamos muito durante todo o ano e no Natal não é diferente. Valorizamos também os amigos mais chegados tentando encontrá-los dias antes do Natal para dar um abraço. Até hoje sempre fiz questão de estarmos em família: avós, tios, primos... Lembro que no ano passado acabamos dormindo de improviso na casa da minha mãe e percebi que todos curtimos muito a situação de dormir bem de madrugada, sem pijama, sem escovar os dentes, um no chão, um no sofá, um com o bebê chorando toda a madrugada, enfim, algo desconfortável que se tornou muito divertido e que certamente renderá deliciosas lembranças para todos. Infelizmente meus filhos foram privados da convivência familiar por muitos anos, por isso vou fazer de tudo para que tenham bons registros do amor em família (mesmo com os corriqueiros desentendimentos). Acho que este ano vou me planejar para passar a noite de novo no "improviso" na casa da vó (minha mãe). Talvez eu leve escovas de dentes (rrssrsrs).

É isso!!! Tudo isso!!! O Blog Descobrindo a Maternagem deseja a todos um excelente Natal!!!

Que cada uma de nós, mães, consiga, com pequenas e grandes ações ensinar aos nossos filhos o melhor e o verdadeiro sentido do Natal!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Aprendendo com a Carta do Papai Noel

Escrito por Juliana Palombo
Postado por Renata Palombo
 
Hoje o texto de Juliana Palombo vem nos trazer uma boa reflexão natalina, leiam e comentem!!!
 
"Quem em sua infância não escreveu uma cartinha pro bom velhinho? Confesso que eu fiz isso muito pouco, porque quem tem irmão mais velho sabe que esses mitos da infância não duram muito tempo. Os mais velhos têm uma necessidade de acabar com isso porque possivelmente estão ainda decepcionados de descobrirem as verdades e se vingam acabando com a festa dos mais novos! Faz parte!
Mas não é disso que quero falar, quero relembrar algumas cartas que já li e orientar as mamães e papais noeis reais, do quanto essa oportunidade pode ser rica para a relação familiar. Do quanto escrever pro Papai Noel pode ensinar muitas coisas.
Sendo bem objetiva, minha pergunta é:
- Você responsável pelo seu(a) filho(a)  está ao lado dele(a) nessa hora? É importante avaliar a relação deles com o mundo de fantasias e também com o mundo material. Avaliar o que está sendo passado pra essa criança em relação aos valores da vida.
Avaliemos através de alguns trechos extraídos de alunos do ensino fundamental:
“Papai Noel, você vai me dar a coleção dos bonecos do Chaves e da turma cocoricó, né??” Gabriel, 7 anos
 
Opa, Opa, Opa.... não vale a pena lembrar que antes de tudo a gente cumprimenta as pessoas. "Olá Papai Noel" já é um bom começo.
"Você vai me dar?" Xiiiii, que mandão ou mandona hein? Recomendo explicar aos pequenos que a carta é a tentativa de um pedido e não uma ordem e que o ideal é que se peça um presente, de preferência  aquele que mais o interessa. Até como possibilidade de não se frustrar no dia da entrega.
"Olá ! Papai Noel há muito tempo queria lhe escrever, mas somente agora com nove anos aprendi a escrever..." Daniel, 9 anos.
Poxa Pais, será que vocês não podem ajudar seu filho ou filha a escrever enquanto ele nao é alfabetizado? Afinal é importante que a criança possa através destes momentos expressar suas emoções e externalizar seus desejos. Ser criança dura tão pouco.
"Seu Noel, aqui estão alguns dos pedidos para lhe fazer: Para meus pais eu gostaria que lhe dessem uma casinha nova, porque a nossa é feita de caixas da feira, sabe aonde vem frutas e verduras? Os papelão meu pai recolheu nas lojas que não precisavam mais. Minha casinha é um tormento, pois quando chove molha tudo e nem sequer temos onde dormir. Precisamos ficar encolhidos em baixo da mesa ou em algum  cantinho para se abrigar da água da chuva, pois aqui chove tanto quanto na rua..." Diana, 10 anos
Triste, não? Muitos anos da minha vida fiz trabalhos sociais no natal e sei quão real são estes pedidos. E quando minimamente atendidos quão gratificante é. Todavia, se for o caso de ouvir seu filho fazendo pedidos tão apelativos, não quebre as esperanças, mas também oriente quanto a impossibilidade de acontecer, dessa forma mantém viva a esperança e desde cedo já o prepara para enfrentar os "nãos" e as frustrações da vida. Sabemos bem que o que difere deu uma pessoa para outra não é o tamanho do problema que ela tem, pois problema é problema, mas sim como ela enfrenta seus obstáculos e qual o significado que dá pra eles. Esta formação é dada por nós pais, que passamos os valores e os princípios.
Enfim, quantos exemplos teríamos para compartilhar. O importante é deixarmos o recado de usar este momento tão especial e mágico de Natal para mais uma oportunidade de estar com seus filhos. Sabemos que na correria do dia a dia, esta poderia ser um atividade a passar batido, e recomendo que não passe!
Aproveite e partilhe conosco sua experiência. Adoraríamos saber o que seus pequenos estão pedindo e o que você está descobrindo com tudo isso.
E lembre-se dpeois de concluirem a cartinha, reforce que apesar do Papai Noel ser um símbolo do Natal, essa data exsite para comemorarmos o nascimento de JESUS que veio para salvar este mundo.
Feliz Natal a Todos!!!"
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