terça-feira, 26 de março de 2013

Descobrindo a Maternagem em um Curso de Doulas

Escrito e Postado por Renata Palombo



Ontem eu comecei a fazer um curso de Doulas! Um curso que eu já sonhava fazer há muito tempo, mas que por algum motivo desses da vida onde "tudo tem a hora certa pra acontecer", só consegui fazê-lo agora.
Decidi registrar aqui minhas impressões do primeiro dia de curso, pois foi um dia marcante pra mim!
Fui atrás do curso pensando em mais uma possibilidade de atuação profissional, mas encontrei lá muito mais do que isso. Encontrei coisas que sei que faltam em mim, mas que em nenhum momento foi a minha intenção ir lá atrás delas, como por exemplo intuição e serenidade. Intuição para acreditar mais no que sinto e serenidade para compreender que tudo na vida tem seu tempo (inclusive o trabalho de parto).
Consegui pensar na força do meu útero não como algo que me destrói como muitas vezes eu pensei, mas como uma força linda, vital e visceral. Força esta que não sou capaz de controlar, mas que de alguma forma me empodera.
Tive o prazer de conhecer muitas mulheres, de todos os tipos, crenças e credos que puderem imaginar! Histórias incríveis de perdas e ganhos que marcaram a vida de cada uma delas de maneira especial, mas que ontem marcaram também a minha vida por conhece-las.
Um curso de parto humanizado, sem dúvida é para falar sobre a vida. Mas muitas mulheres enquanto contavam porque escolheram fazer aquele curso falaram de perdas e mortes irreparáveis, o que me fez pensar que morte também é vida. Morte também é vida porque faz parte dela e só podemos sofrer a morte porque estamos vivos. Morremos todos os dias para muitas coisas e muitas coisas morrem para nós todos os dias.
Aprendi que nascer é um processo! Um processo que não tem fases e que não tem tempo! Acontece porque é instinto, acontece porque são vísceras, acontece porque é assim que tem que ser! Interferir neste processo pode interromper ou impedir... Aprender isto não serve só pro nascimento físico, mas serve também para o nascimento subjetivo que vivemos todos os dias em nossas vidas: o nascimento do filho, o nascimento da mãe, o nascimento do pai, o nascimento da profissional, o nascimento do dia, o nascimento do blog, o nascimento do conhecimento...
Fui para descobrir uma profissão, mas saí descobrindo ainda mais a maternagem. Afinal ser doula também é maternar a gestante, a família, o bebê...
Achei o curso transformador. Achei que todas as pessoas do mundo deveriam fazê-lo um dia!!! Independente da experiência que se teve só com o parto físico (cesárea ou normal) ou só com o parto emocional (como o meu por exemplo) ou com ambos... independente da experiência porque não se pensa só no parto para o nascimento de um filho, mas no parto do nosso próprio nascimento.
Nem todos tiveram ou terão a oportunidade de parir fisicamente, mas certamente todos tiveram a oportunidade de serem paridos!
Acho que é isso!!!

segunda-feira, 25 de março de 2013

Uma história de Adoção

Escrito por Sheronh Keily Pereira
Postado por Renata Palombo
Fonte: Arquivo Pessoal

Há algumas semana publicamos um texto da Sheronh: "A Maternagem por vários Ângulos" onde ela nos contou um pouco sobre sua história. Hoje ela nos presenteia novamente com mais um texto. Boa leitura!

 
"Uma gravidez indesejada, um namoro sem futuro, um homem desprezível e uma mulher que simplesmente queria cuidar o bebê que estava à espera. Um homem que não aceitou a gravidez e fez ameaças. Uma mulher que desesperada, não tinha apoio da família.

Assumir um filho sem querer continuar um relacionamento, hoje é mais comum do que há 20 anos, por exemplo. Infelizmente, muitos querem um relacionamento baseado em superficialismos, querem relacionamentos sem futuros e não tomam os devidos cuidados. E nesse descuido, pessoas sofrem. É comum hoje encontrarmos mães solteiras que se doam por completo, que procuram certa estabilidade financeira para proporcionar conforto aos filhos. Mas há alguns anos, uma mãe solteira, sem apoio da família, sequer conseguia um emprego. E partiam então, para a adoção.

Há aproximadamente 20 anos uma mulher que já tinha um filho, um menino lindo, mas que também não teve o prazer de poder criá-lo, educá-lo, estava novamente grávida. Seu primeiro filho, um lindo menino passou a receber amor e carinho de um casal de tios. Agora mais uma gravidez, de um homem que não queria assumir a mulher, tampouco a gravidez.

Em 1992 nascia então, uma menina. Sem apoio de alguém da família, a mãe mudou-se de estado em busca de trabalho e estabilizou-se em uma instituição. Trabalhava como auxiliar administrativa e ficou com sua filha por alguns meses naquele local. Viajava com a responsável pela instituição e era obrigada a deixar sua filha com as pessoas daquele local. E assim foi, por aproximadamente 8 meses. Até que a instituição, que era irregular, desestabilizou-se e mais uma vez, uma mãe com uma criança em seus braços, encontrava-se sem rumo certo.

Até o processo final de desconstrução da instituição, tiveram um tempo para decidirem o que fazer. A mãe e os colegas daquele local freqüentavam a igreja local, e lá conheciam muitas pessoas.

Nesse período, um casal que estava aproximadamente 10 anos casado, e com tentativas de ter filhos frustradas, e também com uma decepção, após terem conseguido a guarda de uma criança e meses depois a mãe da mesma voltou para buscá-la, continuava almejando uma criança, que pudesse alegrar seus dias, que preenchesse o vazio existente naquela casa. Foi então, que já conhecedores da situação da mãe e da filha que estavam sem ter aonde ir, foram procurados por um casal de amigos para adotarem aquela menina. Dúvidas, preocupações surgiram, mas a esperança era muito maior. Após algumas conversas, o casal decide adotar a menina, então com 10 meses de vida. O processo de adoção encerrou-se quando a menina já tinha três anos de vida.

Quando o processo foi encerrado a mãe biológica, já havia conhecido outro rapaz, estavam casados e nos primeiros cinco anos de casamento, já tinham dois lindos filhos. Aproximadamente neste mesmo período foi embora para outro estado. Sabe-se que foi um período de muitas dores, de sofrimento, de culpa, mas de superação.

Os pais que realizaram o sonho de ter um bebê adaptavam-se a nova vida, oferecendo sempre muito amor, muita segurança, conforto e dias felizes para a mais nova integrante da família, que criança com saúde e rodeada de carinho.

Os anos foram passando, e a distância não mais permitiu qualquer contato entre as famílias. Os pais adotivos decidiram contar sobre a adoção a filha, e aos poucos ela foi assimilando, entendendo e a curiosidade aumentando. Nunca sentiu raiva, nunca guardou rancores da mãe biológica, e ao contrário disso, passou a querer ter contato, ou ao menos conhecê-la de alguma forma. Amava sua mãe biológica, sim! Amava-a por entender que o fato de ter entregado-a a adoção foi o melhor que pôde acontecer. Sim, dúvidas existiam, principalmente após ouvir algumas declarações como: “você foi abandonada”, “sua mãe não quis você”, e outras. Mas o que prevalecia, era o amor, este enraizado dentro do coração daquela menina, já pré-adolescente, acredito que por Deus.  A partir dos 14/15 anos, começou então uma procura maior, agora tinha a disposição a internet, o tão antigo Orkut. Fazia a procura acompanhada da mãe de coração, que sempre a incentivou. Até que em um belo dia, ao abrir o Orkut, na caixa de recados, estava lá um recadinho que encheu os olhos de lágrimas, que causaram também um medo! Mas ao mesmo tempo, uma felicidade indescritível. Um dos sonhos se realizou e até hoje as duas mantém contato.

Bom, a menina que tanto falei nesse texto sou eu. Há cinco anos eu e a mãe biológica temos contato, e este é quase que diário, graças as redes sociais. Enfrentei sim um período difícil de assimilação e entendimento do que era. Foram várias as vezes que sentia um aperto no coração por não poder estar perto daquela que me gerou, mas sentia um conforto logo.

Lido com a adoção da melhor forma possível, sei o quanto fui e sou amada por meus pais. Acredito piamente que tudo que acontece conosco tem um propósito Divino. De tudo tira-se um aprendizado, uma experiência. E é assim que encaro todo esse processo. Grata por tudo. Grata pelos amigos que nos momentos difíceis estiveram comigo, grata pela vida e por todos meus familiares!

Através das redes sociais, tive o privilégio de conhecer uma pessoa especial demais! Que esteve comigo em TODOS os momentos dos últimos meses. É amiga para todos os momentos, e tornou-se minha mãe virtual, falo de Ana Cristina! Amo você!

Obrigada pelo maravilhoso convite, amiga Renata! Sinto-me feliz e privilegiada por fazer parte de seu blog. Um super abraço a todas que me leram até agora!
Fiquem com Deus!!"
 
Sheronh, sua experiência prova que não importa o que vivemos, mas sim o significado que damos àquilo... Muitas pessoas ao viverem histórias semelhantes se revoltam... outras ao ouvirem histórias semelhantes sentem dó da criança ou raiva da genitora... você (sabiamente) escolheu ser feliz e acreditar que nada na vida é por acaso. Todos nós temos altos e baixos em nossas vidas, temos "buracos" em nossa construção da maternagem e filiação... quão bom seria se todos nós escolhêssemos ser felizes e gratos a Deus pelo que temos e não revoltados pelo que nos falta. Obrigada por compartilhar!
 

* Sheronh Keily Pereira, tem 20 anos, mãe de um anjinho (Nícolas) que aos três meses de vida, deixou essa terra para habitar nas alturas junto com nosso Pai. Divorciada, foi casada durante 3 anos e a separação se deu no período que o filho estava hospitalizado. Atualmente trabalha na prefeitura de seu município, onde está envolvida nas causas sociais do município. É apaixonada por leitura e pela vida.Cristã, vive com fé, é ela que a fortalece sempre.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Os "30 anos"

Escrito e Postado por Renata Palombo

Fonte: Google Imagens
 
 
Sabe o que eu descobri? Que os "30 anos" é uma idade decisiva, onde tudo se resolve ou não se resolve.
 
Por algum motivo, que eu não sei explicar, todas as vezes que eu me angustio com algo que meus filhos não sabem fazer eu me pergunto: "será que quando tiver 30 anos ele(a) conseguirá fazer isso?". Quando é algo que insiste em fazer errado, faço a mesma pergunta mental: "Será que vai continuar fazendo isso errado até os 30 anos?"
 
"Será que quando tiver 30 anos vai conseguir dormir sozinho todas as noites?"
 
"Será que vai ter 30 anos e ainda vai derrubar comida no chão na hora das refeições?"
 
"Até quando tiver 30 anos vai continuar lavando só a barriga na hora do banho?"
 
"Será que vai precisar de ajuda na lição de casa até 30 anos?"
 
A gente repete as ordens, ensina de novo e parece que "não aprendem"... as vezes não bate aquela sensação de que nunca aprenderão? Em mim bate esta sensação sempre, embora eu saiba que sim... vão aprender sim!
 
Um dia um colega de trabalho me contava sobre as dificuldades que teve no treino sanitários de sua filhinha e me confessou: "Eu juro que pensei que ela fosse fazer 30 anos e ainda estaria usando fraldas".
 
UFA!!!
 
Foi um alívio ouvir isto. Descobri que a benção ou maldição dos 30 anos não era coisa só da minha cabeça...
 
Aí, estes dias fomos ao dentista. A dentista orientou que Diego passasse fio dental nos dentes sozinho e que eu apenas monitorasse vez ou outra e reforçou a orientação com a seguinte frase: "É melhor você deixar ele passar o fio sozinho porque senão ele vai ter 30 anos e ainda não vai ter aprendido a passar o fio dental".
 
Opa! Mais uma para o time dos 30 anos...
 
Eu não faço ideia de quem definiu os 30 anos como idade marco, mas se você ainda não tem essa idade aproveita que ainda da tempo de aprender muitas coisas! Ou não... 

segunda-feira, 18 de março de 2013

Pais a imagem e semelhança de Deus

Escrito por Juliana Palombo                                                                                                                Postado por Renata Palombo 
Fonte: http://www.advir.com
 
 Hoje temos um texto espiritual escrito por nossa colaboradora Juliana Palombo:
"Meditando sobre a criação do mundo e dos homens, me veio à mente uma reflexão sobre o papel de pai e mãe.  Esses papéis estão atrelados a parir? Ou a gerar?
Deus em sua sabedoria responde essa pergunta claramente através de seu exemplo.
Deus (para quem nEle crê como criador) não pariu filho algum. Ele simplesmente gerou. Gerou dando parte do seu tempo para planejar seu filho. Pensou no tipo de educação que queria dar a eles.  Preparou-se. Mesmo com a agenda cheia, teve fôlego de sobra para assoprar-lhes a vida, e depois de feito tudo isso, viu que era bom, sentiu amor e deu-lhes o título: Filhos. E a Deus, que título se deu? Todo esse empenho, zelo e amor, só podia ser: Pai.
Engraçado, que se pai e mãe fossem só os que parissem, Ele poderia nas gerações depois de Adão e Eva se dar o título de Avô. Mas avô tem outras funções. As que ele exerce geração após geração e nos deixou de exemplo é de PAI.
Concedeu a mulher que parisse através da contribuição do homem, por uma questão prática e dotada de conceitos que podemos abordar depois, para dar sequência a espécie. Todavia não atribuiu o papel de pais e filhos resumidos a esse ato, e sim o citado acima, ou seja, seu modelo comportamental de paternagem/maternagem.
Modelo que quando seguido forma a família. Genitor e Genitora só se tornam pais e mães quando pré-dispostos a amar, educar, ensinar, doar-se. Se esses princípios não fizerem parte da relação, esse homem e essa mulher são apenas genitores e somente aquele ou aquela que receber em seus braços o novo ser e lhes der o necessário para crescer em sabedoria e graça, esses sim poderiam ser pais e mães. Porque Mãe e Pai é diferente de Genitora e Genitor.
Então eu pergunto:
- Quando foi, que parte da história desse mundo as pessoas se esqueceram desse princípio cristão para questionar o papel de pais e mães?
Não consigo precisar, mas com certeza há muito tempo. Porque deturpar um princípio bíblico é consequência do pecado, e esse já está instalado em nossas vidas há muito tempo.
Por isso, para quem ainda não sabe, a adoção não é um consolo, é uma oportunidade. Filho só é filho se assumido por um pai ou uma mãe.  Diferente disso, ele é apenas um ser parido.
Parir pode ser maternidade/paternidade.  É pôr no mundo um ser e escolher se quer ser para ele pais ou não.
Gerar é maternagem/paternagem. É o processo da escolha, da espera, do planejamento, da doação, da abdicação, de cuidar, zelar e tudo isso pode ser aplicado independente do ato de parir.
A Deus, a minha gratidão, por tanta sabedoria ao criar o ser humano de uma forma tão genuína, porém de nomear uma família pelos afetos que os unem. Obrigada por que mais que parir, nos deu o ato de gerar. Nem todos podem ou querem parir, mas todos podem querer gerar, inclusive os que pariram ou vão parir.
Parabéns se você escolheu gerar, afinal assumir as responsabilidades desse ato é que nos fizeram e farão de muitos PAIS E MÃES."

sexta-feira, 15 de março de 2013

Descobrindo a Maternagem na inauguração do circuito Barbie Studios e Max Steel - O Herói Está em Você

Escrito e Publicado por Renata Palombo
 
 
 Essa semana recebemos um convite muito legal da Mattel! O blog Descobrindo a Maternagem foi convidado para participar do Coquetel de lançamento do Evento Itinerante Barbie e Max Steel que aconteceu ontem (14/03/2013) no Shopping Market Place em São Paulo.
 
Claro que uma "pessoinha" aqui de casa adorou a ideia e ficou contando os minutos para o evento...
 
O circuito do Max Steel começa onde os garotos recebem um carimbo e um colete de agente secreto, depois passam pelo laboratório N-Tek e na Estação Digital, os garotos testam suas habilidades com jogos de tecnologia no computador do Max Steel. A Estação Aventura disponibiliza ainda uma brinquedoteca com diversos bonecos e acessórios.
 
Teve alguém aqui de casa que se divertiu muito por lá:
 
Fotos do circuito Max Steel - O Herói está em você
 
O pai também quis ser um agente secreto...
 
Pai e Filho Agentes Secretos
 
Como minha filha já tem 18 anos e, óbvio, se interessou muito pouco em nos acompanhar até o evento, tive que me aventurar sozinha pelos Estúdios da Barbie e intensificar a campanha "marido precisamos de uma menininha"...
 
 
Fotos  no Circuito Barbie Studios
 
Mas como tenho um filho muito parceiro, ele topou me produzir e depois tirar uma foto comigo nos estúdios da Barbie...
 
Meu filhote sendo solidário a mim
 
Tudo muito encantador, com luzes, tapete rosa e limusine da Barbie, o clima cinematográfico toma conta do espaço. As meninas podem entrar no camarim da boneca e criar um look especial e depois são a estrela de uma gravação do Reality da Barbie.
 
E de quebra ainda vimos alguns famosos que também foram convidados para o coquetel de lançamento...
 
Patrícia de Sabrit e o filho Max
 
Jacqueline Dalabona  e a filha Natália
 
Rodrigo Silva, filho do Apresentador Fausto Silva (É! Tá certo! O molequinho não é famoso... mas o pai dele é... isso q importa... rsrsrsrsrs)
 
Lá o púbico pode conferir também uma exposição inédita de Barbie Celebridades que apresenta 100 exemplares da boneca inspiradas nas estrelas do cinema e personalidades da música. 
 
O evento é uma boa sugestão de roteiro infantil para quem mora em São Paulo.
 
O evento abriu para o público hoje (dia 15/03/2013) e estará no Piso Térreo - Praça de Eventos do Shopping Market Place até dia 31 de Março com Entrada Gratuita.
 
 
Mais Informações:
Barbie Stu
dios e Max Steel – O Herói Está em Você
Local:
Shopping Market Place (Piso Térreo – Praça de Eventos)
Data: de 15 a 31 de março
Horários: segunda a sexta: 14h às 20h; sábados: 11h às 20h; domingos: 14h às 20h

Endereço: Av. Dr. Chucri Zaidan, 902
Entrada: gratuita
Informações: Tel: (11) 3048-7000 -
www.marketplace.com.br
 



quarta-feira, 13 de março de 2013

Mães Especiais


Escrito e Postado por Renata Palombo

Fonte: Google Imagens

Há algumas semanas, por motivos de saúde de um familiar, eu precisei passar o dia inteiro na AACD. Pra quem conhece a AACD, já esteve lá ou apenas já viu alguma reportagem na TV, deve saber que lá é um lugar cheio de mães.

Mães tão diferentes e tão iguais a mim, ao mesmo tempo.

Diferentes porque cada mãe tem uma história e cada mãe tem um filho diferente do outro. Lá tinha filhos deficientes visuais, cadeirantes, com paralisia cerebral, com ausência de membros, com todos os membros, no colo, no carrinho, no chão, grandes, pequenos...

Iguais porque observei que cada uma daquelas mães tinham o desejo e o esforço para aceitar as responsabilidades e preocupações da maternagem sejam elas quais forem. Eu não conheço a história de cada uma daquelas mães e nem sei que tipo de mães são, se são autoritárias, permissivas, amorosas... não sei se são boas ou más ou se assim como eu são boas e más... mas uma coisa eu tenho certeza: a maioria delas eram mães que não desistiram de seus filhos diante das dificuldades que enfrentam.

Eu tenho muitas dificuldades com meus filhos, mas nunca vou desistir deles. Será que isto me faz uma mãe especial?

Me lembrei de uma amiga muito querida que quando descobriu que seu bebê tinha uma grave deficiência visual ouvia muitas pessoas lhe dizerem frases como: "Deus só dá filhos especiais para mães especiais". Um dia ela me confessou que odiava ouvir isso porque pensava com revolta: "Eu não quero ser uma mãe especial, quero ter um filho normal e ser uma mãe normal".

Eu também ouço coisas assim. Muitas pessoas dizem que sou uma mãe especial, por ser mãe por adoção, adoção tardia.

Eu tenho filhos normais (pelo menos do ponto de vista físico), que são adotados. Isto me faz uma mãe especial? Estas mães com quem tive a oportunidade de conviver na AACD por um dia tinham filhos biológicos "especiais" portadores de inúmeras deficiências físicas e intelectuais. Isto faz delas mães especiais? Quem é mais especial: eu ou elas? E quem é mãe por adoção de um filho portador de deficiencia, é duplamente especial?

Enquanto eu olhava para aquelas mães e aqueles filhos, eu fiquei pensando que não importava as limitações que os filhos tinham, a vida segue para todo mundo com lutas, dificuldades, desafios, conquistas, gratificações, amores, tristezas, medos, descobertas... Sim... além do que, o que é luta pra mim pode não ser para outra, o que me causa medo pode não causar na outra, o que tenho como dúvida posso encontrar como resposta na outra e assim por diante...

Acho que esta diversidade não torna ninguém melhor do que ninguém, até porque eu nem sei se o "igual" existe ou sé é apenas o "mito do igual".
 
Meus filhos têm muitas limitações e eu como mãe, também tenho muitas delas.

Deveríamos parar com a mania de segregar, rotular, de achar que todas as pessoas são mais ou menos felizes pelas limitações que enfrentam ou ausência delas. Pessoas não são mais ou menos especiais pelas escolhas que fazem.
 
Todas as mães são especiais!
 
Todos os filhos são especiais!

segunda-feira, 11 de março de 2013

A Maternagem por vários Ângulos

Escrito por Sheronh Keily Pereira
Postado por Renata Palombo
 
O texto de hoje é de uma leitora do nosso blog: Sheronh Keillyh. Ela tem uma história ímpar com a adoção e maternagem e hoje conta um pouquinho disso pra gente... Eu amei o texto dela e acho que vocês também vão gostar.
 
"A verdade é que preconceitos são adquiridos, e é na convivência que certos conceitos são quebrados.
 
Infelizmente, o tema adoção ainda não faz parte dos temas mais discutidos entre os de amigos. E sabe  por que eu falo que infelizmente? Porque há grande necessidade de discutir este assunto, e quem sabe um pouco sobre adoção concorda com essa minha linha de raciocínio.
 
Dados deste ano mostram que a quantidade de pais inscritos no país para o processo de adoção é maior que a quantidade de crianças e adolescentes aptos para a mesma. Aproximadamente 28000 inscritos, em torno de 5300 crianças e adolescentes aptos, sendo que existem aproximadamente 40 mil crianças. O que explica esses dados? O perfil preferido na adoção que é até os 3 anos de idade. E aí até mesmo aqueles inscritos que querem adotar alguma criança com mais de 4 anos, um adolescente ou jovem tem de ficar na fila de espera. Outro fator que atrapalha o processo de adoção, é a burocracia! Penso que deveria ser mais fácil.


 Bom, mas vamos ao principal motivo de eu ter chegado até este blog: Sou filha adotiva!

 
Fui adotada aos 10 meses de vida, e o processo durou aproximadamente 2 anos até que minha mãe tivesse os documentos em mãos, tudo legalizado. Não estive em abrigo, dos braços de minha mãe biológica, já passei aos braços daquela que me deu todo amor, carinho e educação, a quem devo minha vida. Desde sempre sei de parte do que aconteceu.
 
Hoje, tenho contato com minha mãe biológica, e sim, você pode achar estranho, mas eu A AMO! Acredito piamente nos planos de um Ser Supremo, nos planos Daquele que rege o universo e nossas vidas. Sei conviver com isso tranquilamente. Hoje tenho 20 anos, já fui casada e sou mãe, mesmo que meu filho tenha ficado pouco tempo comigo (partiu para o céu aos 3 meses de vida).
 
Gerar um filho é um sentimento sem explicação e acredito que adotar é sim gerar um filho!
 
Para alguns, a gestação dura meses, outros dura anos! Mas é sim um período em que você se prepara e que ama um ser, sem mesmo tê-lo conhecido.

Por fim, quero aqui dizer que a adoção, é um dos mais lindos manifestos de amor na sociedade. Não faça por dó, por pena... faça-o por e com amor!!

 Obrigada pelo convite Renata! Sinto-me privilegiada por poder contribuir um pouquinho com seu espaço! Beijo no teu coração!"
 
Obrigada você Sheronh!!! Eu que me senti privilegiada com este texto que em tão poucas palavras explana sobre o ponto de vista da maternagem de inúmeros ângulos... pena que as pessoas continuam achando que a possibilidade de ser MÃE existe de uma única maneira.

* Sheronh Keily Pereira, tem 20 anos, mãe de um anjinho (Nícolas) que aos três meses de vida, deixou essa terra para habitar nas alturas junto com nosso Pai. Divorciada, foi casada durante 3 anos e a separação se deu no período que o filho estava hospitalizado. Atualmente trabalha na prefeitura de seu município, onde está envolvida nas causas sociais do município. É apaixonada por leitura e pela vida.Cristã, vive com fé, é ela que a fortalece sempre.



sexta-feira, 8 de março de 2013

Resoluções para 2013

Postado e Escrito por Renata Palombo
 
Não publico nada no meu blog desde a "Carta a Minha Filha" em 24 de Dezembro.
 
Claro que tenho muitas "desculpas verdadeiras" para minha ausência, como por exemplo excesso de trabalho, computador quebrado, falta de inspiração e etc, etc e etc... mas a verdade mesmo é apenas uma questão de: prioridades!!!
 
Já entramos no mês de março, mas eu sinto que deveria iniciar o ano de 2013 no meu blog fazendo planos, afinal embora já no 3º mês, começo é sempre começo... E eu estou começando o ano por aqui somente agora...
 
Tenho muitos planos para 2013, mas eles não partem do zero... lembro que no início de 2012 eu publiquei em Bem Vindo 2012 meus principais planos para o ano.

Hoje avalia-os e vejo o que poço renovar para este ano ou não...
                                                                                            
 
Feliz 2013!!!
 
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