segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Preparando os filhos para a Vida

Escrito por Michelle Silva
Postado por Renata Palombo
Fonte: Arquivo Pessoal
 
A convidada de hoje para dividir conosco suas descobertas com a maternagem é Michelle Silva... Um texto reflexivo e cheio de otimismo... Vale a pena ler e compartilhar!!!
 
"Desde os primórdios até os dias de hoje, toda mãe tem o papel de criar, educar e preparar seu (s) filho (s) para a vida. Entretanto com o passar do tempo, com todas as conquistas que obtivemos junto às lutas pela igualdade entre os sexos, o grau de dificuldade desta tarefa tem aumentado cada vez mais.
 
Nossas avós pertenceram à época em que ter vários filhos era comum, hoje em dia é praticamente uma missão impossível, a menos que se tenha recursos para manter um exército sempre atento aos pimpolhos, não que nossas avós não tivessem afazeres, mas hoje o tempo que nos resta livre é bem menor. 
 
É complicado ter que ser uma profissional exemplar, uma amiga exemplar, uma mulher exemplar, uma filha exemplar, uma estudante exemplar, uma dona de casa exemplar, uma companheira exemplar, dentre muitos outros papéis assumidos pelas mulheres hoje em dia e ainda desempenhar o papel de uma mãe exemplar. 
 
Depois de um dia exaustivo que parece acabar com todas as nossas energias, tudo muda ao receber um doce sorriso, um abraço, ouvir um “mãe eu te amo” da pessoa que mais trouxe sentido a sua vida! 
 
Temos muito a ensinar a eles... ensinar valores que os tornem pessoas de bem neste mundo tão carente disso, ensinar que devem cuidar das suas coisas e desde já do planeta, ensinar a dar mais valor as pessoas do que as coisas, ensinar a respeitar o próximo, ensinar a respeitar os sentimentos dos outros, ensinar a respeitar as diferenças, são tantas coisas que temos a ensinar... mas acima de tudo temos muito a aprender com eles, começamos aprendendo a melhor forma de ensinar... 
 
Em um mundo onde a grande maioria das pessoas são vistas como meros objetos para observação, a coisificação do corpo, o valor dado mais a marcas do que a valores, modas que levam cada vez mais à futilidade, ao vazio dentro de si.
 
Aí é que está o nosso grande desafio mães de hoje! Levar afeto, mas sem deixar que falte o respeito, manter a casa, mas sem deixar que se percam os valores de um lar, impor limites, mas sem deixar que se criem muros, ensinar a viver em um mundo onde há muita coisa errada, mas sem deixar que eles se percam nestes erros, dizer não, mesmo se sentindo culpada por estar ausente, amar incondicionalmente mesmo durante um desentendimento... E no fim dessa árdua, mas gratificante jornada ver que eles irão crescer que seguirão seus caminhos e que serão pessoas de bem e do bem, que nos encherão de orgulho e nos mostrarão que valeu a pena cada instante, cada lágrima, cada sorriso, cada palavra e cada gesto! 
 
Filhos são uma preocupação para toda a vida, cada fase uma preocupação diferente, mas nunca deixarão de ser uma fonte de alegria incontestável e inesgotável! Então façamos como nossos pais, nos preocupemos agora, fiquemos de cabelos em pé agora e quando chegar a vez deles de se tornarem pais, que fiquem com todas as preocupações, responsabilidades e aprendizados, enquanto poderemos desfrutar de nossos netos da forma mais divertida possível, afinal é isso que fazem as avós."

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

"Você é Louca?"

Escrito por Maíra Beníguino
Postado por Renata Palombo 
 
 
As vezes chego a pensar que mãe é sinônimo de "louca" porque a gente ouve tanto essa pergunta ("Você é louca?") por aí, não é??? Perguntam isso para quem quer ser mãe por adoção, perguntam isso para quem vai ser mãe do terceiro filho, perguntam isso para quem deseja uma maternidade independente, perguntam isso para quem é mãe jovem de mais...
Se ser mãe é sinônimo de ser "louca" ou não, eu não sei... eu sei que concordo plenamente com nossa convidada de hoje e acho que independente das circunstancias em que nossos filhos nos chegam, quando aceitamos e assumimos de fato a maternagem, ficamos é "loucas" de amor por eles...
Hoje, Maíra Beníguino, nos conta sua experiência e trajetória de se descobrir "louca" de amor por sua filha... Acompanhem:
 
“você é louca”, “isso foi um erro”, “deveria ter se cuidado mais” .
Essas são algumas das frases que eu escuto desde quando decidi contar para o mundo, sobre a minha gravidez. Sou a Maíra, tenho 18 anos, e sou mãe da princesa mais linda de todas, Valentina.
Eu e meu namorado, Lucas Zanini, começamos a desconfiar da minha gravidez, em maio de 2012, e então decidimos fazer o teste. Foram os 5 minutos mais agoniantes e demorados da minha vida, até quando vimos o resultado, e deu o que eu mais temia: POSITIVO. Não tive reações, não chorei, não sorri, não disse nada, apenas não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo. Então fiz mais 2 testes, e um exame médico para poder acreditar de vez. Nunca havia sentido tanto medo, nunca tinha me sentido tão sozinha e perdida em minha vida, não sabia como encarar aquilo, contar para as pessoas, se quer para a minha família.
Depois de 2 meses, consegui contar, resolvi aceitar, até porque não tinha mais como esconder. Os primeiros 3 meses foram os mais difíceis, eu só chorava e pensava no que eu ia perder, pois ainda não tinha pensado no que eu ia ganhar, nem tinha como saber que enfim, o amor chegaria até mim, de uma forma que eu ainda não sei explicar. Eu temia muito a reação da minha família, dos meus pais, achando que eles não fossem aceitar, fossem me julgar, e então eu percebi que não estava com a imagem certa sobre eles. Eles me deram tudo que eu precisava no momento, o amor, o conselho, a segurança e o apoio para conseguir encarar de vez, a responsabilidade que me esperava, depois disso, começaram a viver o momento mais precioso da vida de uma mulher, o momento mais deslumbrante, a gravidez. 
 A noticia teve uma repercussão imediata, todos vindo falar comigo ao mesmo tempo, os mais importantes estavam lá, me apoiando, me dando ainda mais coragem de seguir em frente a minha nova vida.
Muitos me julgaram, me olhavam estranho, diziam coisas ruins, ainda mais depois que meu namorado veio morar comigo. Eu não nego que tudo foi muito cedo, que eu realmente poderia ter me cuidado mais, que eu pulei uma parte da minha vida, mas para algumas pessoas, isso é inaceitável, elas só se esquecem de que eu aceitei, e não me arrependo em momento algum.
No dia 3 de novembro de 2012, eu tive a certeza de que então, minha vida jamais seria a mesma, ela ganhou um novo sentido, uma nova razão. Ao ver o rostinho da minha pequena pela primeira vez, um novo sentimento surgiu em mim, algo que eu jamais havia sentido na vida, e posso afirmar que é o melhor sentimento do mundo. A partir daquele momento, eu jurei pra mim mesma que não ia falhar com ela, não ia deixa-la sozinha nunca, que ia cuidar dela até o final.
Hoje estou vivendo pra ela, deixei minhas noites de sexta e sábado, deixei meus sonos da tarde, deixei de acordar meio dia, minhas madrugadas não são como antes, e mesmo assim, AMO a vida que tenho, AMO ser mãe. Não é nada como antes, é tudo melhor, hoje ela tem 9 meses, e foram os melhores da minha vida.
E para todos que julgam, acham que minha vida acabou, fazem um pensamento completamente errado, vou continuar minha vida, vivendo minha juventude, estudando, trabalhando, saindo com meus amigos, apenas com uma cabeça diferente das pessoas da minha idade, com responsabilidade.
Ser mãe é uma dádiva que pessoas privilegiadas podem ter o prazer de viver. Só tenho que agradecer pela minha família, a família do Lucas (em especial a minha sogra, Ilca), meus amigos, e principalmente, o pai da Valentina, por ser o melhor, por me fazer tão feliz e me apoiar tanto! E dizer muito obrigada a Deus por ter colocado minha filha no meu caminho, e agradecer por ela ser tão amada, tão abençoada.
E então respondo as perguntas que me fazem... Eu sou louca sim, pela minha filha, pela minha vida.
E se ela foi um erro, então foi o melhor erro de todos...

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Como Fui Escolhida - Uma História de Adoção Tardia

Escrito por Romilda Alessandra P. Trindade
Postado por Renata Palombo
                                  
Fonte: Arquivo Pessoal
 
Hoje quem conta sua história pra gente é a Rô... Uma pessoa muito, muito especial para mim por "n" motivos, dentre eles o fato de que sua presença na minha família e na minha vida legitima a certeza de que eu fiz a melhor escolha, a escolha do amor... Me emocionei ao ler seu relato!!! Obrigada Rô, por compartilhar sua história com o "Descobrindo a Maternagem". Tenho certeza que nossos leitores vão se emocionar também e gostar muito de conhecer um pouco de você...

 
"Em minha história de vida existiram muitas perdas e começaram precocemente, porém contribuíram para minha formação e fortalecimento.
 
Nasci na cidade de Cachoeirinha/RS, aos meus dois anos de vida meu pai biológico faleceu. Tenho poucas lembranças dele, mas uma vívida em minha mente é de cavalgarmos, ele me segurava de forma muito afetiva e protetora.
 
 
Já minha mãe biológica faleceu na minha presença, quando eu tinha apenas sete anos de idade. A partir deste dia minha vida mudou, pois minha irmã mais velha e eu fomos morar em outra cidade com um casal de conhecidos.
 
 
Porém, mesmo antes de eu nascer, Deus já tinha tudo planejado... recém-casada, "minha irmã do coração”, foi viver em uma cidade próxima àquela na qual eu estava. Seu esposo acabou conhecendo minha história e dividiu com ela, que por sua vez ligou para São Paulo e contou à mãe. Minha, então futura, mãe estava triste, pois já que sua filha primogênita acabara de se casar e mudara para o Rio Grade do Sul. Ouviu a história atentamente e, segundo ela, bastante comovida fez apenas uma pergunta: “Ela não tem mais ninguém? Se não tiver e ela quiser vou buscá-la”.
 
Minha futura irmã então me contou de São Paulo e perguntou se gostaria de “ter uma nova família”. Confesso que fiquei dividida, ora era uma oportunidade incrível, mas eu não queria ficar longe de minha irmã biológica. Conversei com ela que me convenceu das vantagens de ter uma nova família, e foi assim que eu aceitei... mesmo com medo.
 
 
Logo, minha nova mãe foi me conhecer e me buscar. Podemos dizer que foi “amor à primeira vista”, aquele olhar meigo e terno e o sorriso dócil me cativaram.
 
 
Chegando a São Paulo conheci meu novo pai e meu novo irmão, os quais estavam ansiosamente me aguardando. Eu estava com medo e tímida, mas todos foram muito compreensivos. Eu tinha apenas oito anos quando “nasci” nesta nova família.

Fomos ao juizado; entrevista com assistente social, entrevista com psicóloga, entrevista com juiz... todos preocupados com meu bem estar e se realmente era isto que eu queria. Naturalmente, eu não tinha dúvidas que esta nova família me amava.

Um ano depois de meu “nascimento”, minha “certidão” estava pronta. Era oficial!

Não vou dizer que foi fácil, pois toda a adaptação leva tempo e é complicada. Adaptar é harmonizar, acomodar, adequar sentimentos, a vida.

Não consigo imaginar como seria minha vida se meus pais não tivessem me adotado, se eles não tivessem decidido investir nesta relação, por medo e insegurança, como muitos fazem. “Adotar? Pode dar problema!” “Não conheço a família.” “E a genética?”

Meus pais não pensaram nisso. Apenas agiram com o coração, com o amor! Como minha mãe me falava: era seu desejo ter três filhos, desde solteira. Me contava que, após ter meus irmãos, sonhava com uma terceira criança, mas não conseguia ver o rosto. Depois que “eu nasci” na família, ela teve certeza que eu era a criança dos seus sonhos.

Sempre fui muito companheira de meus pais, minha mãe era minha confidente, amiga, conselheira. Meu pai ciumento, protetor e dedicado. Meus grandes exemplos.

Hoje já não tenho meus "pais do coração comigo", mas sempre me senti muito especial, amada por eles me deram tudo o que sempre precisei. Estudo, amor, um lar... o mais precioso que eu podia receber: a estrutura de um lar onde eu era amada e onde eu amava! Nunca me vi como uma filha adotiva, mas como uma filha biológica! Ora fui tão amada e desejada, como poderia ser diferente? Meus pais poderiam não ter me escolhido, mas o fizeram; e mesmo antes de me conhecer. Sou muito privilegiada!

Foi nesse lar que eu aprendi mais e desenvolvi grande relação com o Criador do Universo. Foi nesse lar onde eu recebi a base de uma família para hoje ser mulher sábia em meu lar. Foi nesse lar que eu recebi a chance de me tornar quem sou hoje. Já que eu poderia ser mais uma criança sem ‘eira nem beira’ como tantas outras por aí.
 
 
Deus me deu uma chance, meus amados pais aceitaram a chance de serem instrumentos nas mãos d´Aquele que já tinha o propósito de minha vida. Hoje eu sou extremamente feliz em meu lar, sou psicólogo graças a formação que meus amados pais me proporcionaram e sou esposa graças aos incansáveis esforços deles em me ensinarem tantos dos valores que carrego hoje. Sou feliz porque tenho um Pai no céu que não me desampara e que jamais me desamparou! Almejo, com toda minha alma, reencontrar meus pais num futuro não tão distante..."


Romilda Alessandra Pedromo Trindade, 32 anos, casada. Psicóloga. E-mail:romipedromo@gmail.com

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Agradecendo aos Papais

Escrito por Renata Palombo
Postado por Renata Palombo
 
No início de Agosto, em comemoração ao mês dos pais, lancei um convite a alguns amigos e familiares para escreverem sobre suas Descobertas enquanto pais. Confesso que não criei muitas expectativas porque homens costumam ter um pouquinho mais de dificuldade de se expressarem, ne??? Mas fiquei muito feliz por ter sido agraciada por lindos textos e visões paternas sobre a filiação.
 
A objetividade dos homens me encanta, a forma simples como veem as coisas parece fazer tudo se tornar mais fácil.
 
Minha opinião é que estes homens deveriam expor suas visões e ideias mais vezes!!! (rsrsrsrsrs)
 
Quero agradecer aos que responderam e aceitaram meu convite.
 
Meu muito obrigada "papais" por terem enriquecido ainda mais o meu Blog!!!!
 
Para quem perdeu algum texto basta clicar no link abaixo para lê-los... Se você já leu, vale a pena ler de novo...




"Descobrindo a Paternagem" por Nelson Palombo






"Descobrindo a Paternagem" por Alex Trindade








"Descobrindo a Paternagem" por Pedro Rocha








"Descobrindo a Paternagem" por Fabio Martins


 
 
 
 

"Descobrindo a Paternagem" por Fernando Belem
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