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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Quantas mães iguais a mim?

Escrito por Juliana Palombo
Postado por Renata Palombo

Fonte: Arquivo Pessoal

O post de hoje é um desabafo da Juliana, veja se você se identifica!


"Esse post foi escrito em um momento que precisava desabafar. 

Espero como resposta pro meu "post-desabafo" muitas iguais a mim.

Se concluir a leitura e disser sim para a maioria das coisas, deixe seu comentário, porque aí vou me sentir mais normal (rsrsrsrsrs).

Vamos lá:
- Você já acorda pensando em dormir outra vez?

- Se está em casa passa o tempo todo recolhendo brinquedos espalhados pela casa?

- Seu banho depois dos filhos é algo tão rápido que você já desligou o chuveiro e se perguntou: Mas eu lavei o cabelo?

- Não consegue passar um dia relaxando porque preferiu usar o tempo “livre” para fazer algum afazer doméstico? E ao final sempre promete que da próxima vez vai se dar o luxo de descansar?

- Se a empregada vem no dia seguinte suja a louça sem peso na consciência, mas se não é dia dela usa o mesmo garfo pra fazer toda a comida? E se desse usaria também a mesma panela?

- Sente culpa várias vezes por dia porque não sente que é a mãe ideal?

- Come comida fria várias vezes? Isso quando come!

- Atum e miojo por muito tempo foram o cardápio do mês?

- Já passou vergonha em público porque sem perceber começou a cantarolar: pó, pó, pó, pó, pó, póooooo

- Já mentiu pro marido sobre algum hematoma do seu filho, fingindo nem ter notado porque na imaginação fértil de mãe ele pode pensar que você é negligente? E ser negligente é aumentar a culpa e você não aguenta mais sentir tantas culpas?

- Já varreu o chão com um braço só porque no outro estava o filho pendurado?

- Já fingiu sono profundo para que o marido levantasse a noite e resolvesse a situação problema?

Nossa são tantas as coisas que eu poderia continuar listando. 

Porém se até aqui encontrar iguais a mim já valeu a pena o "post-desabafo" e confesso que ter escrito isso me remeteu a muitas cenas, pude rir e relaxar um tanto.

Era o que eu precisava...




segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Preparando os filhos para a Vida

Escrito por Michelle Silva
Postado por Renata Palombo
Fonte: Arquivo Pessoal
 
A convidada de hoje para dividir conosco suas descobertas com a maternagem é Michelle Silva... Um texto reflexivo e cheio de otimismo... Vale a pena ler e compartilhar!!!
 
"Desde os primórdios até os dias de hoje, toda mãe tem o papel de criar, educar e preparar seu (s) filho (s) para a vida. Entretanto com o passar do tempo, com todas as conquistas que obtivemos junto às lutas pela igualdade entre os sexos, o grau de dificuldade desta tarefa tem aumentado cada vez mais.
 
Nossas avós pertenceram à época em que ter vários filhos era comum, hoje em dia é praticamente uma missão impossível, a menos que se tenha recursos para manter um exército sempre atento aos pimpolhos, não que nossas avós não tivessem afazeres, mas hoje o tempo que nos resta livre é bem menor. 
 
É complicado ter que ser uma profissional exemplar, uma amiga exemplar, uma mulher exemplar, uma filha exemplar, uma estudante exemplar, uma dona de casa exemplar, uma companheira exemplar, dentre muitos outros papéis assumidos pelas mulheres hoje em dia e ainda desempenhar o papel de uma mãe exemplar. 
 
Depois de um dia exaustivo que parece acabar com todas as nossas energias, tudo muda ao receber um doce sorriso, um abraço, ouvir um “mãe eu te amo” da pessoa que mais trouxe sentido a sua vida! 
 
Temos muito a ensinar a eles... ensinar valores que os tornem pessoas de bem neste mundo tão carente disso, ensinar que devem cuidar das suas coisas e desde já do planeta, ensinar a dar mais valor as pessoas do que as coisas, ensinar a respeitar o próximo, ensinar a respeitar os sentimentos dos outros, ensinar a respeitar as diferenças, são tantas coisas que temos a ensinar... mas acima de tudo temos muito a aprender com eles, começamos aprendendo a melhor forma de ensinar... 
 
Em um mundo onde a grande maioria das pessoas são vistas como meros objetos para observação, a coisificação do corpo, o valor dado mais a marcas do que a valores, modas que levam cada vez mais à futilidade, ao vazio dentro de si.
 
Aí é que está o nosso grande desafio mães de hoje! Levar afeto, mas sem deixar que falte o respeito, manter a casa, mas sem deixar que se percam os valores de um lar, impor limites, mas sem deixar que se criem muros, ensinar a viver em um mundo onde há muita coisa errada, mas sem deixar que eles se percam nestes erros, dizer não, mesmo se sentindo culpada por estar ausente, amar incondicionalmente mesmo durante um desentendimento... E no fim dessa árdua, mas gratificante jornada ver que eles irão crescer que seguirão seus caminhos e que serão pessoas de bem e do bem, que nos encherão de orgulho e nos mostrarão que valeu a pena cada instante, cada lágrima, cada sorriso, cada palavra e cada gesto! 
 
Filhos são uma preocupação para toda a vida, cada fase uma preocupação diferente, mas nunca deixarão de ser uma fonte de alegria incontestável e inesgotável! Então façamos como nossos pais, nos preocupemos agora, fiquemos de cabelos em pé agora e quando chegar a vez deles de se tornarem pais, que fiquem com todas as preocupações, responsabilidades e aprendizados, enquanto poderemos desfrutar de nossos netos da forma mais divertida possível, afinal é isso que fazem as avós."

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

"Você é Louca?"

Escrito por Maíra Beníguino
Postado por Renata Palombo 
 
 
As vezes chego a pensar que mãe é sinônimo de "louca" porque a gente ouve tanto essa pergunta ("Você é louca?") por aí, não é??? Perguntam isso para quem quer ser mãe por adoção, perguntam isso para quem vai ser mãe do terceiro filho, perguntam isso para quem deseja uma maternidade independente, perguntam isso para quem é mãe jovem de mais...
Se ser mãe é sinônimo de ser "louca" ou não, eu não sei... eu sei que concordo plenamente com nossa convidada de hoje e acho que independente das circunstancias em que nossos filhos nos chegam, quando aceitamos e assumimos de fato a maternagem, ficamos é "loucas" de amor por eles...
Hoje, Maíra Beníguino, nos conta sua experiência e trajetória de se descobrir "louca" de amor por sua filha... Acompanhem:
 
“você é louca”, “isso foi um erro”, “deveria ter se cuidado mais” .
Essas são algumas das frases que eu escuto desde quando decidi contar para o mundo, sobre a minha gravidez. Sou a Maíra, tenho 18 anos, e sou mãe da princesa mais linda de todas, Valentina.
Eu e meu namorado, Lucas Zanini, começamos a desconfiar da minha gravidez, em maio de 2012, e então decidimos fazer o teste. Foram os 5 minutos mais agoniantes e demorados da minha vida, até quando vimos o resultado, e deu o que eu mais temia: POSITIVO. Não tive reações, não chorei, não sorri, não disse nada, apenas não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo. Então fiz mais 2 testes, e um exame médico para poder acreditar de vez. Nunca havia sentido tanto medo, nunca tinha me sentido tão sozinha e perdida em minha vida, não sabia como encarar aquilo, contar para as pessoas, se quer para a minha família.
Depois de 2 meses, consegui contar, resolvi aceitar, até porque não tinha mais como esconder. Os primeiros 3 meses foram os mais difíceis, eu só chorava e pensava no que eu ia perder, pois ainda não tinha pensado no que eu ia ganhar, nem tinha como saber que enfim, o amor chegaria até mim, de uma forma que eu ainda não sei explicar. Eu temia muito a reação da minha família, dos meus pais, achando que eles não fossem aceitar, fossem me julgar, e então eu percebi que não estava com a imagem certa sobre eles. Eles me deram tudo que eu precisava no momento, o amor, o conselho, a segurança e o apoio para conseguir encarar de vez, a responsabilidade que me esperava, depois disso, começaram a viver o momento mais precioso da vida de uma mulher, o momento mais deslumbrante, a gravidez. 
 A noticia teve uma repercussão imediata, todos vindo falar comigo ao mesmo tempo, os mais importantes estavam lá, me apoiando, me dando ainda mais coragem de seguir em frente a minha nova vida.
Muitos me julgaram, me olhavam estranho, diziam coisas ruins, ainda mais depois que meu namorado veio morar comigo. Eu não nego que tudo foi muito cedo, que eu realmente poderia ter me cuidado mais, que eu pulei uma parte da minha vida, mas para algumas pessoas, isso é inaceitável, elas só se esquecem de que eu aceitei, e não me arrependo em momento algum.
No dia 3 de novembro de 2012, eu tive a certeza de que então, minha vida jamais seria a mesma, ela ganhou um novo sentido, uma nova razão. Ao ver o rostinho da minha pequena pela primeira vez, um novo sentimento surgiu em mim, algo que eu jamais havia sentido na vida, e posso afirmar que é o melhor sentimento do mundo. A partir daquele momento, eu jurei pra mim mesma que não ia falhar com ela, não ia deixa-la sozinha nunca, que ia cuidar dela até o final.
Hoje estou vivendo pra ela, deixei minhas noites de sexta e sábado, deixei meus sonos da tarde, deixei de acordar meio dia, minhas madrugadas não são como antes, e mesmo assim, AMO a vida que tenho, AMO ser mãe. Não é nada como antes, é tudo melhor, hoje ela tem 9 meses, e foram os melhores da minha vida.
E para todos que julgam, acham que minha vida acabou, fazem um pensamento completamente errado, vou continuar minha vida, vivendo minha juventude, estudando, trabalhando, saindo com meus amigos, apenas com uma cabeça diferente das pessoas da minha idade, com responsabilidade.
Ser mãe é uma dádiva que pessoas privilegiadas podem ter o prazer de viver. Só tenho que agradecer pela minha família, a família do Lucas (em especial a minha sogra, Ilca), meus amigos, e principalmente, o pai da Valentina, por ser o melhor, por me fazer tão feliz e me apoiar tanto! E dizer muito obrigada a Deus por ter colocado minha filha no meu caminho, e agradecer por ela ser tão amada, tão abençoada.
E então respondo as perguntas que me fazem... Eu sou louca sim, pela minha filha, pela minha vida.
E se ela foi um erro, então foi o melhor erro de todos...

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Meu primeiro dia das Mães no Bebe.com

Escrito e Postado pro Renata Palombo

Esta semana a Bruna Stuppiello do site Bebê.com da editora Abril me convidou para escrever pra eles contando como foi o meu primeiro dia das mães como mãe e não somente como filha. 

Adorei o convite e aceitei participar. 

Hoje a matéria foi publicada no site e me deixou muito feliz ver a sensibilidade da matéria que abordou as várias formas de maternagem e os caminhos que cada MÃE constrói junto com seus filhos. Existem inúmeros caminhos para se tornar e ser MÃE e eu adorei ler cada uma das histórias publicadas lá. 

Abaixo segue o meu relato publicado, mas eu sugiro que você acesse o link da matéria : "O meu primeiro dia das Mães" e se emocione também com os relatos de outras Mães.

No próximo domingo não será o meu primeiro dia das mães como mãe, mas foi uma delicia relembrar... Obrigada Bruna!!!

DIA DA MÃE POR ADOÇÃO TARDIA

O meu primeiro Dia das Mães foi muito especial. Sair da condição de filha para se tornar mãe é um processo um tanto difícil, mas de muito crescimento. Uma coisa que me marcou muito foi poder participar da festa de Dia das Mães da escola onde  meu filho estudava. Parece estranho dizer isto porque bebês não participam ativamente de eventos sociais. Mas o meu "bebê" que "nasceu" na minha vida já com 6 anos de idade me deu o privilégio de vivenciar um momento especial como este logo no meu primeiro Dia das Mães. Sim! Sou mãe por adoção! Adoção tardia.

Confesso que na época, ao aproximar-se a data do Dia das Mães, fiquei bastante apreensiva. É um momento onde se explora muito imagens de mulheres grávidas e bebês e nas homenagens escolares não é diferente: usam-se muitas fotos e vídeos de barrigas e recém-nascidos. 

Como aquele seria o nosso primeiro Dia das Mães juntos eu não sabia muito como lidar com estes apelos e não sabia também como meu filho lidaria. Temi que a escola começasse a pedir fotos das mães grávidas e dos alunos bebês, temi que tudo isso pudesse constranger ou confundir meu filho, que ainda estava e fase de adaptação. Eu não sei ao certo como ele acomodou estas circunstâncias em sua cabecinha, mas sei que a professora dele na época foi de um sensibilidade ímpar para lidar com a situação e para tratar as diferenças em sala de forma tão sábia.

A homenagem que ela preparou com os alunos foi a construção de uma linda caixa de presente com uma foto atual de mãe e filho, e no dia da apresentação os alunos da classe do meu filho cantaram a música "Foi Deus" do Edson e Hudson. Ainda hoje, anos depois, me emociono ao lembrar o trecho da música que dizia "foi Deus que me entregou de presente você, eu que sonhava viver um grande amor assim. Valeu ter esperado o tempo passar para de uma vez meu amor entregar e não sentir solidão nunca mais".

Foi muito gratificante ver a escola tratar meu filho com igualdade levando em consideração suas diferenças. A letra da música retratava uma dupla homenagem porque meu filho tinha compreensão que ele era um presente para mim, assim como eu era para ele. Meu filho tinha compreensão que assim como valeu para mim esperar por ele, também tinha valido para ele esperar por mim.

A homenagem não precisou de barrigas e bebês para expressar de forma tão singela e doce o que toda mãe (biológica ou não) certamente pensa sobre seu filho: um presente de Deus. E o que todo filho (biológico ou não) pensa sobre sua mãe: Um presente de Deus.

Fonte: Arquivo Pessoal

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Tão diferentes e tão iguais...

Escrito por Juliana Palombo
Postado por Renata Palombo
  
Hoje, Juliana nos traz uma boa (divertida) reflexão sobre igualdades e diferenças entre mães. Confira e expresse suas opiniões.
" Com o título Tão diferentes e tão iguais, estou me referindo as mães. São tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais.
Hoje tive o prazer de sair com duas amigas que são mães de filhos de idades bem próximas ao do meu filho. Uma alguns meses mais velha e o outro um mês mais novo.
Voltei desse encontro altamente reflexiva. Primeiro porque percebi que do tempo juntas 95% do tempo o assunto foi filhos ou algo relacionado. Os outros 5% ficaram divididos nos momentos de silêncio enquanto comíamos e 1% de fofoquinha. Será que um dia conseguiremos distribuir melhor esse tempo e falar também da gente, de trabalho, dos maridos, da casa etc? Tomara!!
E segundo, o teor do meu texto, porque percebi durante o diálogo a necessidade que mãe tem de se justificar. Se fala uma coisa diferente das outras mães, ou não está muito segura, trata-se logo de se justificar. Eu, por exemplo, fiz isso hoje várias vezes.
Mas porque fazemos isso? Por acaso existe a mestre das mães que não erra nada e faz tudo perfeito? Óbvio que não. A gente acerta e erra em fração de segundos. Então podíamos parar com essa coisa de dizer: Eu dou isso, mas só porque.... Ou faço aquilo, mas também... Eu queria que fosse assim, no entanto...
Ahhhhh, vamos assumir de vez. Eu faço e ponto! Faço porque é cômodo, faço porque não vejo mal, faço porque é mais fácil, faço porque penso assim. Creio que chegar nesse patamar nos fariam mães mais felizes e mais bem resolvidas (com menos culpa).
Uma segue uma alimentação mais regrada, mas no quesito higiente é nota 3. O filho estava comendo pedra do chão enquanto ela comia seu açaí. A chupeta do coitado caiu no mínimo umas 5 vezes no chão e enquanto em coro mandavam lavar, lá estava a mãe tacando a chupeta na boca do filho. E daí que essa criança até hoje não comeu açúcar? Ela já comeu até pedra....
Em contrapartida, uma das mães no quesito higiene é nota 10. Pra se ter idéia, uma vez a empregada dela estava com gripe, ela foi a farmácia e fez a moça continuar o serviço de máscara hospitalar para não contaminar o filho dela (rrsrsrs). Por outro lado o filho dela está amarelinho porque ela se perdeu na função de alguns alimentos e lasca caroteno no coitado. Inclusive uso o exemplo dela para dar um alerta, caroteno não está apenas na cenoura e na beterraba, também se faz presente e em grande quantidade nos alimentos verde-escuro. Ela cortou tudo e caprichou no brocólis e espinafre. Errou! Mas qual o problema?
E a outra mãe também 10 no quesito higiene, se esforça para dar a pequena uma ótima alimentação, mas contou que esses dias sua filha de 1 ano e 4 meses comeu sorvete. Sim, sabemos que é precoce a introdução de açúcar na dieta, mas isso não a faz melhor ou pior mãe. Já foi!
A propósito nesse encontro aconteceu muitos outros exemplos que eu poderia citar. Uma beija na boca do bebê, outra não, a outra além de não beijar ainda quis acrescentar uma teoria do tal complexo de édipo. Uma ainda amamenta no peito (ponto super positivo), mas que não a faz melhor ou pior que as outras duas mães que na primeira recusa dos bebês ao peito (situação normal dos bebês) ao invés de insistirem optaram logo por darem mamadeira. E daí? Fizeram mesmo e ponto.
Uma é a favor de colocar na escola bem cedo prezando pelo desenvolvimento. A outra abriu mão do emprego para ficar exclusiva nos cuidados. A outra decidiu que a avó ficaria com os cuidados do dia para que pudesse trabalhar em paz. Resultado: Todos são super espertos, todos são saudáveis e claro que nas diferenças que existem nenhuma prejudicial que precise chamar o conselho tutelar ou a supernanny.
Uma por ser fisioterapeuta deixa a filha livre, leve e solta prezando pelo desenvolvimento motor, ainda que isso renda uns galos na cabeça. A outra psicóloga, da tal teoria do édipo, também deixa o filho se esborrachar porque não quer que ele cresça com medos e melindres, a outra formada em Administração/Marketing tem a sensibilidade a flor da pele e zelosa ao extremo (sim, é essa mesma que deu a máscara hospitalar pra empregada) quando o filho leva um tombo ela imediatamente se desculpa com ele e choram juntos.
Um manda beijo, o outro dá tchau, a outra arruma os cabelos... Nossa, é muita traquinagem. É muita "deliciura". Esses pequenos são lindos, saudáveis e super espertos são filhos dessas mães tão diferentes, mas que no resumo da ópera são tão iguais.
E por essas trocas e desabafos, que voltei pra casa reflexiva. Em busca dessa paz interna de que não devemos nos comparar ou se culpar e sim buscar dia após dia a exercer o nosso papel de mãe. Errando ou acertando? Não! Errando E acertando. Só assim seremos mães de verdade. Mães que se preocupam em fazer o melhor, no entanto, que tenham a consciência de que em termos de maternagem não existirá nunca A MELHOR.
Quer dizer, existe sim. Porque tenho certeza que dado o amor verdadeiro aos filhos um dia ouviremos deles (e torço por isso) que somos a melhor mãe do mundo. Se para os filhos tivermos esse papel, valeu toda neura. Você não acha?"

quarta-feira, 13 de março de 2013

Mães Especiais


Escrito e Postado por Renata Palombo

Fonte: Google Imagens

Há algumas semanas, por motivos de saúde de um familiar, eu precisei passar o dia inteiro na AACD. Pra quem conhece a AACD, já esteve lá ou apenas já viu alguma reportagem na TV, deve saber que lá é um lugar cheio de mães.

Mães tão diferentes e tão iguais a mim, ao mesmo tempo.

Diferentes porque cada mãe tem uma história e cada mãe tem um filho diferente do outro. Lá tinha filhos deficientes visuais, cadeirantes, com paralisia cerebral, com ausência de membros, com todos os membros, no colo, no carrinho, no chão, grandes, pequenos...

Iguais porque observei que cada uma daquelas mães tinham o desejo e o esforço para aceitar as responsabilidades e preocupações da maternagem sejam elas quais forem. Eu não conheço a história de cada uma daquelas mães e nem sei que tipo de mães são, se são autoritárias, permissivas, amorosas... não sei se são boas ou más ou se assim como eu são boas e más... mas uma coisa eu tenho certeza: a maioria delas eram mães que não desistiram de seus filhos diante das dificuldades que enfrentam.

Eu tenho muitas dificuldades com meus filhos, mas nunca vou desistir deles. Será que isto me faz uma mãe especial?

Me lembrei de uma amiga muito querida que quando descobriu que seu bebê tinha uma grave deficiência visual ouvia muitas pessoas lhe dizerem frases como: "Deus só dá filhos especiais para mães especiais". Um dia ela me confessou que odiava ouvir isso porque pensava com revolta: "Eu não quero ser uma mãe especial, quero ter um filho normal e ser uma mãe normal".

Eu também ouço coisas assim. Muitas pessoas dizem que sou uma mãe especial, por ser mãe por adoção, adoção tardia.

Eu tenho filhos normais (pelo menos do ponto de vista físico), que são adotados. Isto me faz uma mãe especial? Estas mães com quem tive a oportunidade de conviver na AACD por um dia tinham filhos biológicos "especiais" portadores de inúmeras deficiências físicas e intelectuais. Isto faz delas mães especiais? Quem é mais especial: eu ou elas? E quem é mãe por adoção de um filho portador de deficiencia, é duplamente especial?

Enquanto eu olhava para aquelas mães e aqueles filhos, eu fiquei pensando que não importava as limitações que os filhos tinham, a vida segue para todo mundo com lutas, dificuldades, desafios, conquistas, gratificações, amores, tristezas, medos, descobertas... Sim... além do que, o que é luta pra mim pode não ser para outra, o que me causa medo pode não causar na outra, o que tenho como dúvida posso encontrar como resposta na outra e assim por diante...

Acho que esta diversidade não torna ninguém melhor do que ninguém, até porque eu nem sei se o "igual" existe ou sé é apenas o "mito do igual".
 
Meus filhos têm muitas limitações e eu como mãe, também tenho muitas delas.

Deveríamos parar com a mania de segregar, rotular, de achar que todas as pessoas são mais ou menos felizes pelas limitações que enfrentam ou ausência delas. Pessoas não são mais ou menos especiais pelas escolhas que fazem.
 
Todas as mães são especiais!
 
Todos os filhos são especiais!

segunda-feira, 11 de março de 2013

A Maternagem por vários Ângulos

Escrito por Sheronh Keily Pereira
Postado por Renata Palombo
 
O texto de hoje é de uma leitora do nosso blog: Sheronh Keillyh. Ela tem uma história ímpar com a adoção e maternagem e hoje conta um pouquinho disso pra gente... Eu amei o texto dela e acho que vocês também vão gostar.
 
"A verdade é que preconceitos são adquiridos, e é na convivência que certos conceitos são quebrados.
 
Infelizmente, o tema adoção ainda não faz parte dos temas mais discutidos entre os de amigos. E sabe  por que eu falo que infelizmente? Porque há grande necessidade de discutir este assunto, e quem sabe um pouco sobre adoção concorda com essa minha linha de raciocínio.
 
Dados deste ano mostram que a quantidade de pais inscritos no país para o processo de adoção é maior que a quantidade de crianças e adolescentes aptos para a mesma. Aproximadamente 28000 inscritos, em torno de 5300 crianças e adolescentes aptos, sendo que existem aproximadamente 40 mil crianças. O que explica esses dados? O perfil preferido na adoção que é até os 3 anos de idade. E aí até mesmo aqueles inscritos que querem adotar alguma criança com mais de 4 anos, um adolescente ou jovem tem de ficar na fila de espera. Outro fator que atrapalha o processo de adoção, é a burocracia! Penso que deveria ser mais fácil.


 Bom, mas vamos ao principal motivo de eu ter chegado até este blog: Sou filha adotiva!

 
Fui adotada aos 10 meses de vida, e o processo durou aproximadamente 2 anos até que minha mãe tivesse os documentos em mãos, tudo legalizado. Não estive em abrigo, dos braços de minha mãe biológica, já passei aos braços daquela que me deu todo amor, carinho e educação, a quem devo minha vida. Desde sempre sei de parte do que aconteceu.
 
Hoje, tenho contato com minha mãe biológica, e sim, você pode achar estranho, mas eu A AMO! Acredito piamente nos planos de um Ser Supremo, nos planos Daquele que rege o universo e nossas vidas. Sei conviver com isso tranquilamente. Hoje tenho 20 anos, já fui casada e sou mãe, mesmo que meu filho tenha ficado pouco tempo comigo (partiu para o céu aos 3 meses de vida).
 
Gerar um filho é um sentimento sem explicação e acredito que adotar é sim gerar um filho!
 
Para alguns, a gestação dura meses, outros dura anos! Mas é sim um período em que você se prepara e que ama um ser, sem mesmo tê-lo conhecido.

Por fim, quero aqui dizer que a adoção, é um dos mais lindos manifestos de amor na sociedade. Não faça por dó, por pena... faça-o por e com amor!!

 Obrigada pelo convite Renata! Sinto-me privilegiada por poder contribuir um pouquinho com seu espaço! Beijo no teu coração!"
 
Obrigada você Sheronh!!! Eu que me senti privilegiada com este texto que em tão poucas palavras explana sobre o ponto de vista da maternagem de inúmeros ângulos... pena que as pessoas continuam achando que a possibilidade de ser MÃE existe de uma única maneira.

* Sheronh Keily Pereira, tem 20 anos, mãe de um anjinho (Nícolas) que aos três meses de vida, deixou essa terra para habitar nas alturas junto com nosso Pai. Divorciada, foi casada durante 3 anos e a separação se deu no período que o filho estava hospitalizado. Atualmente trabalha na prefeitura de seu município, onde está envolvida nas causas sociais do município. É apaixonada por leitura e pela vida.Cristã, vive com fé, é ela que a fortalece sempre.



segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Não Deixe Seu Filho Pagar Mico

Escrito por Juliana Palombo
Postado por Renata Palombo

Hoje o texto é da nossa colaboradora Juliana Palombo.
"O que vou escrever hoje é de extrema importância para mães cujos filhos ainda usam fraldas. Ou melhor dizendo, mães gripadas de filhos que ainda usam fraldas.
Ocorre que em dez meses meu marido e eu batemos no peito por nosso filho nunca ter adoecido. Mas um dia chegaria e cá estamos nós cuidando pra que nosso pequeno de dez meses se cure logo. Resolveu pegar sua primeira gripe, sua primeira inflamação de ouvido, sua primeira assadura, consequentemente quatro noites em claro e logo de uma única vez.
Com tudo isso a imunidade da mamãe aqui foi no pé e também estou bem gripada. Dessa gripe o que está mais me matando é esse nariz buito, bas buitoooo entubido.
Com ele já melhorzinho resolvi sair da clausura e descer um pouco no térreo para me distrair e ele brincar um pouco. Escolhi um horário que meu prédio estava bombando, crianças de todas as idades... Muitos bebês engatinhando pra lá e pra cá, uma grande festa.
Com isso babás, avós, mães e demais cuidadores aproveitam para papear, fofocar, reclamar e entre os tópicos abordados eis que uma diz:
- Hummmm, acho que meu bebê fez o número dois.
Cheira ele e diz bem orgulhosa:
- Ahhh não é ele não! Tá limpinho!
Depois de cinco fazerem a mesma coisa, foi minha vez e cheirei, cheirei e disse:
- Tambem não é ele.
Percebi que se olharam, mas o papo estava bom demais que relevaram o cheiro.  Afinal estavamos na parte: reclamando das “patroas”. Nunca que um cheirinho bem desagradável interromperia tal desabafo. Inclusive nessa hora, eu só ouvia... porque as patroas no caso eram as mães. Avós e babás tem quentíssimas pra contar, só fiquei na escuta.
Quando subi para dar o jantar, fui trocá-lo como de costume, e pasmem. Tinha mais cocô na fralda do que um dia normal.
Mais um aprendizado... Mãe gripada e com nariz entupido deve ficar dez vezes mais atenta para que seu pequeno não pague mico e nem você ganhe a fama de mãe descuidada. Ou seja, subi e deixei pra elas mais uma pauta sobre as mães. Certeza que falaram:
- Nossa essas mães não cuidam direito dos filhos, seria muito melhor que contratassem uma babá ou deixassem com uma das avós ... (rrsrsrsrsrsrrs)
Bom, fiz minha parte para as mamães constipadas!
#ficaadica"

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O "Mito do Igual"

Escrito e Postado por Renata Palombo


O que é o "mito do igual"? É quando as pessoas acreditam no mito de que todo mundo é igual e como consequência desta crença acabam não sabendo lidar com aquilo que é "diferente".

A adoção é vista como uma forma muito diferente de maternagem e filiação e pra quem convive com isso sabe quantas vezes somos obrigados a ouvir comentários preconceituosos e de diferenciação. Como se fôssemos menos ou mais, como se fôssemos algo estranho, como se fôssemos um estilo de vida super alternativo.

A verdade é que as pessoas (e eu me incluo nisso) falam coisas irreais e sem sentido porque não sabem lidar com a diferença. O que as pessoas (e me incluo aqui de novo) não se dão conta é que o "igual" é apenas um MITO. Quando, por exemplo, falamos em maternagem e filiação eu queria saber o que é igual? Vocês conhecem alguma história de maternagem igual a outra? Uma mãe igual a outra? Um filho igual ao outro? Estou usando aqui a palavra "Igual" como sinônimo de "idêntico, que não varia".

Pior ainda é que baseamos a crença do "igual", no "mito do ideal". Qual é o ideal de mãe? Criamos um ideal e aí cremos piamente que este ideal é o igual e quem não vive este ideal é diferente. Por que cremos nisso?

Eu conheço muitas mães e cada uma delas tem uma história diferente. Eu conheço mães casadas que planejaram seus filhos, mas conheço mães casadas que não planejaram... assim como também conheço mães solteiras que planejaram e solteiras que não planejaram. Eu conheço mães que vivem com um homem que não é o pai dos filhos dela e conheço mulheres que assumiram as maternagem dos filhos do marido. Conheço mães-avós, mães-tias, mães-irmãs. Conheço mães que tentaram abortar e mães que engravidaram de uma aventura. Conheço mães que esperaram 15 anos para ter um filho e conheço mães que nem esperaram. Mães que enganaram o marido para conseguir ter um filho. Mães que engravidaram de marido vasectomizado, mães que tiveram que fazer teste de D.N.A. para comprovar a paternidade, mães que não fizeram pré natal, que ficaram doentes durante a gravidez, mães que fertilizaram o filho in vitro e mães que fertilizaram o filho no coração. Mães que adotaram bebês, que adotaram crianças grandes, que adotaram grupo de irmãos e que adotaram de "cor de pele" diferente da sua. Conheço quem adotou para "tampar um buraco" na vida e quem adotou apenas porque queria ser mãe. Conheço filhos que nasceram de parto normal, de parto cesárea e de fórceps. Conheço mãe de gêmeos e acreditem se quiser conheço até uma mãe de trigêmeos. Conheço mães homossexuais. Eu conheço mães que sentem medo, culpa, raiva, dúvida, amor, alegria, esperança... e conheço as que sente tudo isso misturado e mais um pouco. Conheço mães que queriam menina e tiveram menino e vice-verso. Conheço mães de filhos deficientes fisicos, intelectuais e até deficientes de espírito. Conheço mães religiosas, "porra loucas" e até tradicionais. Mães que trabalham fora, que trabalham dentro e que trabalham em todos os lugares. Conheço mães que tem facebook, que nunca ligaram um computador, que fazem terapia, que dirigem, que andam a pé, que fumam, que bebem, que usam drogas, que não comem carne e nem açúcar e que fazem acadêmia. Conheço mães que querem que o filho seja médico, outra que quer que seja pastor, outra que quer que seja futebolistas e outras e outras e outras...

Imagino que você que me lê também conhece pelo menos uma de cada uma destas mães (talvez uma ou outra não), então, por favor, me diga onde está o "igual", o "idêntico"? Porque ainda assim achamos que todo mundo é igual a mãe ideal? Qual destas citadas aí em cima é a ideal? Porque as pessoas se espantam tanto com quem é mãe por adoção como se hovesse apenas uma ou duas variações de mães? Só agora, rapidamente, consegui me lembrar e citar cerca de 50 variações para mãe, fora as que eu nem me lembrei.

Será que quando eu aponto o diferente significa que todo o resto é igual a mim?

Acho que antes de ficarmos espantados ou curiosos com algum tipo de maternidade diferente da "ideal" deveríamos lembrar que o ideal não existe e muito menos o igual.
O "igual" certamente é um mito!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Espelho Mágico ou Gênio da Lâmpada?

Escrito por Juliana Palombo
Postado por Renata Palombo


Mais um texto de Juliana Palombo:
"Como uma mãe de carteirinha a comparação é algo inerente. Na TPM então, isso se potencializa e as buscas por modelos de mães se tornam inesgotáveis.  Modelos que em dias normais servem de referência e aprendizado, mas que na TPM servem para nos destruirmos enquanto pessoa.
E óbvio que estou escrevendo esse texto no auge da TPM e buscando alguns modelos de mães pra me comparar e poder olhar no espelho e perguntar:
- Espelho, espelho meu? Existe mãe pior do que eu?
E pra ajudar, quero me comparar com elas. As tops, as pop´s, as divinas: Cláudia Leitte, Adriana Esteves (atualmente mais conhecida como Carminha) e  Angélica. Porque estas? Porque ouvi relatos do dia a dia delas essa semana que me chamaram muita atenção. Parece que pra elas, é muito fácil exercer o papel de mãe.
Você já se pegou se comparando com mães da mídia? Mães artistas? Ou isso é coisa minha? Não que eu não seja uma mãe artista, porque o que faço é de se aplaudir também, mas é que as mães da mídia me intrigam muito.
Vamos começar com Cláudia Leitte: como ela consegue parir em um dia e ter uma barriga tanquinho no outro? Como ela consegue pular igual uma macaca um mês depois que chegou seu segundo filho? Ela não teve noites em claro? Ela não se alimentou mal? Ela não amamentou?
Adriana Esteves: como ela consegue gerenciar seus três filhos trabalhando fulltime em novela? Em sete meses de gravação nenhum filho dela adoeceu? Não precisou passar uma noite em claro? Como assim ela ainda tem um personal trainner?
Angélica: como assim ela já está de visual novo? A Eva só tem um mês! Como assim o bolo de mesversário da filha dela parece ter sido mais caro que a festa toda de um ano que estou preparando pro meu filho? O Joaquim e o Benício não entraram em crise? Não têm ciúmes? Não regridem fazendo xixi na cama? Não enlouquecem Angélica e Luciano Hulk?
Não tenho exatamente todas as respostas, porém ouvindo as conclusões das entrevistas, ficou claro que o dia a dia delas é bem mais fácil, contudo os sentimentos não diferem do mundo real. Elas também têm culpas, dilemas, dúvidas e pesares. Ufa!!! Estava me achando anormal. Na verdade não sou anormal, só não sou tão bem financeiramente quanto elas (rsrsrssr).
Claudia Leitte fez exercícios com personal durante toda a gestação, tem nutricionista particular que a acompanha, uma babá para cada filho em período integral, cozinheira, secretárias do lar, motorista todos a seu dispor.
Carminha, quer dizer, Adriana Esteves (Até porque Carminha foi uma péssima referência de mãe) agradeceu este domingo no Faustão pela EQUIPE que cuida dos filhos dela. Oi? Oi? Oi? Oi? Equipe? Sim é isso mesmo! Tem babás, enfermeiros, ajudadores e etc etc etc.
E Angélica, recentemente mudou para um apartamento de 47 milhões... Nem preciso dizer que a equipe dela é bem maior que da Esteves....
Então porque estou me comparando? Aaahhh, só pelo prazer macabro da TPM...
Brincadeiras a parte, eu me comparei com elas pra parar pra pensar que não devemos nos comparar. Porque quem compara pára. Cada mãe tem sua realidade e isso não reflete na qualidade de mãe que você é. O luxo lhes confere conforto, mas não título de maior competência ou de melhores mães do ano. Isso independe do fator dinheiro. Isso depende da sua disposição de doar-se e de seguir adiante com tudo que compete a MATERNAGEM. Afinal, esse conceito não se desenvolve a base de barriga tanque, visual novo ou a ausência de olheiras.
Enfim, foi só um desabafo para você que às vezes fica se comparando com tipos de mães e perdendo tempo, deixando de ouvir a resposta do espelho:
- Não existe mãe pior que você, existe outros tipos de mães, que tem outros tipos de filho, que tem outra realidade e que tem outros objetivos.
Obrigada espelho querido por me fazer enxergar que sou o tipo de mãe única que sou. Sem barriga tanque, com olheiras, que faz mil coisas e que dentro das minhas condições tenho uma equipe mais que suficiente: Deus e minha família. Para eles sou uma artista de troféu imprensa!
Mesmo confortada com a resposta do Espelho Mágico, não me importaria se encontrasse o gênio da lâmpada pra fazer três  pedidos. Mas que revelo em outro post, antes que esse termine contraditório... rsrsrsrsrsr"

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Preocupações de Mãe

Escrito e Postado por Renata Palombo

Fonte:http://www.sxc.hu

Hoje eu conversei com uma mãe que queixava-se das preocupações que os filhos lhe davam.

Eu também me queixo das preocupações que meus filhos me dão. E que mãe não se queixa, não é??? Mães de 14 / 15 anos se queixam, mães de 80 / 90 anos se queixam...

Mas esta mãe que eu conversei queixava-se de um jeito diferente. Não era apenas um desabafo como a maioria de nós fazemos, era uma queixa na tentativa de transferir responsabilidades. Era como se ela não tivesse nada a ver com aquilo e a vida estivesse sendo muito injusta com ela preocupando-a de coisas que não lhe cabiam. Ela queria que as crianças assumissem as responsabilidades pela própria vida e não lhe importunassem mais com travessuras, doenças e desobediências. Ela queria que o "estado" desse um jeito em seus 5 filhos para que ela não se ocupasse mais deles.

- Peraí! - Eu disse pra ela. - Você acredita realmente que um dia você vai livrar-se destas preocupações? Talvez você não saiba mas preocupações de mãe é para toda a vida!!!

Ela ficou me olhando, talvez refletindo na minha afirmação e se limitou a responder apenas "Eu estou cansada".

Então quem a ficou olhando fui eu. Um olhar de pura cumplicidade!

Eu a compreendo! E muito! Eu também me canso! E muito! Mas a questão é que cansadas ou não nunca poderemos deixar de nos preocupar com nossos filhos... O dia que não nos preocuparmos mais, significa que desisitimos deles. 

Se você se tornar alheia às desobediências, travessuras, malcriações, significa que você não se importa mais com eles. Se não se preocupar mais com o futuro de seus filhos significa que não investirá mais nada neles, nem amor e menos ainda boas expectativas. Se você  deixar de pensar em sua saúde, doença, alimentação, higiene talvez chegará até a perdê-los para a morte e nem poderá colocar a culpa na "fatalidade".

Preocupar-se é responsabilizar-se por aqueles que você decidiu incluir na sua vida!!! Filhos são escolhas e se você optou por eles precisa entender que não poderá transferir esta responsabilidade para mais ninguém. Pra mim quem transfere para terceiros a responsabilidade de preocupar-se pelos seus próprios filhos é porque nunca tornou-se mãe de fato!

É impossível ser mãe e não preocupar-se com um filho!

Por tanto se você é verdadeiramente MÃE, certamente em algum momento estará cansada de tantas preocupações. Talvez esse seja o momento de parar tudo, procurar uma outra verdadeiramente MÃE e esvaziar-se dizendo para ela o quanto se sente cansada em preocupar-se. Certamente encontrará cumplicidade! Certamente se sentirá fortalecida para continuar se preocupando.

Saiba que o "Descobrindo a Maternagem" também pode ser um espaço onde esvaziar-se e encontrar cumplicidade. As mães que fazem este blog também se cansam e também procuram dividir isso com outras mães. Sinta-se a vontade, porque este espaço é pra você. Entre em contato conosco ou se preferir deixe um comentário no final do post. Saiba que sua experiência também nos abastece e nos fortalece.

Tenham um bom dia e boas preocupações!!!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Porque eu o amo tanto?

Postado por Renata Palombo
Escrito por Juliana Palombo
Se você tem acompanhado nosso blog, já deve ter lido alguns textos de Juliana Palombo. Tenho certeza que vai gostar de ler mais este.
"Hoje acordei me perguntando porque eu amava meu filho. Você sabe porque você ama o seu?
Bom, no meu caso, enquanto eu o olhava e buscava dentro de mim respostas, cheguei a várias para justificar esse sentimento, e ao final, quando pareciam que os motivos não teriam fim, me dei conta de que em nenhum momento eu pensei que o amasse tanto por ter saído de dentro de mim.

Óbvio que essa resposta não estaria em mim, pois isso é o que menos importa para a construção da nossa relação. Construção diária. E claro, que muito me chateia ainda ver ou ouvir pessoas que acreditam que o amor só pode ser verdadeiro se o modelo de família for aquele de novelas, onde o casal jovem e feliz planeja detalhadamente o nascimento do filho e ele chega lindo e saudável sem dar o menor trabalho. Ahhh, doce ilusão né? Afinal condicionar o amor por um filho ao protocolo de gerar é como se relacionasse esse amor com uma obrigação. Ou seja, devo amá-lo porque saiu de dentro de mim. E que pais reais, vivem essa realidade? Tirando os contos de fadas e as novelas das seis, eu não conheço nenhuma.

Decidi então dividir o que tem me feito amar tanto meu filho e acho que encontrarei muitas adeptas...

Eu o amo por que ele aprende todos os dias algo comigo e eu com ele;

Eu o amo por que seu sorriso me acalma e seu choro me faz a pessoa mais importante desse mundo, pois só de vir para o meu colo ele se aconchega e se tranquiliza;

Eu o amo porque ele deu um outro sentido a minha vida e me faz ser cada dia melhor para que eu de sentido na vida dele;

Eu o amo porque ele me deu mais vontade de viver e de não desistir, porque quero ser pra ele eterna e cuidar até que seja bem velhinho, ainda q eu saiba que nao dá para mãe e filho serem velhinhos juntos... (que desespero);

Eu o amo porque estou lhe passando meus valores e logo colheremos juntos os frutos;

Eu o amo e estou construindo esse amor dia a dia porque se lá na frente ele não aceitar esse amor, ainda assim quero ama-lo por nós dois;

Eu o amo porque muitas vezes através dele eu vivencio milagres;

Eu o amo porque preciso nutrir a nossa relação, para que esse amor não acabe nunca;

Eu o amo por estas e por tantas outras coisas.... E nada disso tem a ver com o fato dele ter nascido de parto cesárea. Até porque se tivesse a ver com partos, eu não o amaria, afinal fiz de tudo para ter tido parto normal, e ele veio diferente dos planos, diferente do proposto e nem por isso eu passei a amá lo mais ou menos.

Penso que assim também é com os filhos que "nascem" por adoção. Inclusive, meu marido e eu temos a idéia de mais um ou dois filhos e tentaremos o "parto" da adoção, nesse tipo de parto os filhos são gerados, esperados e quando chegam entrando pela porta da nova casa deles, dão o "start" para o novo ciclo, onde todo aprendizado será motivo para que cresça entre pais e filhos O AMOR.

Amor chamado de incondicional."

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Ingratidão

Postado e Escrito por Renata Palombo
Fonte: www.scx.hu

Hoje na hora do almoço, lá no meu trabalho, o assunto era a malcriação dos filhos. No meio da conversa uma senhora viúva, sem filhos e com aproximadamente 60 anos falou a seguinte frase:

- Quando eu retirei meu útero devido a uma doença, muitas pessoas me perguntavam porque eu não adotava uma criança. Eu não! Ainda bem que não adotei. Já pensou eu pegar filho dos outros pra criar e depois ainda ter que ouvir "você não manda em mim porque você não é minha mãe"? Deus me livre!

Na hora que ouvi isso, eu fiquei com muita vontade de responder algo. Acho que eu queria convencê-la de que a adoção poderia ter sido legal pra ela e que é bom sim ter filhos, mas acabei não falando nada porque achei que não valia a pena entrar nesse mérito da discussão. Ainda bem que eu não respondi nada mesmo, porque depois, pensando bem no assunto eu acabei dando razão pra ela.

Ela está certíssima!!! Se ela se sente incapaz de lidar com a ingratidão de um filho, fez muito bem em não tê-los. Sim! Porque filhos são naturalmente ingratos! E infelizmente tem um monte de gente por aí sem nenhum recurso interno para lidar com a ingratidão dos filhos que insiste em tê-los. E pior, não é pela adoção não! É pela geração de uma nova vida literalmente. Alguns fazem isso  por motivações egoístas e outros meramente para responder a uma demanda social que cobra que "todo mundo" deve ter filhos.

Os filhos por adoção falam mesmo frases como: "você não manda em mim porque você não é minha mãe" e alguns ainda falam: "era melhor ter ficado no abrigo", "eu preferia ter sido adotado por outra família", "minha mãe verdadeira era melhor do que você" (mães por adoção sabem do que eu estou falando). Estes filhos falam estas frases simplesmente porque estas são as armas que eles têm para nos atingir, nos afetar, demonstrar insatisfação...

Os filhos biológico não podem usar estas armas, então acabam usando outras tão eficazes quanto para afetar os pais. Filhos biológico dizem coisas como "eu não pedi pra nascer", "você não manda em mim porque você me colocou no mundo porque você quis", "prefiro minha avó do que você", "preferia ser fiho da mãe da fulana" (mães biológicas sabem do que estou falando).

O fato é: cada um usa a arma que tem para demonstrar ingratidão!!!

Do jeito que eu estou escrevendo até parece que pra mim é muito natural lidar com esta situação. Mas não é não! É óbvio que eu espero gratidão dos meus filhos e eu odeio ouvir estas frases. Mas o que eu quero concluir aqui não é se ouvir estas falas é bom ou ruim, quero concluir usando a conclusão da sábia senhora do inicio do texto que soube reconhecer suas limitações e não colocou ninguém no mundo para depositar suas frustrações:

"Não tenha filhos se você não tiver recursos e disponibilidade interna para aceitar a ingratidão deles"

Se eu tenho recursos internos para lidar com a ingratidão dos meus filhos? Sinceramente acho que não... mas eu tenho disponibilidade interna para conquistar isso e é o que eu tenho feito diariamente. Diariamente busco alternativas de me reconstruir e me (re) descobrir enquanto mãe, a fim de superar minhas limitações e ser cada dia melhor. As vezes eu consigo, as vezes não!

E você? Tem recursos internos para lidar com a ingratidão de um filho? 

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