sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Fazendo o Revezamento

Postado por: Renata Palombo
Escrito por: José Maria Barbosa Silva
Fonte: Google Imagens

Li esta meditação nesta manhã!! Gostei muito e achei que poderia enriquecer os assuntos expostos no blog. Espero que vocês também se enriqueçam!!!

Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos.
Deuteronômio 6:6, 7

Nos Jogos Olímpicos de Atenas, a equipe feminina norte-americana de revezamento tinha sido classificada para a competição com o melhor tempo. Entre as quatro atletas, estava Marian Jones, que tinha ganhado quatro medalhas na olimpíada anterior, em Sidney.

A corrida de revezamento tem sua estratégia. Nela, o primeiro e o último corredores são os mais importantes. Há um tempo certo e um espaço certo em que o bastão deve ser entregue para quem vai correr depois. Um bom treinador vai dizer que a corrida é ganha ou perdida naquele momento. Qualquer hesitação ou erro de cálculo naquela hora significa derrota.

Marian Jones seria a segunda a correr e passaria o bastão para Lauryn Williams, que ia correr o terceiro trajeto. Lauryn começou a correr enquanto Jones se aproximava, estendeu o braço para trás para receber o bastão, mas a entrega não se completava. Três vezes Marian Jones estendeu o bastão para frente. Finalmente, na quarta tentativa, ela completou a entrega, mas já haviam ultrapassado o trecho permitido para entregar o bastão e foram desclassificadas.

Pais, professores e líderes de jovens que estão na responsabilidade de transmitir valores às gerações futuras estão preocupados com essa transferência de valores. Quanto mais adequado for o relacionamento entre pais e filhos e quanto mais amigável for o relacionamento entre professores e alunos, melhor será para que os valores continuem sendo transmitidos. O conselho de Moisés é sábio: procure o lugar e a hora que sejam mais apropriados, em cada oportunidade e repetidamente. “Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-os na testa” (Dt 6:7, 8).

Sabedor dos valores que o mundo adota, eu ficaria muito intranquilo e inseguro se permitisse que minhas filhas tomassem suas decisões por si mesmas. “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente” (Rm 12:2).

Depois de entregarmos o bastão, vamos torcer para que completem a corrida.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mãe é Mãe!!!

Postado por: Renata Palombo
Escrito por: Cláudia Gimenes
                                        

Claudia é uma grande amiga virtual. Uma das responsáveis por um grupo de adoção tardia do qual faço parte, foi uma das peças fundamentais para a construção da minha maternagem. Ela escreveu este texto que fala sobre adoção com muita maestria. Para não dizerem que estou exagerando está sempre em segundo/terceiro lugar dos textos mais lidos do meu blog. É um texto que todo o mundo deveria ler, independente de ter ou não filhos adotados. O texto foi publicado inicialmente em www.coisademae.com.

"Fui convidada pela Glauciana para escrever artigos para a coluna “Mãe é tudo Igual” e fiquei pensando sobre que tema falar. Como a coluna tem um nome bem significativo, vou reforçar que mãe é tudo igual e que “mãe é mãe”!

Sabe, eu não gerei meus filhos. A vida não me deu esta oportunidade, até porque eu não fui atrás de fazer com que ela me desse! Não quis fazer tratamentos nem exames doloridos. Achava que para ser mãe eu não precisaria sofrer mais do que pela espera por eles.

Eu sabia que tinha filhos para mim em algum lugar e que eram 4, mas eu não sentia que precisasse sentir dor, me submeter a doses massissas de hormônios, piorar ainda mais o que já é ruim em mim em questão hormonal, piorar ainda mais meu problema de obesidade, gastar um dinheiro que eu não tinha para ter um filho. Eu sabia que eles viriam e a adoção era o caminho!!!

E agora vou falar algumas coisas à respeito da maternidade escolhida através da adoção!

Quando decidimos adotar um filho e comunicamos isso a parentes e amigos, todo mundo faz festa, boa parte nos cumprimenta dizendo: “ah, admiro vocês… que gesto nobre”.

E aí, por mais que você explique que não é um gesto nobre, que é a espera por um filho, ninguém compreende. As pessoas passam a te olhar com um olhar que vai da admiração à pena e você vê nos olhares reticentes o pensamento de “coitada, não pode ter filhos”.

E passamos a sentir nossa gravidez de uma forma solitária, sem os paparicos de uma grávida biológica, porque ou somos criticadas ou somos exaltadas, colocadas à altura de santas por estarmos, apenas, desejando ser mães!!!

Isso aconteceu comigo! Não tive paparicos, não tive chá de bebê organizado pelas cunhadas – que organizavam chás para todas as crianças prestes a chegar na família -, mas tudo bem. o filho que eu esperava era meu, não dos outros!

Quando o filho chega, todo mundo vem, olha com cara de pena para o seu filho e diz: “coitadinho, né?!? Como a mãe teve coragem de largar um bebê tão lindo?!?”. Mas, espera aí. Quem é a MÃE? Você está diante de uma mãe que acaba de ganhar um filho e diz uma frase destas? Meu coração se partia a cada comentário “sem maldade”, advindo da total falta de senso, caridade e amor, referidos à minha filha. Eu era A MÃE! Ela teve uma progenitora e uma mãe em duas pessoas diferentes. A mãe sou eu!

E aí seu filho vai crescendo e você vai ouvindo: “mas você não tem medo que ela vá procurar a mãe verdadeira?”. E mais uma vez eu digo: “Quem é a MÃE VERDADEIRA? Aquela que gerou e não pôde ou não quis ficar ou você que está convivendo no dia a dia com a criança?”

Então posso afirmar que “mãe verdadeira” não existe, porque se aceitarmos o conceito de “mãe verdaderia” teremos que admitir que existe uma “mãe falsa”. Tá, eu sempre fui considerada a mãe falsa pela sociedade, mas pela linguagem popular, sou a mãe verdadeira!!! rss

Muita gente fala: “mãe é quem cria”, mas estas mesmas bocas te perguntam se você não tem medo que seu filho procure a progenitora, referindo-se a ela como “a mãe verdadeira”. Hipocrisia! Sendo assim, vamos fazer deste desabafo um momento de esclarecimento. O que existe são: mães biológicas e mães adotivas. Nenhuma delas é falsa.

E quando você decide ter o segundo filho, ouve: “você vai adotar outra vez? Porque não tenta ter um filho seu?!”. Para tudo!!! Porque eu não tento ter um filho meu?! A outra filha que eu tenho é de quem, afinal de contas?! Eu sou a mãe, ela é minha filha! Qual a dúvida?

E aí as bocas “sem maldade” completam seus questionamentos com um “ah, claro que ela é sua filha, afinal de contas você é quem cria, mas você já fez uma caridade, agora precisa tentar ter um filho seu mesmo, de verdade, do seu sangue”.

E quando você escuta coisas assim, cai sua ficha! Você é mãe, tem um filho, está esperando outro filho e não é considerada mãe, nem seus filhos considerados filhos! Somos pais e filhos de segunda linha em uma sociedade cheia de preconceitos enrustidos.

Quem disse que quando eu adotei pensei em fazer caridade?! Adotei para ser MÃE, oras. Caridade a gente faz doando dinheiro para asilos, abrigos, abrigos de cães, fazendo trabalho voluntário em hospitais e comunidades carentes. Quem adota, adota para ter um filho, tal e qual quem engravida. Quem adota não pensa em fazer caridade, em salvar uma vida do mundo do crime, em tirar um coitadinho da rua, da miséria ou seja lá de onde for. Quem adota o faz para ser MÃE.

E de mais a mais, quem disse que sangue diz alguma coisa na relação mãe x filhos, pai x filhos? Quem crê que sim, basta relembrar o caso da mocinha Suzane R., filha biológica, advinda de uma gravidez planejada, bem criada e tal…

Apesar de pessoas assim, você segue sua vida e quando decide ter seu terceiro filho, pouca gente é comunicada, menos gente ainda participa. Você já cansou do verniz que as pessoas usam no preconceito e na discriminação e, como sua gestação é sem barriga e sem paparicos, você decide que será sem encheção de saco também.

O terceiro filho pouca gente visita, quase não ganha presentes. Você, definitivamente, é louca perante a sociedade, principalmente se seu filho chegar doente, afinal de contas se você pode escolher, porque aceitou uma criança doente?

O quarto filho só pessoas muuuito próximas e não necessariamente parentes, ficam sabendo. Você só conta para pessoas que compartilham o desejo de adotar, mesmo, e nem faz ideia como será quando este filho chegar. Provavelmente será festejado só em casa, mesmo, entre papai, mamãe, irmãos e alguns pouquíssimos amigos de longe, que nunca te viram pessoalmente.

Se eu tenho mágoas disso tudo?! Não, não tenho!!! Aprendi a conviver e descobri que o preconceito existe, sim, que está mais presente em nossa sociedade do que as pessoas imaginam e que se você não for forte, você é engolido por ele, sucumbe à depressão.

Por isso não me dou o direito de ter preconceito contra nada, também não me dou o direito de julgar as decisões alheias. Escolhas são direito inalienáveis do ser. Você pode até não concordar com algumas escolhas das pessoas que ama, mas tem obrigação de respeitar.

Por isso, aproveito sempre que posso para falar sobre o assunto, porque acredito que somente com informações é que se acaba com o preconceito! Pior do que isso tudo que eu passei é ver meus filhos, agora entrando na adolescência, serem bombardeados com perguntas movidas pela falta de conhecimento do que seja uma relação de filiação verdadeira.

Hoje já não perguntam mais para mim se não tenho medo que eles queiram procurar a mãe verdadeira. Hoje os amigos deles perguntam se eles não têm curiosidade de conhecer suas mães verdadeiras. E o preconceito vai sendo passado de geração a geração.

Eles são bem orientados em casa e são multiplicadores dos conceitos corretos, explicam com paciência para os amigos sobre a inexistência de uma “mãe verdadeira” e colocam os conceitos em seus lugares, mas na minha modesta opinião, se não existisse de verdade preconceito, não haveriam mais crianças e adolescentes fazendo esse tipo de pergunta.

E só para constar: não, eu não tenho medo!!! Se um dia eles quiserem procurar suas mães biológicas eu os ajudarei. Amor é algo que se conquista com a convivência do dia a dia e eu não tenho porque temer um encontro deles com uma desconhecida – que lhes deu à vida -, mas uma desconhecida.

Isso tudo para dizer que mãe é tudo igual, que mãe é mãe, não importa de que forma ela se torna mãe. Se você teve a paciência de ler tudo isso, vou me atrever a deixar algumas dicas se, por acaso, você for pego de surpresa com a notícia de que alguém próximo vai adotar:

- Não olhe com compaixão, nem pena. Adotar não é uma sentença, é uma escolha!

- Não exalte o ato de adotar como algo sublime, não coloque a pessoa em questão nos pés de uma santa, porque isso magoa e ofende.

- Trate seu parente ou amigo que vai adotar tal e qual trataria se ele estivesse esperando um filho biológico. Nós, mães adotivas, também gostamos de ganhar mimos para nossos filhos.

- Quando visitar a família na chegada da criança, jamais olhe com pena nem diga “coitadinha, né?!”. Nenhuma mãe gosta de ouvir que seu filho é coitadinho! Se, por um lado, ele foi abandonado, por outro foi muito esperado e amado antes mesmo de nascer, então não existe nenhum coitadinho".

Claudia Gimenes, 41 anos, casada, mãe (24 horas por opção) de 3 filhos, e à espera de mais uma. Minhas atribuições diárias são: mãetorista, mãesicóloga, mãefessora, mãerientadora, mãeselheira, mãeducadora, mãezinheira, mãe, mãe, mãe… Também é mãe do blog Adoção Amor Verdadeiro.

MATERNIDADE X MATERNAGEM

Postado e Escrito por: Renata Palombo

Fonte: Google Imagens
          Gostaria de distinguir maternidade de maternagem.

         Embora em grande parte das situações elas “andem” juntas e são indissociáveis, elas são coisas distintas. A maternidade é o processo biológico de tornar-se mãe. É caracterizada pelo laço sanguíneo que une mãe e filho. Já a maternagem não tem como suporte a condição biológica, e nem mesmo o gênero, mas está amparada no afeto e no profundo desejo de cuidar.

         A maternidade é uma condição física, nem sempre uma opção, mas a MATERNAGEM É SEMPRE UMA ESCOLHA, mesmo que posterior, uma decisão de dedicação por amor.

        Gerar, gestar e parir é maternidade. Cuidar, amar, proteger, doar, ensinar é maternagem. Maternidade é instinto, Maternagem é aprendizado.

        A maternagem é o útero das relações humanas.

        É possível ser MÃE sem a maternidade, mas não é possível ser MÃE sem a maternagem. No nascimento biológico ocorre a separação física entre a mãe e o bebê, porém somente a ligação afetiva, íntima entre os dois é o que legitimará (de fato) a filiação para toda a vida.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Acalme-se, Depressa!!

Postado por: Renata Palombo
Escrito por: Mary M. J. Wagoner-Angelin
Fonte: Google Imagens

Recebi essa mensagem por e-mail e achei muito pertinente aos assuntos do blog. Me identifiquei, então decici postar:

"Foi um dia comum, de correria. Nem me lembro de tudo o que estávamos fazendo. Mas me lembro do ritmo veloz e da lista esmagadora de coisas para fazer que eu tinha preparado. Enquanto eu dava ordens e colocava meus filhos em ação, minha filha Bárbara disse: “Mamãe, se acalme depressa, vai!” Seu comentário me fez parar abruptamente. Ela estava com a razão. Sentei-me por um momento, a fim de descansar da correria, e vi que não estava impactando só a minha vida, mas ensinando algo aos meus filhos. Dizem que os atos falam mais alto que as palavras. Como isso se aplica quando os atos são amplificados muitas vezes?


Dar conta dos filhos, do trabalho da casa, do emprego e de todas as outras responsabilidades pode fazer com que eu ande em círculos. As causas gerais básicas são uma agenda carregada de coisas para fazer, não planejar com antecedência, não controlar o tempo e ter expectativas irrazoáveis quanto a mim e aos outros. Minha queixa é permitir que a pressa me impulsione.


Em seu livro My Utmost for His Highest, Oswald Chambers escreve: “Deus nunca Se apressa”. Ao recapitular minha vida, vejo como Deus usou de calma comigo. Em cada caso, sua cronometragem foi perfeita. Mesmo que eu corra daqui para lá, Ele procura dizer “aquiete-se e saiba que Eu sou Deus.” E se estou ocupada demais para captar esse pensamento, Ele me envia a mensagem por intermédio da minha filha, não para dizer o que devo fazer ou com quem ralhar, mas simplesmente porque Se importa comigo e com minha família.


Desde que Bárbara fez seu comentário, tenho pedido a Deus e a minha família que restrinjam algumas de minhas atividades e ajustem minhas expectativas. É impressionante como o Senhor nos abençoa quando O ouvimos. Nosso Pai sabe o que é melhor. Agora tenho tempo para respirar e pensar. No futuro, tenho certeza de que Ele precisará novamente me dar um puxãozinho, mas sou muito grata porque Ele não desiste de nós!


Senhor, agradeço-Te as mensagens personalizadas que nos envias. Por favor, continua trabalhando em minha vida e na de outros que se viciaram na pressa."

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ESCOLHI SER MÃE

Postado e Escrito por: Renata Palombo
Fonte: Google Imagens
Há poucos dias fui a maternidade visitar uma amiga muito querida que acabara de "ganhar" bebê. Minha filha Natalia foi comigo. Enquanto esperávamos na recepção do hospital para subir para o quarto aconteceu o seguinte diálogo:

- Mãe, acho que eu não quero ficar grávida! Acho que eu vou adotar uma criança.
- É mesmo, querida? Porque pensa nisso?
- Ah, mãe! Tem um monte de crianças em abrigos precisando de ajuda...

Talvez eu devesse ter ficado orgulhosa da minha filha por ter um bom coração, mas na verdade eu me senti incomodada porque deduzi que ela associa adoção a caridade.

ADOÇÃO NÃO É CARIDADE!

O dicionário de língua portuguesa Michaelis (2007) define adotar como "tomar como próprio", em outras fontes li definições de adoção como o "ato de legitimar a filiação através da escolha, da preferência, aceitação, cuidado, consideração".

Eu não adotei porque queria ajudar crianças abrigadas. Eu adotei porque queria ser MÃE. Se quisesse ajudar crianças precisadas eu poderia fazer muitas outras coisas... poderia visitar casas de acolhimento... doar bens materiais... fazer trabalhos voluntários... entre tantas outra coisas... Não estou em nenhum momento desmerecendo ou desconsiderando o valor de ações caridosas, pelo contrário, exalto-as, o que estou tentando dizer é que adotar não é sinônimo de ajudar desfavorecidos.

É bem verdade que, principalmente nas adoções tardias, muitas pessoas adotam motivadas pelo desejo de fazer o bem a alguém, de ajudar ou até mesmo movidos pelo sentimento de dó. Eu questiono se esta seria a motivação ideal para adoção, porém não duvido que a partir daí possa se construir um verdadeiro amor.

Caridade é pontual, adoção é pra sempre!

- Naty! Você e seu irmão não são meus filhos porque eu queria ajudar crianças abrigadas. Vocês são meus filhos porque eu decidi ser MÃE e Deus me deu vocês.

Não tive respostas. Mas acho que este não foi o fim da conversa.... 


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