segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A mais feliz das Surpresas!

Postado por Renata Palombo
Escrito por Marcela Muolo
Fonte: http://www.sxc.hu

Hoje o texto do nosso blog veio direto de uma convidada especial: Marcela Muolo.

Emocione-se com ela ao ler suas descobertas da maternagem, tão singulares e ao mesmo tempo tão similares a todas a mães, independente de como nos chega os filhos. Confira!

"Escrevi este texto quando meu filho tinha exatamente 21 dias de vida. Criei um blog só para o meu acesso, para suprir a necessidade que temos de exteriorizar os tantos sentimentos e também para conseguir deixar registrado mais essa etapa linda, diferente e inesperada da minha vida. Relendo o texto hoje, após receber o convite para escrever para o descobrindo a maternagem, me emocionei mais uma vez ao relembrar este resumo dos últimos 11 meses da minha vida. Nada mais justo então, do que compartilhar esse mesmo texto com tantas mães novas que estão chegando por aí.

A chegada do Mateus foi uma grande surpresa! Na verdade, um grande susto. Tudo na vida da mãe do Mateus sempre foi estritamente planejado, pensado, repensado, com análise de consequências e por vir. Mas a mudança mais importante da minha vida veio na contramão de tudo isso. Era uma quinta-feira quando decidimos fazer um teste de farmácia que mudaria para sempre as nossas vidas. Tínhamos certeza que seria mais um alarme falso como tanto outros. Mas não foi. E choramos, os dois, a mãe e o pai do Mateus, como crianças. E logo no dia seguinte fomos escondidos de tudo e de todos fazer o tal exame de sangue. Aquela sexta não passava! Atualizávamos a cada 5 minutos o site do laboratório e nada da tão esperada resposta aparecer.

Mas as 17h da tarde chegou. E a chegueira também. Lia, lia o resultado e não entendia o que aquilo tudo queria dizer. Até meus olhos clarearam e li no final do laudo: se esse exame foi realizado para teste de gravidez, considerar como POSITIVO.

Pronto! Como seria dali pra frente? Como ficaria a minha vida tão quadradinha, tão cheia de planos traçados? Primeira pessoa que liquei: minha cunhada. Ela tinha acabado de ter a minha sobrinha e sabia que entenderia todas as minhas aflições. E lá estava a madrinha do Mateus com a sua calma e sabedoria sabendo o que me dizer em um dos primeiros momentos de muitos que viriam depois.
 
E já inchada de tanto chorar no caminho de casa para o trabalho, resolvi ligar para a pessoa que sabia que seria a mais feliz do mundo com a notícia: a minha mãe. E sem dúvida, ela é uma das pessoas mais felizes com a chegada do Mateus ao mundo. Enqnato eu chorava desesperadamente de um lado da linha, ela gritava junto com meu pai e meu irmão de felicidade: a Marcela está grávida, está grávida!
 
E depois de alguns dias ou alguns meses, minha ficha foi caindo. Conforme íamos tamando a decisão de contar ao poucos para as pessoas, meu coração se enchia de conforto e alegria em ver que minha gravidez era tão aclamada e desejada por todos. No começo é tudo muito estranho. Cheguei a dizer várias vezes durante os 9 meses de gravidez que tudo isso era culpa das novelas. As mulheres na televisão se descobrem grávidas e ao mesmo tempo já passama a amar incondicionalmente os seus filhos. Não conseguia sentir aquilo. Para falar a verdade, o amor de mãe que todo mundo tanto fala, só surgiu no momento que colocaram o meu pequeno todo sujinho ainda no meu ombro e vi o quanto aquilo tudo era mágico. Por várias vezes também questionei minha própria mãe quando me sentiria grávida. Fui uma gestante perfeita, não tive enjôos, fui bem disposta até o final. Não sentia nada de diferente. Com exceção do descolmento que tivemos na oitava semana e trouxe o primeiro xentimento contraditório e de culpa de uma mãe. Ao mesmo tempo que estava confusa com tantas novidades, não queria que nada de mal acontecesse ao meu bebê.

Mas tudo passou. E passaram também os mais de 9 ultrassons que fizemos mês a mês. Mês a mês que traziam ansiedade do próximo chegar e ver como ele estaria, se seria menino ou menina e com quem ia parecer. Cada exame era diferente. Era uma sensação nova. Disse isso também várias vezes para várias pessoas, a gestação só pode ser um coisa divina mesmo. É tudo tão perfeito, tão calculado milimetricamente.

E com cada descoberta, o medos iniciais iam passando, outros chegando. Você organiza sua mente, sua casa, seu bolso e seu coração para essa nova realidade que está por vir e vê que no final das contas, tudo se encaixa.

O final dos 9 meses é desesperador. Já nos sentimos cansadas e ansiosas ao extremo. Tudo está pronto, só esperando o novo morador da casa. E com tudo isso, muito desespero (novamente) em saber se conseguiremos educar e criar um ser humano do qual fomos escolhidos como pais. A respiração falta. Tanto pelo tamanho da sua barriga e do peso dos 15 quilos a mais, como pela emoção de pensar como será.

Até que o grande dia chega. No hospedamos no hospital como em um hotel literalmente. Praticamente estávamos fazendo o check-in para uma hospedagem de 4 dias. Foi uma noite em claro. Acho que dormi no máximo 3 horas. Foi tudo muito rápido. A família estava lá junto com as amigas mais próximas e importantes. Quando menos esperava, nos levaram para a sala do parto. Em questão de 1 hora, a sala de cirurgia é tomada pelo chor deo neném mais lindo, bicudo, bochechudo e amada do coração. Fiquei literalmente anestesiada. Mesmo ainda sujo, colocaram o meu filho no meu ombro e lembro que disse coisas desconexas, mas que vieram do fundo do coração. De fato, naquele momento o tal maor incondicional surgiu e descobri que é possível amar e dizer que ama um mini ser que nem sequer conhecíamos ainda. E ao mesmo tempo, dei boas vindas a ele nesse mundo e mesmo sem expressar, pedi ao céus que protegessem, a partir daquele momento, o meu pequeno.

A sensação de ver o meu marido também anestesiado e com um olhar de não acreditar no que estava vendo é inesquecível. Assim como lembrar daquelas pessoas tão importantes na janela esperando e emocionadas para conhecer o nosso filho.

Pronto! A vida começava efetivamente e de uma maneira muito diferente. Impressionante o clichê de que quando nasce uma criança, nasce uma mãe.

E hoje, depois do nascimento do meu grande filho, a mais feliz das surpresas, Mateus, não consigo imaginar uma vida diferente da que tenho hoje. Mesmo exaustiva por tantas mamadas, fraldas trocadas e sono picado. Mesmo solitária pela licença maternidade em casa sozinha. Mas é uma vida plena, cheia de paz, completa, com um amor dentro da gentre que não cabe no coração.

Mateus é minha paz literalmente. É quem olho e me dá a maior sensação de tranquilidade deste mundo. E é por ele que cá estou e agradeço por me fazer ver a vida de uma maneira tão diferente e entender o sentido de mais um dos meus papéis nesta vida."

5 comentários:

Anônimo disse...

Ma, lembro me até hj qndo te contei sobre a chegada do meu filho como vc ficou assustada ao me imaginar na vida de mãe, sabendo a desmiolada q eu sou, e meses depois a grata surpresa de q vc passaria pelas mesmas expectativas da chegada de um filho e aí pensei: agora eh a vez da desmiolada Muolo e tenho certeza q ela vai arrasar.... E aí a surpresa desse texto confirmando q qndo chega um filho, surge rapidamente uma mãe e vc tem se saído uma maezona. Parabéns e mto orgulho. Ju Palombo

Natalia Caliari disse...

Caracas eu tinha postado um comentario dizendo q achei lindo mais nao foi! Adorei Ma

Fernanda disse...

Lindo depoimento...emocionante!!

Parabéns!!

Fernanda disse...

Lindo depoimento...

Parabéns!!

Renata Palombo disse...

Obrigada Fernanda!!!

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