quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A Maternagem que surgiu pela Maternidade

Postado por Renata Palombo
Escrito por Juliana Palombo
Quando eu convidei a Juliana para escrever para o nosso blog, ela respondeu que não escreveria por que sua decisão pela maternidade não foi igual a das outra. Igual a das outras?? Que outras?? Será que todo mundo aqui decidiu pela manternidade do mesmo jeito? Certamente não! Eu disse: "Jú, escreva sobre sua decisão". Agora leiam o texto e vejam que decisão mais maravilhosa. (Juliana também tem outros textos em nosso blog: Uma nova equação em um novo conceito e Um dia antes e vários depois).

"Qualquer pessoa razoalvemente informada, com os neurônios em bom funcionamento e com um mínimo de bom senso há de concordar que, do ponto de vista estritamente racional, é difícil, hoje, vibrar desencanada e euforicamente diante da idéia de ter fillhos. Mas então, porque mesmo assim muitas optam passar por esse processo?
Muito provavelmente porque a decisão de ter filhos não nasce da razão, mas de outra instância que poderíamos chamar de “afetiva”, “emocional”, “inconsciente”, “energia criadora”, “energia procriadora”, útero cerebral” ou “pênis cósmico” etc...

Esse blog trata justamente de experiências reais sobre tais decisões, e foi pela curiosidade de saber qual a minha instância que me identifiquei e passei a ser leitora assídua. Através dele tenho aprendido a refletir que o amor não é pronto, ele é construído e por isso existem várias maneiras de amar.
Usando a citação acima, e tudo o que já li, eu diria que a minha instância para mudar de fase e passar a maternidade foi e tem sido através de um amor “afetivo emocional”. Antes de estar grávida de oito meses, afirmaria que a idéia de ter um casamento e a partir daí construir uma família passava bem longe da minha cabeça. Tanto pelas responsabilidades que implicam essa escolha, quanto aos rótulos que sempre me dei de egoísta, no sentido de querer viver a minha vida de forma muito independente. Também pela covardia, tenho medo de tomar decisões e arcar com elas pro resto da vida.

Entretanto, é engraçado como na vida mudamos de fase e conseqüentemente as fases nos mudam.  Estou com 27 anos, grávida de 8 meses e meu marido e eu estamos juntos e casados há 10 meses. Sim, foi paixão, paixão, que por sua vez, me leva todos os dias a acreditar que a nossa relação é para sempre, e me deu segurança para estender esse sentimento na possibilidade de um primeiro filho.

Ah, se mudei meu conceito sobre mim por conta disso? Porque agora sou mãe? Em partes, até porque nunca acreditei que a maternidade transformasse pessoas para amar genuinamente, incondicionalmente e favorecendo uma vida de santidade como muitos pregam. Acredito sim que essa condição “mãe” traz a possibilidade de amadurecimento, maiores reflexões e com isso discernimento para fazer melhores escolhas. Essa minha crença, através do blog, ganhou um termo próprio, que se chama maternagem. Apenas a maternidade não é capaz de transformar vidas, afinal o que dizer das mães negligentes e com atitudes monstruosas?

Nós, que optamos sermos mães e sentimos as mudanças, é porque internalizamos a maternagem (sentimento aprendido e construído diariamente a partir do desejo realizado de ser mãe), instalando naturalmente a decisão de ser uma pessoa melhor. Eu já não me sinto tão egoísta, apesar de ainda gostar muito da independência, porém agora estou gostando muito mais de dividir as coisas com meu marido e filho. Aprendi que é um tipo de divisão que resulta em multiplicação.

Comigo foi assim, ontem eu fugia de casamento e de filhos, mas uma instância surgiu, o amor e através desse sentimento tenho vivido mudanças constantes e prazerosas.. Comigo é assim, hoje estou vivendo a maternagem que surgiu pela maternidade.
E amanhã? Não sei, importa que está sendo uma fase bem gostosa e estou segura da escolha. Até porque, tenho vivido a certeza que o nascer de um filho, faz nascer uma mãe."

7 comentários:

Karina Lima disse...

Nossa que lindo Jú adorei, eu não vivi ainda este momento magico que é ser mamãe, mas quem já viveu fala que é maravilhoso.Que Deus te de uma boa hora e que o Roberto venha trazer muitasss felicidades para o casal.
Beijos Prima Karina

A Pata Madrinha - Blog disse...

Olá Ju, estou te seguindo.
Caso queira vá em meu site, lá tem umas dicas legais sobre como organizar chá de bebê e lista de enxoval tb.
Beijos
Flávia Castanheira Iglésias
www.apatamadrinha.com.br

Renata Palombo disse...

Obrigada pelas dicas, Flávia!! Tenho certeza que foram muito úteis para Ju!

Jan disse...

Parabéns Jú

Estou orgulhosa de você, pois como você disse.... o bebê na vida das mamães as faz aprender muito... Você está superando todas as barreiras e tenho certeza que continuará vencendo.
Além disso, uma mãe espetacular que cuida, ensina, aprende, defende...
Que Deus continue lhe iluminando e que esta nova família seja abençoada...
Beijinhos

Janise

Rosana Gonçalves disse...

Muito bom o texto, a reflexão. Estou aprendendo muito com a leitura deste blog, hoje percebo o quanto ainda preciso melhorar e ampliar meu pensamento.

Maternagem...todas as mães deveriam conhecer. Parabéns Ju!

Renata Palombo disse...

Rosana, Eu nao sei se vc ja leu, mas tem um post q explica a diferença entre maternidade e maternagem. Se vc ainda nao leu, vale a pena dar uma passadinha la...
http://descobrindoamaternagem.blogspot.com/2011/08/maternidade-x-maternagem.html

Rosana Gonçalves disse...

Li sim o texto maternidade x maternagem, tinha acabado de ler também o texto sobre tipos de parto. Na verdade o meu comentário foi bem curto no texto da Juliana, mas a reflexão foi longa. Vamos lá, pensei o seguinte, na verdade a maternidade e a maternagem em minha opinião é claro, não são antagônicas, são fases do tornar-se mãe! Explico: a maternidade não é exclusiva da mãe que gera fisicamente um filho, a maternidade é a espera, a gestação, o parto, independente da forma que venha, no seu caso Renata, foi através da adoção (você teve o período de gestação e teve o parto e o nascimento de seus filhos, certo? Assim como você descreve no texto sobre tipos de parto). A maternagem é a continuação do processo de tornar-se mãe, é o cuidado, o carinho e todas as coisas boas que ela trás. Algumas mães independente do tipo de maternidade, nunca chegam a maternagem, por isso que escrevi que todas as mães deveriam conhecer!

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