terça-feira, 20 de setembro de 2011

Tem feijões nascendo em cima do meu filtro

Postado Por: Renata Palombo
Escrito por: Giselle Dutra

Este texto é de Gisele Dutra, uma grande amiga virtual que me ajudou muito quando meus filhos chegaram por ter uma história parecida com a minha!! Ela escreveu este lindo texto e muito gentilmente autorizou que eu publicasse no meu blog. Tenho certeza que vocês vão gostar!!!

"Amo blogs de decoraçao... fico horas vendo aquelas fotos de casa tão lindas, perfeitamente desarrumadas, aqueles livros tortos em cima da mesa de centro, ou aquela manta de sofá jogada estrategicamente de lado, compondo aquele ambiente perfeito.
Sofá branco, parede colorida, tá na moda os adesivos, copos e talheres... mesa arrumada pra almoço, pro café, pro jantar...

Na minha casa o sofá é laranja, com marquinhas de algum líquido derramado, descobri marcas de beijo de baton atrás da porta do armário do banheiro, batom de muuitas cores, e vez ou outra acho uma adesivo (figurinhas) colado aqui e acolá.

De repente, chego do trabalho e me deparo com um relógio dentro da fruteira, um brilho labial dentro da geladeira e feijões nascendo em cima do filtro da cozinha.... Depois de dias lutando com elas, as roupas limpas ainda permaneciam sem dobrar sobre a cama do quarto de hóspedes. Nunca encontro meus chinelos, mas tropeço em vários pares de mini sapatos pela casa. Sem contar os cadernos, revistas, robozinhos, rodinhas soltas, cartinhas e mais cartinhas, pedaços de quebra cabeça, no sofá, no quarto, na cozinha, em toda parte....

Os feijões são parte da experiência escolar da minha filha, que se empolgou tanto e plantou mais quatro.. e tá curtindo ver as plantinhas crescerem.

A mesa nunca está posta mas a gente sempre come junto, mas pra que ser sempre no mesmo lugar? Vamos juntos pra sala, pra varanda, pro chão.. onde der vontade, desde que juntos.

Percebi que minha casa nunca será a casa da revista milimetricamente planejada com aqueles quadros lindos desalinhados na parede, pq no lugar deles, tenho porta retratos que não combinam, um do desenho carros, ao lado de outros mais clássicos, com fotos de momentos lindos da minha vida... meu casamento, a chegada dos meus filhos, os aniversários, o natal e aquela viagem especial.

Antes da chegada dos meus filhos, havia uma certa organizaçao no meu lar doce lar, tipo, se uma caneca de café ficasse esquecida perto do computador, certamente permaneceria ali uns dias até o dono levar para a pia... Agora, você pode encontrar uma não, mas várias coisas espalhadas pela casa, mas elas mudam de lugar o tempo todo, aparecem coisas novas, de repente tudo adquiriu vida.

Enfim, acho que é exatamente essa a explicação... tudo ganhou vida!
Pois além dos brinquedos, livros, mochilas e roupas espalhadas pela casa, também existem risinhos, gritinhos, a palavra "mããe!" falada umas 957 vezes por dia, som de tv em desenho animado e muitos beijos soltos pelo ar.

Minha casa nunca será uma casa de revista de decoraçao, pois as fotos nunca vão expressar todo amor e toda vida que ela contem.

Ser feliz é simples assim!"

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Definição de Filho por José Saramago

Postado por: Renata Palombo

Fonte: Google Imagens
"Filho é um ser que nos foi emprestado para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo ! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como?  Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo".

domingo, 11 de setembro de 2011

Aprendendo com Joquebede

Postado e Adaptado por: Renata Palombo
Fonte: Google Imagens
  
      No livro de êxodo capítulo 2:1 a 10 (Bíblia Sagrada), conta a história de Joquebede, uma mãe de muita coragem. Ela fazia parte do povo de Israel e vivia no Egito. O rei do Egito começou a perceber que o povo de Deus estava mais numeroso e forte que o seu povo (Ex. 1:9) e ficou com medo de que no caso de uma guerra os Hebreus se unissem com os inimigos do Rei e batalhassem contra eles (Ex. 1:10) então determinou que as parteiras da época matassem todos os bebês hebreus que nascessem do sexo masculino, dessa forma o povo pararia de crescer e prosperar. As parteiras temeram a Deus e não obedeceram ao Rei, então ele deu uma nova ordem dizendo a todo o povo que todos os filhos que nascessem dos Hebreus deveriam ser jogados no Rio Nilo, mas as meninas poderiam viver.
            Aconteceu que nessa época nasceu o filho de Joquebede, um menino lindo. Com medo de perder o filho, ela conseguiu esconde-lo por três meses e quando viu que não podia mais escondê-lo colocou-o em um cesto de junco e depositou o cesto no rio Nilo. Sua outra filha (Miriã) acompanhou o menino rio abaixo até que ele foi encontrado pela filha do Faraó. Logo a irmã do bebê foi até a princesa e disse que conhecia uma mulher que poderia cuidar da criança pra ela. A princesa mandou chamar a mulher, deu o menino para que ela cuidasse e ainda lhe pagou um salário por isso. Quando o menino cresceu, a filha do Faraó o adotou como filho e colocou-lhe o nome de Moisés, que significa “retirado das águas”.
            Como mães, podemos aprender muitas lições com as escolhas e atitudes de Joquebede.
            A primeira lição que podemos aprender é que mães precisam ter atitude e criatividade. Joquebede não ficou sentada lamentando a situação, esperando uma solução vinda de fora. Ela sofria com a possibilidade de perder o filho e fez tudo o que estava ao seu alcance para salvar a vida do bebê. Certamente a medida que o menino crescia e seu choro ficava mais vigoroso ela tinha mais medo de ter o filho descoberto pelos egípcios e morto. Ela deve ter pensado em muitas coisas, mas viu no Rio Nilo uma possível saída para sua situação. Apesar de saber que o rio era repleto de crocodilos, ela sabia também que havia muitas mulheres às suas margens para banhar-se, pegar água, lavar roupas... Inclusive a princesa do Egito! Ela então teve a criatividade e a atitude de preparar uma cesta de junco (para despistar os crocodilos) e vedar com betume para evitar entrar água. Era uma situação emergencial e alguma coisa precisava ser feita.  Qual tem sido a nossa atitude diante das dificuldades que temos enfrentado com nossos filhos? Fingimos que não “é com a gente” ou buscamos ajuda e alternativas para resolver os problemas? Ficamos desesperadas, sem ação, lamentando, ou nos enchemos de coragem, nos armando com o escudo da fé e enfrentamos os problemas, sabendo que Deus está no controle da situação?
            Esta é a segunda lição que podemos aprender com Joquebede: Ter Fé em Deus. Acreditar que Deus é um Deus de Milagres. Para fazer o que fez Joquebede precisava acreditar num milagre vindo dos céus, pois só pela interferência Divina o menino poderia se salvar. E o milagre veio completo, como Deus é maravilhoso! O menino foi achado nada mais nada menos do que pela filha do Faraó, ela viu graça na criança mesmo percebendo que era do povo hebreu, Miriã (irmã mais velha de Moisés) viu a princesa pegando o bebê, a princesa aceitou a sugestão de Miriã e a criança voltou exatamente para o seio de sua família. Agora já não precisavam mais se preocupar porque a criança estava sobre a proteção da princesa do Egito e a família ainda receberia um salário para cuidar da criança. Quando vivemos pela fé, Ele nos dá muito mais do que sonhamos. Será que essa sucessão perfeita de acontecimentos foi apenas uma ironia do destino? Com certeza não! Quando entregamos nossas vidas nas mãos de Deus, Sua vontade é, muito maior que simplesmente “ironias do destino”. Quando pensamos na nossa vida hoje, vemos que cada dia é um grande milagre de Deus. Nossos filhos não estão boiando em um rio cheio de crocodilos, mas estão em um mundo cheio de violência, doenças, perigos e más influencias. Hoje nos vemos cercados de “crocodilos” modernos, mas as Mãos de Deus operam milagres diários em nossas vidas protegendo a nós e a nossos filhos, assim como fez com Moisés.
            A terceira lição é sobre Coragem. Uma mãe precisa ter coragem de confiar no Poder Deus. Acreditar que Deus é um Deus de milagres pode até ser fácil, mas colocar as nossas vidas nas Mãos dele contrariando tudo o que nos parece sensato, exige coragem. Ao colocar seu filho nas perigosas águas do Nilo, ela provou que tinha muita coragem e confiança de que Deus estaria cuidando dele. Possivelmente Joquebede questionou porque as coisas tinham que ser daquele jeito, porque o Faraó tinha dado a ordem de matar todos os meninos, mas mesmo com estes questionamentos ela acreditou que Deus estava no comando. Na nossa vida hoje também é assim, embora nem sempre entendamos as conseqüências das atitudes dos homens, Deus é sempre soberano e tudo conduz. Será que confiamos que Deus está cuidando de cada filho nosso? Que a vida dos nossos filhos depende mais das providências Divinas que das nossas? É claro que temos o dever de proteger e cuidar de nossos filhos, mas a vida deles está nas mãos protetoras e amorosas de Deus.
            A quarta lição que Joquebede nos ensina é a importância da Cumplicidade Familiar. Quando temos uma dificuldade com os filhos, todos os membros devem participar ativamente. Devem saber sobre o que está acontecendo e cada um fazer a sua parte na resolução do problema. Por três meses Moisés ficou escondido em casa, os irmãos mais velhos (Arão e Miriã) precisaram ser orientados devidamente e souberam guardar o segredo sobre a existência do irmão. Para tarefa tão difícil, precisou contar com a ajuda de todos. Ser cúmplice significa apoiar o outro em suas decisões. Tantos os filhos de Joquebede quanto seu marido podiam ter tentado impedi-la de cometer a “loucura” de colocar o filho no rio, mas eles a apoiaram e confiaram que ela estava sendo guiada por Deus. Miriã, também foi de grande apoio e cumplicidade quando decidiu seguir o irmão e depois em ir falar com a filha do Faraó, ela se sentiu co-responsável pela situação e fez a parte dela para resolver o problema da família. Infelizmente hoje vemos muitas mães sobrecarregadas com todas atribuições, dentre elas resolver os problemas dos filhos sozinhas. Umas agem assim por serem centralizadoras e crerem que somente elas são capazes de resolver as situações adversas, outras porque a própria família (marido e filhos) não querem se comprometer. Mas a experiência de Joquebede nos ensina que se É UM PROBLEMA DE FAMÍLIA, DEVE SER RESOLVIDO ATRAVÉS DA FAMÍLIA.
            A quinta lição se refere a responsabilidade das mães em estimular a Autonomia dos Filhos. A mãe entregou a Miriã a tarefa de vigiar o irmão e confiou que ela era capaz. Provavelmente tenha ficado muito orgulhosa do que a filha fez: tomar atitude de falar com a princesa oferecendo a sua família para cuidar do pequeno bebê. Muitas vezes estamos impedindo nossos filhos de crescerem por não permitir que façam aquilo que já são capazes e por não acreditarmos neles. Claro que precisamos levar em consideração a faixa etária e respeitar seus limites.
            A sexta e última lição é sobre criarmos os filhos para o serviço ao Senhor. Moisés ficou pouco tempo sob os cuidados de sua família até ser adotado pela princesa egípcia, porém foi o tempo suficiente para que Joquebede lhe ensinasse sobre o amor e o poder de Deus. Os poucos anos na casa de seus pais foram de extrema importância para receber educação e orientação espiritual. Lá ele conheceu a Deus e aprendeu a amá-lo e respeitá-lo, aprendeu a conhecer Sua vontade e obedecer-lhe; ali aprendeu que Deus é um Deus de milagres. Assim que saiu da casa dos pais Moisés foi educado de acordo com o costume real, em todos os ensinos do Egito. Recebeu a educação de um príncipe, sendo preparado para se tornar o Rei do Egito. Ainda assim, Moisés escolheu permanecer nas mãos de Deus e manter-se fiel ao Deus verdadeiro que havia conhecido no seio de sua família se tornando posteriormente o libertador do povo de Deus. Vemos também ao longo da história, que Arão e Miriã também tiveram participação importante na jornada espiritual dos Hebreus, sendo servos do Senhor por toda a vida, o que prova que Joquebede mostrou aos filhos através de seus testemunhos a presença de Deus de maneira tão forte que os filhos “não puderam” desviar-se de Seus caminhos. Temos criado nossos filhos na presença de Deus? Eles estão aprendendo em casa a servir a Deus? Como mães cristãs temos tido o cuidado de dar a educação espiritual necessária para que eles aprendam a temer, amar a Deus e servi-lo? É um privilégio e uma alegria quando podemos ser instrumentos do Senhor para levar nossos filhos ao conhecimento e à fé em Jesus Cristo, ensiná-los a orar diariamente e buscar direção para suas vidas na Palavra de Deus. Deus preserva a vida de nossos filhos para Sua honra e glória.
            Quem dera pudéssemos ver todas as mães e pais tendo como objetivo maior para a vida de seus filhos servir e honrar a Deus.
Bibliografia: Bifano, Gilson e Bifano, Elizabete. Pais e Mães da Bíblia: Erros e Acertos. Ministério Oikos. 2003.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

MEUS FILHOS

Postado e Escrito por: Renata Palombo

A Naty é minha flor. É doce, "ingênua", e apaixonante. Amor a primeira vista.

A Naty é meu espelho. Me espelha e se espelha em período "integral". Me faz sentir inveja da juventude e ao mesmo tempo confirma o quanto eu fui feliz na minha adolescência com a minha família, amigos e igreja. Me faz agradecer a Deus por todas as alegrias, tristezas, conquistas e dificuldades que vivi nessa época.

Sua passividade denuncia meu descontrole e meu jeito exagerado de abordar alguns assuntos, me fazendo desejar ter mais serenidade. Me mostra que é possível pensar antes de explodir.

Seus momentos de mau humor me obrigam a tentar respeitar o momento do outro.

É contida e reservada. Prefere ouvir do que falar. Característica que eu admiro em mim mesma. Não sou assim com os mais íntimos,  mas sou assim com o meio social, o que me proteje e me favorece em muitas circunstâncias.

Naty é divertida, consquência de pouca malícia.

É uma ótima companhia. Quando saímos juntas se mostra uma boa amiga, interessada e respeitosa, reconhece o valor das coisas e se esforça para pouco incomodar.

É minha "gêmea" na ansiedade. Somos craques em passar uma impressão de calmaria enquanto estamos explodindo em ânsias.

Seu processo de aprendizagem nem sempre é rápido mas é sempre eficaz. Parece que antes de apreender uma nova informação, avalia e reflete na tentativa de que aquilo faça sentido em sua vida. Isso me ajuda a entender que em grande parte das situações a vida segue seu curso natural "independente" de nossos esforços.

Naty é a prova concreta da capacidade que tem o ser humano de adaptar-se a situações adversas. É a prova concreta de que nunca é tarde para começar nada. Não é tarde para aprender ortografia, para aprender a dividir e multiplicar, para aprender a perguntar, para aprender a namorar... Não é tarde para permitir-se ser amado, não é tarde para mudar os planos, não é tarde para começar e recomeçar quantas vezes forem necessárias.

O Diego é o meu guia, meu mapa!!! Seus comportamentos dizem o tempo todo o caminho que eu devo andar, como se "gritassem" aos meus ouvidos: "Você achou que ser mãe era por esse caminho? Não é! O caminho é outro", "Ei? Desse jeito que você está fazendo não vai funcionar. Faça de outro jeito", "Porque você fala assim? Ele é só uma criança. Fala de novo, mas agora fala direito", etc, etc, etc.

Os mapas servem para isso, não é? Para guiar. As vezes precisamos fazer o retorno, as vezes podemos pegar um atalho, as vezes para chegar onde queremos temos que passar por onde não queremos, as vezes a rua é asfaltada, as vezes de terra, se chover vira lama, as vezes tem pedras, buracos, pontes, córregos...

O Diego é doce e charmoso, mas não me conquista só pela docilidade ou charmosura. Me conquista pela esperteza e perspcácia. É ligeiro e astuto, sabe manipular a situação a seu favor.

Contestador, é do tipo que prefer falar o que pensa. Ganha muito com essa característica, mas as vezes se expõe sem necessidade. Consegue ouvir quando é preciso, ou talvez quando lhe convém.

Sua energia é invejável, ora me cansa, ora me contagia.

O Diego é divertido! Consequência de muita malícia.

É uma ótima companhia. Quando saimos juntos costuma ser parceiro e protetor.

É meu "gêmeo" na ansiedade. Somos craques em nos pré-ocuparmos com coisas que talvez nunca aconteçam.

Teimoso! Suas tentativas de contrariar nas pequenas coisas tira a paciência de qualquer um em 5 minutos. Mas "sabe" quando recuar. Sua teimosia reforça minha impotência! Sei que não posso controlar todas as coisas, mas muitas vezes ajo como se pudesse.

O Diego me ensinou que a psicossomática realmente existe, porque sentimos "dor (nó) na garganta quando estamos com saudades", "corpo descontrolado quando estamos com raiva" e "vento na barriga quando estamos com medo" (definições dele).

Sua facilidade em falar de sentimentos (quando quer) me ajuda a ser mais sincera, porque sou obrigada a confessar a ele que também tenho medo de escuro, também grito quando estou com raiva, também falo o que não deveria e depois me arrependo e também desrespeito minha mãe.

Meus filhos me ensinam que o "meu mundo" não é o mais correto e nem o melhor, mas que existem "outros mundos" onde também é possível sonhar, aprender e amar.

Meus filhos me ensinam que diferenças e semelhanças fazem parte da vida e não do sangue e que emoções e comportamentos estão escritos na alma e não no D.N.A.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O dia em que minha vida mudou de vez....

Postado Por: Renata Palombo
Escrito Por: Daniele Suzuki
Retirado de: http://bloglog.globo.com/danielesuzuki/


Este texto é da atriz Daniele Suzuki eu retirei do blog dela ( http://bloglog.globo.com/danielesuzuki/). Eu gostei muito da forma como ela escreveu, pois nos mostra que os filhos nos ensina desde sempre!!!


"O dia do parto... Ai ai por mais que eu evitasse aquela expectativa por esse momento, esse dia nunca deixou de ser o dia mais aguardado e preparado.

Eu quis tudo organizado, o parto natural com música, iluminação,um ambiente aconchegante,seguro e adequadopara chegada do meu bebê em paz. Não via a hora de ver o rostinho dele e de abraçar  muito aquele ser tão pequeno que soluçava na minha barriga.

...Mas como a vida é sempre surpreendente lá estava eu novamente aprendendo que não posso controlar as leis do universo e kauai manifestou sua chegada bem antes do esperado.

Sem minha mala maternidade pronta, comecei a sentir as contrações que suavemente foram se fortalecendo até se tornarem insuportáveis. Esperei um dia e meio e quando já não dava mais fui pro hospital.

Comecei o ritual como programei, fiz as respirações, relaxei na bola, meditei e pedi muito a Deus que me ajudasse a ser forte. Fábio ficou comigo o tempo todo às vezes aflito às vezes dormindo rs...um misto de emoções. A querida Stephanie, nossa orientadora do curso sobre os cuidados com o bebê, também estava lá todo tempo ao meu lado.

Aquele momento ali das contrações no quarto não consigo descrever, tamanha a dor que me deixou em transe, principalmente depois que a Dra Elizabeth me pediu para forçar a saída do bebê a cada contração que eu tivesse. Depois de 8hs nesse trabalho eu ainda estava estagnada com 1 cm de dilatação foi aí que decidiram pela cesária. Putz ! Não acreditei...foi um misto de frustração e confusão mental dentro de mim, mas o que importava mesmo era a saúde do bebê.

E tudo a partir dali tudo aconteceu muito rápido. Lembro de flashes, eu deitada na maca no elevador indo para sala de cirurgia, de sentir muiiito frio, de perder a sensibilidade total das pernas e do pano azul que cobria a minha visão da barriga e eu só aguardando algum barulhinho do bebê.

Quando kauai nasceu eu e Fábio chorávamos de soluçar, ficamos abraçados os três e agradeci aos prantos com toda minha alma à Deus, ao Universo o tão precioso presente.

Fábio cortou o cordão e levou o bebê com ele. Fiquei lá pra terminar a cirurgia. Quando cheguei no quarto Fábio deu o primeiro banho e eu o primeiro mama.Eu tava totalmente zonza e logo adormeci.

Até agora não consigo parar de olhar pra ele e agradecer a Deus meu bolinho lindo que ama ficar pendurado no meu peito e agarradinho comigo igual a um broche.

Minha recuperação da cesária foi bem lenta e bem chatinha então no próximo vou tentar novamente o parto normal.

Como decidimos não filmar nem fotografar o registro do parto fica somente no corpo e na mente".
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